Quando o grupo de apoio chegou para recolher os alimentos, Marina e as meninas seguiram em direção ao mercado para dar apoio a Kenichi e os meninos. Tiago contou através do rádio que o mercado ficava no centro comercial da ilha, ou seja na Vila dos remédios.
Beatriz que conhecia a vila, explicou o caminho para a mulher que dirigia a toda velocidade.
Marina pisava no freio sem pausa arremessando qualquer criatura que se atrevesse a cruzar o seu caminho causando algumas vezes várias turbulências no veículo por causa das batidas.
Com manobras bruscas ela desviava dos entulhos e outros obstáculos que estavam no caminho.Jacqueline estava agarrada ao banco da frente, tentando permanecer no banco.
— Já vi que dirigir não é a especialidade das mulheres da nossa família! — gritou ela olhando a irmã que estava no banco ao seu lado.
Juliana fez careta ao entender a piada, a qual ela também estava incluída, mas não podia discordar da caçula que não é muito seguro colocar uma mulher da sua família no volante, quando se trata de uma operação de resgate.
Juliana estava segurando no próprio banco que estava sentada e fincando os pés no chão para não sair do lugar.
— Engraçadinha! — Marina sorriu no banco do motorista com os dedos alertando o volante gasto do veículo. — Nós estamos com pressa!
Beatriz apontou as vias que a motorista deveria tomar com os olhos fixos na janela. Seus olhos lacrimejantes pelo vento forte que carregavam o seu rosto.
Eles entraram novamente em uma estrada de terra, onde as pequenas construções com placas indicavam comércio.
— Chegamos no centro. — avisou Beatriz apontando pela janela e Marina foi diminuindo a velocidade até estacionar perto de um caminhão de bombeiros.
O cenário não era lá muito diferente dos outros centros em que já passaram. Vidraças destruídas, portas arrombadas, escombros e vestígios de acidentes de carros pelas ruas, calçadas e dentro das construções. Haviam veículos militares, caminhão de bombeiros, ambulância, a maioria acidentada ou estacionada qualquer jeito, muitos veículos batidos, postes de luz partidos ao meio e fios caídos, resíduos de fogo e alguns zumbis perambulando por ali em busca de alguma sobra de carne humana.
O rastro do tempo fez seu estrago, mostrando que aquele lugar estava abandonado durante muito tempo.
— Ninguém vem aqui? — Perguntou Juliana olhando em volta. Os vidros embaçados pela poeira, sangue seco e teias de aranha.
Os restos mortais de moradores se deteriorando lentamente e o inconfundível aroma pútrido de morte impregnado no ar por muito tempo.— Não. — respondeu Beatriz saindo do veículo e o contornando para dar uma melhor olhada no ambiente — O governo proibiu civis de perambular por aí, para manter a segurança da população. Só os soldados tinham a permissão de andar por aí, para limpar a área, encontrar sobreviventes e minha mãe permaneceu com essa ordem.
Marina fechou a porta do carro e travou todas as portas por medidas de segurança. Sem perder mais tempo elas seguiram na direção do caminhão de bombeiros que não estava muito longe de onde estacionaram o carro.
O caminhão tinha a frente amassada, a escada estava recolhida e algumas haviam criaturas debaixo de suas grandes rodas, se contorcendo, agitadas com a movimentação a sua volta.
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Brigada dos Mortos - Sobreviventes em alto mar
Mystery / ThrillerQuando os mortos retornam a vida, Mônica se vê sozinha para proteger seus três filhos no início do fim dos tempos. Já que seu marido um fuzileiro naval está fora do país. Mas ao conseguir informações sobre a volta do marido para resgatar a família...