CAPÍTULO 52 - CROSSOVER VII

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Assim que entraram no restaurante, vasculhando cada centímetro do estabelecimento abandonado, os dois grupos mataram alguns zumbis que provavelmente ou eram clientes, ou eram funcionários do lugar. Mataram até deixar os principais cômodos que iriam usar, seguros, para poder descansar sem se preocupar com os zumbis, porém Mônica não quis perder nem mais um segundo com o refém e arrastou o pesado homem até fora do restaurante.

Benny deu uma olhada para para Francisco, sabendo que ele provavelmente era o único ali que poderia “controlar” aquele furacão de um metro e setenta a não matar Fred e a ajudou a carregar.

Francisco meneou a cabeça para Benny e beijou Jacqueline, a deixando com Marina e indo junto com Mônica e o major.

Mesmo levando Fred para o estacionamento, longe do restaurante, os gritos de dor do homem, chegou aos ouvidos dos dois grupos, alguns trocaram olhares assustados, outros já acostumados fingiram não ouvir.

Jacqueline arqueja acordando, assustada pelos gritos. A adolescente levanta de supetão, ofegante, olhando para os dois lados, assustada, os olhos esbugalhados, sem entender onde estava e o que estava acontecendo.
Marina a segurou pelos ombros, a abraçando e acalmando.

— Está tudo bem, querida. Está tudo bem.

Logo em seguida explicou toda a situação, querendo desviar a atenção da garota.
Após longos minutos de gritos agoniantes, Mônica voltou ao restaurante e sorriu vendo sua menininha acordada. 

Jacqueline sorriu vendo a mãe. — Mãe! — e logo tenta se levantar rápido demais, sentindo um pouco de dor pelo ferimento, e disfarça tentando não gemer.

Mônica correndo até a filha apertando de leve, com carinho — Filha! Você está bem? Está sentindo algo? — pergunta preocupada.

Jacqueline sorriu negando — Estou bem e você? 

Mônica sorri e aperta seu rosto — Ótimo, agora eu posso matar você! O que deu nessa sua cabeça cheia de vento, Jacqueline Mendes Ferraz? — pergunta ameaçadora.

Jacqueline suspira segurando suas mãos carinhosa — Eu ajudei vocês, não ajudei? 

Mônica suspira, a ajuda de Jacqueline foi muito importante. Se ela não estivesse ali para avisar da armadilha, era bem provável que nenhum deles teria sobrevivido.

— Mas você quase morreu, minha filha. Se fizer algo assim de novo, eu mato você. — a aperta novamente a fazendo ri e enchendo de beijos.

Andressa se aproximou de Mônica — E então? O que ele disse? 

A mulher estava ansiosa por respostas sobre sua família.

Mônica balançou a cabeça — Não muito… ele o prefere morrer do que abrir o bico. Eu eu quase concedi esse desejo. Só disse que estão esperando o Benny no shopping, pra levar informações do grupo de Benny pra eles.

Andressa ruge furiosa jogando uma cadeira no chão, assustando e chamando a atenção de todos — É melhor eu ir falar com ele! 

Mônica a segura — Andressa… não adianta… Eu já tentei, o Francisco tentou, o Benny tentou.  Ele não vai falar. Vamos torcer agora pro Fred levar o nosso recado direitinho e negociar com eles. Pelas crianças e pelo Erik.

Andressa balança a cabeça, e sai em passos pesados em direção a cozinha.

***

Fred implorou para Benny mata-lo logo depois a dura interrogação daqueles três. O que iria acontecer consigo quando voltasse para entregar a mensagem ao seu chefe, seria ainda pior do que o que fizemos a ele naquele restaurante. Ele foi arrastado a contra gosto, esperneando como o grande covarde que era e foi  colocado no porta malas de um dos carros sem a menor delicadeza por conta de Francisco e Benny. 

Brigada dos Mortos - Sobreviventes em alto marOnde histórias criam vida. Descubra agora