Sobrevoando as águas durante alguns dias os soldados já demostravam certa irritação.Estavam se arriscando por causa de uma mulher que mal chegou na base e procurava o marido que provavelmente estava mais do que morto.Eles haviam encontrado cerca de umas três embarcações no meio do mar, abandonadas. Todo o trabalho foi cansativo, vasculhar as embarcações, matar as criaturas que vagavam por ali.
Tudo isso gastava muita energia que era impossível repor dentro do helicóptero.
A comida e água estava no fim e precisavam voltar para abastecer brevemente.
— Senhor, estamos ficando sem água e comida. Não é melhor retornar a base? — perguntou o major Óscar Santos encarando o General.
O homem percebeu o olhar de suplica dos seus companheiros e entendeu. Já faziam dias que eles estava sobrevoando em vão.
— Tudo bem... — ele se virou para Mônica que estava com um binóculos concentrada em algo.— Senhora Ferraz?
— Ok. Entendi. Só um minuto. — ela pegou o rádio transmissor — Alguém na escuta?
Apenas o som de estática.
Mônica suspirou fundo — Alguém na escuta? Aqui é das forças militares, estamos em busca de sobreviventes. Avistamos a Fragata 29. — disse Mônica esperançosa, mas não obteve respostas.
O General a encarava de forma consoladora, solidária.
— Só vamos chegar um pouco mais perto, para o sinal se estabilizar ok? — ela disse com a voz já embargada.
O piloto se aproximou aumentando a velocidade, como todos os soldados ali, já estava farto dessa viagem sem sentindo por causa dessa mulher.
Mônica puxou todas as esperanças que lhe restavam e apertou rádio com força — Aqui é das forças militares, estamos em busca de sobreviventes, estamos nesse momento sobrevoando a Fragata 29, por favor se alguém estiver me ouvindo, responda... — disse ela quase suplicante — Responda por favor...
— Alguém? — soou a uma voz entre a alta estática.
Mônica quase deixou o rádio cair de tanta emoção — Meu Deus! Até que enfim!— disse Mônica eufórica — Graças Deus eu consegui entrar em contato!
— Eu mal posso te ouvir. — disse a voz na outra linha, autoritária — Se identifique.
— Aqui é das forças militares, estamos sobrevoando a Fragata 29 neste momento.— respondeu ela com um grande sorriso. — Há quantos sobreviventes com você?
— Meu Deus! — disse a voz — Chegaram em boa hora. Estamos lutando contra piratas que tentaram dominar o navio. Eles sequestraram alguns de nossos soldados. Vocês tem permissão para pousar, temos dois de nossos homens no convés superior, eles irão deixar-los a par de todo o ocorrido.
— Antes de qualquer coisa, preciso entrar em contato com o capitão. — disse Mônica — E assim que estiver todos no convés superior precisamos nos certificar que não há feridos e nem doentes e assim poderemos criar uma operação de resgate.
— Está falando com ele senhora. — respondeu a voz — Sou o capitão desse navio. Sou o capitão Ferraz.
Mônica fechou os olhos e não conseguiu conter as lágrimas de felicidade.
— Senhora?— Preciso que o senhor leve toda a sua tripulação para o convés inferior, entendido capitão Ferraz? — mandou ela — Vamos ajudar, mas o senhor precisa colaborar.
***
Francisco Ferraz passou todas as informação que acabará de receber das forças militares para os seus companheiros.
— Parece que vieram nos resgatar. — disse o capitão Ferraz
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Brigada dos Mortos - Sobreviventes em alto mar
Misterio / SuspensoQuando os mortos retornam a vida, Mônica se vê sozinha para proteger seus três filhos no início do fim dos tempos. Já que seu marido um fuzileiro naval está fora do país. Mas ao conseguir informações sobre a volta do marido para resgatar a família...