Capítulo 55

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No abrigo

Depois que Juliana e Samuel conseguiram estabilizar uma frequência, com muita interferência na comunicação com o abrigo de Brasília, depois de ouvir os pedidos de socorro, logo entraram em pânico. O maior abrigo do país estava sob forte ataque, o som de tiros e bombas, os gritos de dor e desespero, os pedidos de socorro pelo rádio.

Ao fundo, vozes se destacavam, distribuindo ordens e espalhando o terror, uma masculina desconhecida e uma feminina, a qual eles já conheciam muito bem, Ísis. Em menos de 48 horas, após começar uma guerra, ela já estava colocando terror em Brasília.

Samuel saiu rapidamente para avisar aos líderes, enquanto Juliana fica tentando descobrir mais alguma coisa. Seus pais estavam na estrada ainda, levariam horas para chegar até lá, mas mesmo assim podiam correr algum risco, chegando sem saber o que estava acontecendo.

William e Thales logo entram correndo, querendo saber o que estava acontecendo. Samuel que foi comunicar, chega logo atrás deles e tenta explicar com Juliana, tudo que conseguiam entender no pedido de socorro até o momento.

— Temos que avisar a eles! — William já assumia os controles, para entrar em contato com o grupo do capitão.

Os quatro tentavam entrar em contato com o grupo na estrada durante algumas horas, mas ninguém respondia, Juliana já estava entrando em desespero.

— Vamos manter a calma, ok? A viagem até Brasília leva muitas horas, até eles chegarem lá, o ataque pode ter acabado. — Thales tentou manter a calma entre eles.

William assente — De manhã eles devem entrar em contato conosco e contar sobre o ataque. Espero que tenham sobrado algumas vacinas ou essa viagem será em vão. — fala pesaroso e preocupado.

Thales se volta para os jovens — Vocês dois podem ir descansar, nós assumimos daqui.

— Mas... — Juliana começou, mas se calou vendo William balançar a cabeça negativamente.

— Vamos avisar se tivermos notícias. — garantiu.

Juliana assente devagar sem outra escolha e sorri. — Obrigada tio.

William sorri de volta e volta a atenção ao trabalho com Thales.

Samuel abraça Juliana pela cintura e sai com ela. O casal caminha lentamente pelo abrigo destruído pela guerra, os moradores ainda tinham que dormir no bunker, alguns zumbis ainda rodeavam, ultrapassando os portões que foram derrubados e os buracos nos muros causados pelo estrago das granadas, como agora. Deixando passagens clandestinas pelo abrigo. Dois zumbis deformados por mordidas da cabeça aos pés se arrastavam procurando por carne fresca. Como se sentisse o cheiro de carne fresca, ambos se voltam repentinamente para a direção de Samuel e Juliana, o casal já estava puxando suas facas do coldre quando 4 flechas foram disparadas acertando os zumbis, duas não fatais, acertando as pernas e os derrubando e outras direto na cabeça.

Dentre os escombros de uma casa que foi destruída durante a guerra, com umas das paredes pela metade, Theo, Tiago e Alana saíram, e correram na direção dos zumbis, pegando as flechas de volta.

— Viu? Eu falei que era bom de mira! — Tiago comemorou, animado.

Alana pegou a besta de volta — Mas precisou de 4 flechas, para dois mortos.

— Logo a gente pega o jeito. — Theo disse limpando a flecha nas roupas dos zumbis.

— O que estão fazendo? Estão brincando com os zumbis? — Perguntou Samuel guardando a faca.

Tiago revira os olhos — Brincando? Estamos ajudando a limpar o abrigo dos zumbis que estão escondidos.

— E cadê a Jacqueline? — perguntou Juliana, que procurou a irmã caçula entre eles.

Brigada dos Mortos - Sobreviventes em alto marOnde histórias criam vida. Descubra agora