Atualmente
Mônica e seus filhos passaram as últimas semanas abastecendo a casa de suprimentos.
Eles estavam fazendo a última busca e uma farmácia e casas a procura de produtos para primeiros socorros.Juliana havia terminado de encher a mochila e seguiu para o carro para aguardar os outros como o combinado.
Ela estava suada e ofegante e sentou no banco do motorista ao lado de Fernando que como sempre pedia para ser o motorista.— Sou a primeira? — Perguntou Juliana o olhando.
— Até agora sim, mas não preocupe eles já devem estar chegando. —respondeu Fernando dando de ombros.
— Eu estou ansiosa e você? — perguntou ela com um pequeno sorriso nos lábios.
— Para quê?
— O QG dos Estados Unidos. Vai ser como antes. — respondeu.
Fernando permaneceu em silêncio, olhando para a frente. A estrada desperta.
— Não acha? — insistiu Juliana.
Ele deu os ombros novamente e finalmente respondeu — Como antes nunca vai ser né. Só vai ser melhor do que estamos agora né?
— Não estamos tão mal. — respondeu franzido o cenho.
— Porque tivemos sorte. — respirou fundo — A busca da sua mãe já perdeu o sentido. Só estamos correndo riscos. Talvez esse QG nem exista mais.
— Graças a ela você está vivo. — a voz de Juliana soou ríspida — Do que tá reclamando afinal? Você só fica com a bunda sentada nessa droga desse carro esperando que a gente mate essas coisas e traga comida!
— Hei, não me leve a mal, só tô dizendo o que eu acho. — ele ergueu os braços em rendição, diante a explosão da garota.
Juliana deixou a cabeça cair para trás e respirou fundo, se acalmando — Foi mal... — ela balançou a cabeça, não gostou de ouvir alguém fazer pouco caso de todo o esforço que sua mãe vem fazendo — É só que ela quer encontrar o meu pai. Precisamos encontrar o meu pai.
Fernando pousou a mão na mão dela e sorriu — Eu entendo. Se minha família estivesse viva, também iria atrás deles.
***
Jacqueline estava com Daniel, eles terminaram de esvaziar um armário de uma casa de dois andares.
Após encher a mochila Jacqueline resolveu explorar a casa enquanto Daniel procurava munição e armas nos outros cômodos.
Era a casa de um xerife.Ela foi até o quarto de casal, estava tudo intacto. Ela mexeu no guarda roupa em busca da arma e não encontrou nada e então ela seguiu para o próximo quarto. Deveria ser da filha do xerife. Era todo cor de rosa e ela encontrou um celular na tomada. A tela estava preta com o ícone da bateria cheia. Ela ligou o celular e viu as últimas mensagens.
PAPAI: FALA PARA SUA MÃE ARRUMAR AS COISAS. VAMOS SAIR DA CIDADE.
LETICIA: O QUE TÁ ACONTECENDO PAI?
PAPAI: FAZ O QUE EU MANDEI AGORA LETICIA!
4 meses atrásJacqueline suspirou e foi olhar as fotos.
Leticia devia ter uns 15 anos. Era mulata de cabelos ondulados e castanhos e muito fotogênica.— Jacque! — gritou Daniel — Vamos embora.
Ela enfiou o celular e o carregador no bolso, e quando estava se preparando para sair viu um garoto com um cachorro. O garoto passaria batido por um zumbi qualquer se não fosse o pastor belga ao seu lado.
Ele estava com as roupas rasgadas e sujas de sangue, sua pele também estava suja.
O pêlo do cachorro também estava manchado de sangue, mas nenhum dos dois pareciam feridos.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Brigada dos Mortos - Sobreviventes em alto mar
Mistério / SuspenseQuando os mortos retornam a vida, Mônica se vê sozinha para proteger seus três filhos no início do fim dos tempos. Já que seu marido um fuzileiro naval está fora do país. Mas ao conseguir informações sobre a volta do marido para resgatar a família...