Capítulo - 47 Parte II

613 58 18
                                    

O plano do policial federal aposentado funcionou, os primeiros veículos do comboio de Ísis tiverem suas rodas brutalmente rasgadas pelas estrepes consequentemente perdendo a direção. Os carros perderam o controle com os pneus rasgados, derrapando sob o asfalto minado e colidindo uns com os outros ou batendo brutalmente nas árvores causando um grande estrondo e derrubando as árvores. Todos o barulho, as batidas estava atraindo os zumbis pela bagunça.

Os autores do campo minado estavam escondidos observando o estrago.
A primeira fileira de carros simples estavam todos amassados, espalhados pela estrada e outros com a frente amassada pela colisão com as árvores. Os maiores carros, com carroceria militar e pneus grandes e resistentes atravessavam o comboio levando Ísis.

— Seus inúteis, limpem a estrada e levem meus caminhões. Eu quero muitas mortes hoje. — ordenou a mulher do teto solar do veículo — Se apressem!

Os soldados rapidamente assentiram, abrindo caminho para os carros maiores passarem.

Os três caminhões estavam estacionados um pouco antes do campo minado, devido a confusão na frente, não poderia arriscar um acidente com a carga que transportavam.

— Ela quer muitas mortes hoje. — sussurrou Tiago olhando na direção de Juliana,Jacqueline e Alberto que entenderam a deixa.

— Seu desejo é uma ordem, vadia. — falou Juliana com um sorriso olhando para o comboio.

Haviam cerca de 13 soldados que ficaram sem veículos e encarregados de limpar as estradas e transportar os zumbis para destruir o abrigo.

Alberto posicionou os jovens na mata em pontos estratégicos, onde podiam mirar nos soldados, enquanto ele deitava no chão, se posicionando para uma mira perfeita.

Sete soldados estavam limpando a estrada, Alberto os instruiu para que esperassem que todos baixassem a guarda e acreditassem que o único risco eram os mortos
Minutos depois, com os soldados vulneráveis Alberto liberou fogo.

Os primeiros a caírem nem perceberam o que lhes atingiu, tiros certeiros de Alberto os derrubaram. Os disparos seguintes, de Juliana e Jacqueline, em alta quantidade e sem precisão alvejou boa parte desnorteando os que sobraram de pé e estavam tentando contra-atacar, mas estavam mais confusos, pelos disparos que vinham de lados diferentes.

Tiago, atrás de uma árvore com sua precisão derrubou quatro dos seis que estavam vigiando os caminhões com zumbis.
Os disparos e gritos atiçaram as criaturas nos caminhões que balançavam com a movimentação e o barulho do lado de fora.

Um dos soldados estava atirando contra o adolescente escondido atrás da árvore. A potente metralhadora parecia ter munição infinita ao destruir pedaço por pedaço da árvore que atingia ininterruptamente.

Com o coração a mil, o adolescente só esperava o momento do inimigo recarregar a arma para ter a chance de mirar e atacar.
Quando a metralhadora parou Tiago se posicionou em busca do inimigo, que havia se escondido entre as árvores e para o seu espanto as portas de todos os caminhões estavam abertas e uma massa de um pouco mais de 200 zumbis seguiam para fora dos caminhões farejando carne fresca.

— Merda! — o garoto correu para avisar e falou assim que os viu revistando os corpos dos soldados — Um deles soltou os zumbis!

Não deu tempo de questionar, pois um grito de dor ecoou a poucos metros deles e uma massa de criaturas pútridas e fedorentas estava tomando a mata e seguindo em sua direção

— Pro carro! — ordenou Alberto atirando contra os que estavam próximos  — Agora!

Os três obedeceram.

Brigada dos Mortos - Sobreviventes em alto marOnde histórias criam vida. Descubra agora