Capítulo - 51 - CROSSOVER PARTE V

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Silêncio.

Silêncio era tudo que a tenente capitã conseguia ouvir depois do estrondo ensurdecedor da explosão. A onda de calor, o galpão desabando acima de sua cabeça, tudo acontecendo em câmera lenta e sem som, depois do grito da sua sobrinha.

De baixo dos entulhos era possível ouvir os zumbis, com seus grunhidos guturais atraídos pelo barulho da explosão e fogo, vindo aos montes. Andressa, por sorte só tinha sofrido algumas esfoliações. Sem conseguir respirar direito em meio a terra e fumaça a fuzileira tentou empurrar os entulhos para sair do buraco onde estava presa e logo recebeu ajuda, dois homens do outro grupo tiraram os entulhos de cima dela e a ajudaram a sair dali sem muita dificuldade.

— Você está bem? — perguntou um deles. O militar, chamado de Benny. 

Andressa assentiu olhando para ele e mais três do outro grupo. Dois homens, o negro com o braço amputado, o rapaz de óculos e uma mulher. A loira de nariz em pé. Nada de Mônica, Marina e Jacqueline.

— Merda! — Andressa se virou voltando pros escombros, quase se jogando neles e começou a cavar desesperadamente com as próprias mãos, tentando encontra-las, chamando por elas, os zumbis se aproximando cada vez mais. — Mônica! Marina!

— Temos que ir, Benny. Ou seremos encurralados. — Íris, a loira tocou no braço do seu parceiro, claramente tensa e preocupada com a onda de zumbis a caminho.

Benny olha em direção a horda, eram centenas de zumbis atraídos pela explosão, vindo de várias direções. Ele se aproxima da fuzileira — Temos que ir.

— Como tem coragem de abandonar os seus companheiros?! — Gritou irritada o encarando — No seu exercicito não tinha honra?

Benny fecha os punhos sentindo o sangue esquentar, nunca deixaria Melina para trás — Não vamos abandonar ninguém! Mas também não ajudaremos se formos devorados. Vamos voltar e achar todos eles, mas agora precisamos sair daqui! Agora!

Andressa ofegante, com o rosto vermelho, pode confirmar os zumbis se aproximando não muito mais distantes agora. Alguns já subiam os escombros atraídos pela conversa acalorada deles. 

— Vamos moça. — Mamba negra oferece a mão para a fuzileira levantar dos escombros.

— Obrigada. — Ela agradece levantando e já pega sua faca militar. 

As armas mais potentes e pesadas ficaram presas nos escombros. E os zumbis vinham de todos os lados, os cercando. 

— Ótimo, olha só o que você causou. Vamos morrer graças a essazinha aí que deu piti! — resmungou Íris.

Andressa estava analisando em volta, muitos vinham amontoados uns nos outros, mas outros grupo também vinham mais dispersados — O que foi, a boneca nunca sujou as mãos? Vamos abrir caminho por eles. — aponta para o lado mais vazio — Formamos uma corrente, matamos os que ficam no caminho e ninguém ficará desprotegido.

Mamba negra, Íris e Henri olharam diretamente para Benny, esperando uma aprovação ou negação da estratégia da mulher.

— É arriscado, mas não temos outra escolha. — Benny sacou a sua faca militar. 

— Como vamos confiar nela para proteger nossas costas? Não a conhecemos! — contestou Íris.

— Com certeza absoluta você também não é a pessoa que eu gostaria que protegesse minhas costas. — retrucou Andressa e os olhou — Também não conheço vocês. Nós estamos no mesmo barco. Eu só quero sair daqui e encontrar a minha família.

— Seguiremos o plano dela, a não ser que alguém tenha um plano melhor. — Benny olha para todos esperando uma resposta. — Ótimo. Vamos entrar em formação. 

Brigada dos Mortos - Sobreviventes em alto marOnde histórias criam vida. Descubra agora