Capítulo 7

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- Acho melhor a senhorita olhar pela janela. – O motorista falou e eu tirei a atenção da minha mensagem para olhar para fora.

Em frente ao Bill Graham Civic Auditorium, local que seria meu show em São Francisco, as pessoas estavam amontoadas em filas do lado de fora. No grande gramado que tinha em frente ao local, alguns grupos estavam sentados em rodas, provavelmente as pessoas das arquibancadas, mas próximo a porta e virando as laterais, diversos grupos formavam filas.

Algumas pessoas estavam sentadas conversando, outras em pé, mas o que me deixou surpresa foi a quantidade de pessoas com blusas minhas, o que fez com que eu abrisse um largo sorriso surpresa.

O insulfilm do carro era bem escuro, então eu fiquei observando o pessoal por um tempo, até o carro passar pela lateral do local e eu tentei ver a altura daquilo, não era tão alto, mas com certeza era bastante fundo. Sete mil pessoas era o que eu conseguia pensar. E estava lotado. Eu havia tocado no Staples Center com o dobro de pessoas, mas era diferente. Lá eu tive muita imprensa, amigos e equipe me prestigiando, aqui eu estaria dando a cara tapa para fãs. Somente fãs. As coisas estavam acontecendo rápido demais. Olha o que uma boa gravadora consegue fazer.

Observei na lateral do prédio e me assustei ao ver um grande pôster meu que vinha do teto ao chão, onde alguns fãs tiravam fotos. Era eu, pela roupa, no show do Staples Center, eu cantava bem empolgada, minha boca estava aberta, meus cabelos bagunçados para cima e de olhos fechados. Senti orgulho daquela foto, eu estava realmente dando tudo de mim.

O motorista embicou no local do show e logo em seguida sua entrada foi liberada e a porta foi aberta para mim. Ajeitei o boné em minha cabeça e acenei para Carl e Ariella que me esperavam e eu os segui para dentro do Bill Graham, entrando no elevador com eles. O elevador dava para o lobby do local, ele tinha uma forma arredondada, mas grandes portas logo a frente, que deveriam dar para a frente do palco.

Olhei para as laterais e vi uma tenda montada na lateral, era o meu merchandise, eu nem sabia o que era vendido no meu merchandise, mas ele estava ali, e os vendedores dali olhavam para mim surpresos e eu me aproximei do mesmo, curiosa em ver o que tinha ali.

- Oi, tudo bem? – Perguntei para eles, estendendo a mão para os três apertarem e eles sorriram. – O que vocês têm aqui?

- Ah... – O homem de óculos balançou a cabeça rindo. – Desculpe, não sabíamos que você viria aqui.

- Eu não vinha, na verdade. – Fui honesta. – Mas eu preciso passar por aqui. – Ele riu e afirmou com a cabeça.

- Bem, nós temos modelos de blusas com sua foto, com frases de música, CDs, fotos autografadas, pôster da turnê, bandana, bandeiras de todos os países da banda. – Ele foi apontando para as coisas e eu suspirei.

- Eu posso ficar com algumas coisas? – Perguntei.

- Claro! – Eles falaram juntos e eu olhei para as diversas opções.

- Eu vou querer uma blusa com o logo da turnê e com as datas, quero a "Suddenly people know my name" e essa preta de Show Me Love escrito em rosa. – Apontei para as três. – Acho que G, para ficar mais larga. – O moço assentiu com a cabeça e eles pegaram as minhas escolhas e dobraram, colocando em uma sacola com o meu rosto. – Até a sacola tem meu rosto? – Brinquei e eles riram.

- Tudo! – Ele falou e eu sorri.

- Obrigada, podem colocar na minha conta? – Perguntei.

- Hm, a renda vai para você mesmo, senhorita...

- Oh! – Franzi a boca rindo. – Obrigada, mesmo assim. Espero ver vocês em outros shows. – Falei, acenando na direção deles.

Segui meus seguranças pela lateral, caminhando com eles. Tinha diversas escadas que davam para os assentos acima, mas continuamos em frente. Até que Ariella abriu uma porta pesada na lateral e indicou o caminho para mim. Entrei na mesma, vendo um corredor branco e longo, Carl passou em minha frente, me indicando o caminho e eu comecei a ouvir vozes, virando para a esquerda no corredor.

Total Stranger | Chris EvansOnde histórias criam vida. Descubra agora