Capítulo 9

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- Vai começar! – David falou e eu ergui os pés, vendo Jack se jogar no chão de um lado e Louis do outro.

- Por favor, não se matem! – Emily falou. – Amigos!

- Tá! – Eles falaram juntos e eu suspirei, olhando para a tela.

Final da Copa de Futebol da Alemanha, Itália contra França, noventa minutos de jogo corrido, trinta minutos de prorrogação e isso seria decidido nos pênaltis. Sério? Eu tinha Louis surtando de um lado de Jack surtando de outro. Eu vou ser honesta, estava torcendo pela Itália.

Buffon, goleiro da Itália e Barthez, goleiro da França se cumprimentaram e cada um seguiu para um canto, começando pela Itália bater o pênalti. Pirlo, jogador italiano se aproximou da bola e Jack ficou roendo unhas em meus pés.

- Gol! – Jack gritou e eu me assustei, rindo.

- Gol! – Louis gritou novamente e eu respirei fundo.

- Gol! – Jack gritou novamente e eu e os meninos nos entreolhamos, preocupados se isso daria em briga daqui a pouco. – Isolou! – Jack gritou novamente, quando o jogador francês errou e eu coloquei a unha na boca, vendo meu francês ficar nervoso. – Gol! – Jack se levantou empolgado novamente e eu respirei fundo

- Porque isso não se resolveu em campo? – Mike falou baixo e eu ri.

- Xí! – Louis falou e eu suspirei. – Gol! – Ele gritou em seguida, animado. – Vai França!

- Gol! – Jack colocou sua garganta para funcionar, fazendo com que eu arregalasse os olhos.

- Gol! – Louis gritou em seguida e eu suspirei, puxando meus pés para cima do sofá.

- Se ele acertar é da Itália. – Mack falou.

- Ele vai acertar. – Jack falou.

- Não vai. – Louis falou.

- Gol! – Jack gritou pulando pela sala de sala, me fazendo rir. – É tetra!


Tinha alguma coisa tocando. E eu não conseguia identificar o que era, mas estava me incomodando. Virei o corpo para o lado e suspirei, puxando a coberta mais para cima, mas senti uma claridade em meu rosto, que tentei ignorar, provavelmente era Jessica mandando mensagem que eu teria que comparecer ao estúdio amanhã cedo... O que eu já sabia.

Quando meu celular tocou novamente eu estiquei a mão, tateando a mesa de cabeceira e puxei o mesmo, abrindo os olhos devagar, sentindo a claridade me cegar um pouco, mas me acostumei com o olhar, vendo o nome de David na tela do mesmo e apertei o verde para atender o mesmo.

- Alô? – Falei com a voz de sono e logo acordei de vez, ouvindo-o gritar do outro lado do telefone.

- Alice? Que bom que atendeu! Gini está tendo o bebê, ou os bebês, eu estou indo para o hospital agora, por favor, nos encontrem lá. Ok?!

- David, o que? – Me sentei na cama, sentindo o cabelo cair em meu rosto.

- Virgínia, bebês, hospital, agora! Combinado? – Ele falou novamente e eu respirei fundo.

- Ok, combinado! – Falei rápido, jogando as cobertas para o lado e correndo para meu closet à procura de uma roupa mais apropriada para vestir.

Eu não sabia muito que pensar, minha mente estava dormindo ainda, mas algo que eu tinha certeza era que os bebês não estavam nem perto da hora de nascer. O médico havia dito que eles poderiam começar a querer nascer no fim de julho, nem em julho estávamos ainda. Isso era cerca de cinco semanas em tempo de gestação. Com certeza não seria uma noite fácil.

Total Stranger | Chris EvansOnde histórias criam vida. Descubra agora