Ato Dois - Here We Go Again (2006 a 2007) - Capítulo 8

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- She lives in a shadow of a lonely girl, voices so quiet, you don't hear a word, always talking but she can't be heard. – Deslizei meus dedos pelas notas do piano. - You can see it there if you catch her eye, I know she's brave but it's trapped inside. Scared to talk but she don't know why. – Respirei rapidamente. - Wish I knew back then what I know now, wish I could somehow go back in time and maybe listen to my own advice. – Senti minha voz ficar mais fina em alguns momentos e a engrossei no refrão. - I'd tell her to speak up, tell her to shout out, talk a bit louder, be a bit prouder. Tell her, she's beautiful, wonderful, everything she doesn't see. You gotta speak up, you gotta shout out and know that right here, right now, you can be beautiful, wonderful, anything you wanna be. Little me. – Ouvi minha voz morrer e tirei os dedos do piano, olhando para David e Mike que estavam debruçados no mesmo. – E aí? – Perguntei olhando para eles.

- Isso tá incrível, Alice. – David falou, suspirando.

- Tem certeza que você mesma que escreveu? – Mike perguntou e eu revirei os olhos. – É brincadeira! Para quem não escrevia nada, isso está demais. – Ri fraco.

- De onde veio a inspiração?

- De mim. – Falei suspirando. – Essas férias eu estava em Relva pensando em como eu nasci e cresci naquela cidade e comecei a notar que eu não pertencia mais àquilo. Tudo era diferente, mas não era a cidade, nem as pessoas, era eu. – Suspirei.

- Está muito boa, Alice. – David falou e se sentou em volta do sofá de casa novamente. – E o ritmo está bem pertinente. – Afirmei com a cabeça. – Talvez ao invés do piano, a gente use um ritmo mais lento.

- Sim! – Concordei. – Uma mixagem de leve. Nada exagerado.

- O que mais você tem aqui? – David começou a fuçar nos papéis. – The Time of Our Lives.

- Ah, isso é algo que eu comecei ontem à noite. – Me levantei do banco do piano no meio da sala e andei com Mike até a mesa novamente. – Mas só pensei nisso.

- Let's have the time of our lives, like there's no one else around. Just throw your hands up high even when they try to take us down. – David leu as palavras. – Foca nisso, está bem legal. Representa muito nossa atual situação. – Ele riu e eu afirmei com a cabeça. – O que mais?

- Tem aquela que eu falei para vocês, que queria ajuda, é sobre amor, mas eu não sinto isso, então empaquei. – Me levantei novamente, seguindo para o piano.

- Mas e o Evans? – Mike falou e eu virei o rosto para ele, com a testa franzida. – A gente sabe que você tem um tombo por ele. – Soltei uma gargalhada alta.

- Eu vou matar o Scott! – David riu, piscando para mim. – Não, gente! Não é amor... É um cara bonito sendo legal comigo, isso é... Sei lá. – Balancei a cabeça. – Atração, queda... Qualquer besteira, nunca vai dar certo. Ele me olha como uma criança, ele tem uma namorada gostosa na cama dele. – Dei de ombros. – Nem se preocupem! – Eles riram.

- Enfim, toque. – David falou, pegando o papel com meus rabiscos na mão.

- Isso começou em algo no piano, mas ficou legal no piano, entende? – Peguei uma das partituras desenhadas em minhas letras e coloquei no apoio. – Mas tem pouca coisa, precisa adicionar uma guitarra, uma bateria, talvez um instrumento de sopro. – Dei de ombros.

- Se você não tocar, não poderemos te ajudar. – Ri fraco.

Total Stranger | Chris EvansOnde histórias criam vida. Descubra agora