34. Donde Estás

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 Coisas ruins acontecem o tempo todo com aqueles que amamos e infelizmente não temos controle disso. Já ouviu as pessoas falarem que é injusto essas coisas acontecerem com pessoas boas? Pois é, Lauren sempre pensou que pessoas boas não merecem passar por coisas ruins, mas como podemos explicar para Lauren que infelizmente isso está fora do nosso alcance de impedir? Coisas ruins acontecem o tempo todo, não temos controle e nem mesmo a chance de impedir às vezes, temos que passar por isso, de cabeça erguida e rezando para que no fim de tudo certo mesmo que às vezes não aconteça do jeito que queremos.

É injusto pensar que pessoas morrem ao redor do mundo por todos os motivos possíveis, pessoas boas que merecem estar vivas morrem enquanto pessoas ruins continuam vivas. Isso pode ser chamado de lei do universo, destino ou qualquer outra merda que queiram inventar para justificar tal injustiça, de fato não tem controle com o que pode acontecer com as pessoas que estão em nossas voltas. A falta de controle nos enlouquece, a morte é injusta e egoísta. Egoísta para quem ainda fica vivo, para quem perde a pessoa que ama e injusto para quem ainda não quer morreu.

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Lauren estava em casa algum tempo, deitada no sofá olhando para o teto enquanto descansava as pernas depois de ter feito a mala, deixou os braços repousados em sua barriga, fechou os olhos e sorriu levemente, suspirou cansada relaxando seu corpo totalmente. Em toda sua vida Lauren não poderia imaginar que estaria em um momento tão feliz, fechava os olhos e ainda sim sentia a presença de Camila por perto, era como nunca estar longe, pois sua mente e seu coração eram sempre para ela, certas coisas não mudam nunca não é mesmo? Mesmo que você esteja longe de quem você ama, uma parte sua permanece com ela.

Permaneceu com os olhos fechados por alguns minutos, respirando com calma até finalmente cair no sono, seus sonhos era os melhores porque até mesmo em sonhos Camila conseguia estar presente.

Camila levantou-se da cama indo arrumar a mala que estava no chão, ajeitou suas roupas separando as roupas de Lauren que estavam em sua casa, espalhada pelo chão. Camila segurou uma de suas blusas, abraçou a roupa sentindo o peito doer de saudade. Era possível sentir falta de quem esteve ali presente poucas horas antes? Deitou-se na cama já cansada de arrumar seu guarda-roupa, ajeitou sua camisa e logo depois deixou o celular ao lado, os olhos abertos olhando para o céu esperando que por milagre o tempo passe ainda ais rápido.

Já do outro lado da rua o garoto observava a janela do seu antigo quarto aberta, respirava ofegante pensando nas possibilidades de coisas que passava por sua mente, suas opções eram simples pelo menos para ele, não podemos concordar com ele claro. Pessoas doentes fazem coisas sem nenhum tipo de remoço claro, porém elas pensam bem antes de fazer, até a maldade do ser humano é bem pensada. Deslizou a mão por seus cabelos, respirando fundo. O plano estava feito e seria concretizado hoje.

Saiu do carro cumprimentando o porteiro do prédio com um breve sorriso, o senhor de meia idade estranhou a presença do rapaz, pensou em perguntar algo, porém calou-se ao ver uma jovem garota passar em frente ao prédio. Austin seguiu seu caminho até o elevador e assim que a porta se fechou pode ver o senhor novamente olhando para ele, seu sorriso foi maior dessa vez, havia escapado das perguntas do senhor graças a uma distração. As coisas estavam indo bem, pelo menos para ele.

Chegou até seu antigo apartamento, apertou a campainha e esperou para que a porta se abrisse, se ajeitou arrumando sua camisa, respirou fundo novamente e mesmo sem querer estava nervoso, afinal não ouvia a voz de Camila há tanto tempo que por um segundo achou que tinha se esquecido do som de sua voz.

Camila de olhos fechados quase dormindo ouviu a campainha tocar apertou os olhos bocejando levemente, levantou-se da cama animada, afinal para ela possível Lauren que estivesse na porta. Caminhou até a porta e ouviu a campainha novamente, abriu a porta com um sorriso no rosto, seus olhos se encontraram com os deles, sentiu sua mão apertar a maçaneta da porta.

The girl of LondonOnde histórias criam vida. Descubra agora