Tenham uma boa leitura!
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"Eu não sou uma mulher de sorte, definitivamente"Parece que hoje a cidade toda resolveu ir ao hospital, eu não queria estar aqui, mas graças ao meu querido amigo que agora não é tão querido assim, eu estou... Vim praticamente arrastada.
— Grego, eu acho isso uma besteira, você sabe muito bem que eu não preciso de ajuda médica. São só alguns enjôos sem significância. — Puxo sua mão a fim de tirá-lo da cadeira na sala de espera.
— Nêssa, eu já disse que não vou sair daqui enquanto você não passar nessa droga de médico — Esbraveja.
— Puf! — Resmungo e me sento ao seu lado quase me jogando — Você é uma pessoa muito maldosa, não quero mais ser sua amiga.
Ele solta um riso e me aperta em seus braços fortes, enquanto beija o topo da minha cabeça.
— Você é teimosa demais, eu só quero o seu melhor, não discuta comigo, Vanessa. Está cansada de saber que eu sempre ganho.
— Você me paga, Caio, você me paga! — Murmuro.
— Vai fazer o quê? Vomitar em mim? — Ele se afasta e posso perceber que está se divertindo com a minha situação.
— Me sinto tentada em fazer isso — O empurro
— Vanessa, não seja burra. Se continuar teimando comigo, eu vou te amarrar nessa cadeira e tapar sua boca com a primeira coisa que aparecer no meu caminho — Percebo meu colega ficar nervoso de verdade.
Gosto de tirar ele do sério, e isso é bem fácil, Grego nunca tem paciência, mas desta vez eu não estou fazendo para provocar, e sim porque ficar nesse lugar me deixa nervosa.
Esperamos por praticamente uma hora, e tive que fazer um exame de sangue, coisa que também detesto, tenho pavor de agulhas.
— Vanessa?! — Uma enfermeira alta e morena do nariz empinado me chama da porta do consultório
— Uhhh que gata!! — Percebo meu amigo com os olhos fixos na mulher.
— Caio!! — Chamo sua atenção e ele se atenta em mim rapidamente, com uma careta não tão amigável.
— Pare de me chamar assim, sabe que não gosto. — Resmunga — Enquanto você pega o resultado do exame, eu vou pegar o telefone dela. — Ele saì correndo atrás da enfermeira e me deixa sozinha no corredor.
— Eu mereço mesmo, não é?! — Resmungo para mim mesma.
— Vanessa? — Um médico bem bonito, com os cabelos escuros e olhos castanhos, me pergunta ao me ver cruzar a porta.
— Sim, sou eu mesma! — Respondo tentando sorrir e disfarçar minha vontade de sumir.
— Sente-se, por favor — Ele aponta o dedo para a cadeira de frente a sua mesa. — Bom, o resultado do seu exame chegou, a senhora está acompanhada?
Exito um pouco em responder, porque meu caro acompanhante deve estar se atracando com a enfermeira em algum lugar.
— Sim, estou... Estou sozinha...só eu... — Talvez eu tenha exagerado no tanto de respostas.
Ele me olha com uma expressão analítica e suspira.
— Bom, pelo o que vi nos seus exames, todos esses enjôos são resultado de uma gravidez! — Ele me entrega os papéis.
Solto um riso desesperador. O quê? Ele só pode estar brincando comigo. Isso é impossível!
— Doutor, acho que trocaram os exames, ou essa máquina ai está com problemas. — Me levanto ignorando os papéis que ele estende para mim — E eu não vou tirar sangue novamente. Então, muito obrigada. Tchau doutor.
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Cabem mais dois ? [SEM REVISÃO]
RomanceVanessa é uma professora de dança cercada por seus amigos que são as únicas companhias de sua vida, aos seus vinte e quatro anos ela se vê perdida quando descobre estar grávida de um cara pelo qual jamais escolheria como um pai para seu filho. Ela s...