CAPÍTULO 28

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Nunca me senti tão maluco por conta de uma mulher, principalmente quando essa mulher é minha melhor amiga. Vanessa tem todo aquele jeito único dela, eu sempre soube das suas qualidades tentadoras, mas nunca me senti encantado ao ponto de precisar me afastar para poder voltar ao meu juízo perfeito.

Quando ela me puxou para dançar ,eu soube na hora que aquilo não seria uma boa ideia, mas ela estava tão feliz que não tive coragem de negar, afinal eu nunca consigo. A partir do momento que ela colou seu corpo no meu, senti como se não fosse capaz de segurar o impulso de beijá-la, e a única coisa que eu consegui fazer foi correr.

Sempre soube o quanto ela é querida por todos, sempre foi assim desde a época do colégio, mas não pude evitar o ciume que me tomou no momento em que vi todos aqueles caras em cima dela como se fossem a devorar, são os queridos amigos dela, mas não consigo esconder meu nervoso sempre quando eles estão por perto. Sou péssimo em esconder sentimentos por isso prefiro me calar e ficar no meu canto.

— Ashley , você sabe por que a Nêssa está demorando?

Faz alguns minutos que ela entrou lá e não saiu, tenho medo que algo aconteça sem eu estar por perto, ela pode sentir dores ou qualquer coisa do tipo, isso me deixa loucamente apavorado.

— Não sei Léo, vamos até lá, talvez ela esteja precisando de ajuda.

Sigo Ashley até o corredor que fica nos fundos do salão, em alguns cantos têm casais se beijando e agarrando feito animais, mas tudo deixa de importar a minha volta quando vejo Jacob com as mãos na Vanessa, aquilo certamente foi o motivo de eu ter perdido loucamente a cabeça, e pela primeira vez na minha vida, senti a extrema necessidade de bater em alguém.

— ESPERA!! — Emmet grita com os braços estendidos a nossa frente.

Não me importo se vou machucar mais alguém, mas no momento eu preciso fazer ele pagar caro por ser o idiota que é.

— Léo, não, por favor!

Vanessa coloca as mãos em meu ombro, sua voz está trêmula talvez esteja com medo ou machucada.Me viro depressa e analiso seu corpo em busca de um pequeno arranhão que seja, e graças a Deus não encontro. Volto meus olhos para os seus que estão vermelho e marejados.

— Está tudo bem, eu só vou dar um jeito nele — Minha feição de irritação é bem nítida.

— Não!! Vamos embora, por favor, esquece isso, ele está bêbado não perca seu tempo. — Diz entre soluços. — Só... Vamos embora

Olhando em seus olhos de desespero, apenas concordo e a tomo em meus braços , sinto seu cheiro doce e aquilo me trás uma tranquilidade fora do normal.

Quando apenas dou por mim, o idiota já havia sumido junto de seus amigos e todos os curiosos que ali estavam.

[...]

— Léo, eu estou com sono! — Ela resmunga pela terceira vez.

Estamos dentro do taxi que nos levará até o prédio, a viagem foi tranquila e me deu um certo alivio saber que Vanessa está comigo e não tem o perigo de topar com aquele cara outra vez.

— Estamos chegando, você vai poder dormir até a próxima semana se quiser. — Acaricio seu rosto que está encostado em meu ombro.

— Uhum , estou aguardando ansiosamente por esse momento.

Alguns minutos depois o motorista nos deixou em nosso destino, subimos o elevador feito dois zumbis que necessitavam imensamente de uma cama. Ao entrar em casa, percebo que está tudo em um completo sossego, o que não é normal, já que Collin e sossego não conseguem se ver juntos em uma frase.

— Collin?

Vanessa entra e se joga deitada no meu sofá, nunca a tinha visto tão cansada desse jeito. Continuo andando pelos cômodos a procura de Collin, mas infelizmente o encontro, e deitado sobre a minha cama com uma mulher completamente estranha.

— Léo?!! Você ... Você voltou — Ele sorri envergonhado enquanto tenta se vestir. — Desculpe, eu... Não... Ahn...

Bati a porta sem dizer uma palavra se quer. Como conseguirei dormir em minha cama sabendo o que Collin fez em cima dela? Talvez eu durma no sofá pelo resto da vida.

— Vanessa, acho melhor você dormir na sua cama, está tudo arrumado! - Digo me aproximando.

Silêncio.

— Vanessa? — Me aproximo mais.

Olhando para ela, percebo que embarcou em um sono profundo, nem mesmo um elefante a acordaria agora.

— Tudo bem, eu sei que você queria muito isso. — Murmuro perto de seu rosto.

A pego no colo e sua cabeça se apóia em meu braço, ouço seu suspiro baixinho de satisfação, como se ela estivesse no lugar mais aconchegante possível. Coloco ela na cama e cubro seu corpo, não deixo de beijar sua testa e sua barriga. Fico parado a observando por alguns minutos , seus lindos traços conseguem roubar minha atenção de qualquer coisa que seja, eu amo essa mulher como nunca amei nenhuma outra em toda a minha vida.

Apago a luz e fecho a porta do seu quarto.

— Léo, foi mal, eu não sabia que você voltaria hoje, se soubesse...

— Quantas vezes, Collin ? — Ele me olha confuso. — Quantas vezes você ja usou minha cama ? — Cerro os olhos.

Ele coloca as mãos na nuca, e com esse simples gesto posso imaginar que minha cama não foi seu ninho de amor apenas por uma vez.

— Collin, você é nojento , cara! — Me irrito. — Eu quero um colchão novo, se vire!

— Sim, senhor, eu comprarei amanhã mesmo. Obrigado por não me matar — Ele me olha aliviado.

Balanço a cabeça em negativo e me ponho deitado no sofá. Minhas costas e meu pescoço não se satisfazem com o duro estofado embaixo de mim. Suspiro em nervoso novamente.

— Vai dormir no sofá? — Collin me olha com pena. — Tem uma cama aconchegante te esperando. — Levanta os ombros.

— Que está cheia de bactérias e coisas que não valem a pena mencionar. — Digo rispidamente.

— Não seja burro!! — O encaro com raiva e ele apenas levanta as mãos em rendição. — Desculpe. — Ele ri baixo — Mas não é exatamente da sua cama que estou falando.

Collin simplesmente sorri com malícia e vai para o seu quarto. Me sento no sofá enquanto penso em suas palavras.

Isso já aconteceu antes, e por que não mais uma vez?

Corro até o quarto dela e me deito ao seu lado.

Agora sim está perfeito!

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Obrigada por ler

Cabem mais dois ? [SEM REVISÃO]Onde histórias criam vida. Descubra agora