CAPÍTULO 25

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Ainda meio sonolenta, abro os olhos ao ouvir o barulho de uma maquininha meio irritante, e de repente percebo um par de olhos castanhos curiosos me observar atento. Tento dizer algo mas não consigo, meus olhos se fecham novamente e acabo sendo derrotada pelo sono.

[...]

— Bom dia, dorminhoca.

Vejo meu amigo sentado ao meu lado. Sorrio para ele e me observo com aquele negócio espetado em mim novamente.

— Como ele...? — Me lembro do momento anterior onde o vi, mas deixo a pergunta morrer.

— Está tudo bem, meu amor! O nosso bebê está bem — Respondeu antes que eu terminasse.

Suspiro aliviada e abro um novo sorriso para ele.

— Ficou a noite toda aqui ?

— Não deixaram — Uma careta se forma em seu rosto. — Mas, pelo menos eu estou aqui agora!

— É sim!

Meus pensamentos me levam ao que vi anteriormente, eu estava com sono de mais, mas mesmo assim o que vi me pareceu muito real, eu sei reconhecer bem aquele par de olhos pertencentes à um babaca de primeira. Não é possível que tenha sido real, ele nunca viria até aqui, eu sei que ele não se importa.

— Eu ouvi o coração dele!! — Diz me tirando dos meus desvaneios.

— É incrível não é ? — Me atento a seu rosto abobado. — Eu chorei na primeira vez.

Ele sorri. — Comigo não foi diferente — Admitiu. — Mas foi um grande alívio poder ouvi-lo.

Meu coração dói só de imaginar perder o meu pequeno, eu passo os dias sonhando com o esperado dia de tê-lo em meus braços, se eu o perdesse meu mundo acabaria no mesmo instante.

— Que bom que temos você! Nosso herói.

— Eu sou o sortudo aqui. — Ele levanta e se senta na ponta da cama. — Não vou deixar vocês , não sou capaz — Sinto suas mãos pousarem em meu rosto e logo em seguida seu beijo é depositado em minha testa e barriga.

Alguém abre a porta tomando nossa atenção.

— Bom dia! — Uma senhora de branco se aproxima de nós.

Ela retira com calma o medicamento.

— Eu já posso ir pra casa ? — Me sento na cama.

— Preciso esperar sua médica chegar e autorizar sua alta. Mas fique tranquila você estará de volta hoje mesmo. Com licença.

Apenas assinto e a deixo ir embora.

Depois de alguns minutos me trouxeram o café da manhã com algumas bolachas sem gosto, e um copo de leite — Eca. Ainda bem que tenho o Léo, ele percebeu meu desconforto e retirou aquele líquido que eu amava tanto e agora detesto.

— Agora você entende o porque de te encher o saco pedindo para fazer repouso?  Pode me bater se quiser, mas não vou deixar você sair da cama tão cedo.

Ele me olha com seriedade e eu apenas assinto.

— Você tem razão. Se for preciso pode até me amarrar nela — Brinco.

— Sabe que é uma boa ideia ? — Disse sorrindo.

— Como você é mau — Bato em seu braço de leve — Não faria isso comigo. Ou faria? — Faço cara de coitada.

Ele ri e nega com a cabeça. — Jamais!

Sorrio vitoriosa. Vejo Ashley e Miley passarem pela porta e vir até nós. As duas me abraçam e me beijam uma seguida da outra.

Cabem mais dois ? [SEM REVISÃO]Onde histórias criam vida. Descubra agora