CAPÍTULO 59

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— Amor, que tal uma pizza ? — Pergunto enquanto me ajeito ao seu lado.

— Aham!! — Diz totalmente concentrado no jogo.

— Amor ? Entendeu o que eu falei ?

Seus olhos não desgrudam da tela e me irrito com isso.

— Leonardo!! — Grito.

Ele dá um pulo e me olha assustado.

— Que foi amor ?

— Que foi ?! — Cruzo os braços. — Estou falando e você me ignorando!!

— Eu não ouvi, me desculpe.

Ele se inclina para me beijar, acabo não recuando , não consigo recusar um beijo dele.

— Vamos comer pizza? — Pergunto novamente.

— Claro, eu peço.

— Tudo bem, vou tomar banho. — Me levanto. — Não esqueça, eu gosto de queijo, muito queijo.

Ele assente enquanto faz a ligação. Entro no banho a fim de relaxar, hoje estou me sentindo estranha, senti algumas dores mas não foi nada que não pudesse suportar.

Coloco meu vestido florido, minhas camisolas não tem entrado em mim ultimamente, então agora durmo com meus vestidos , pelo menos eles são confortáveis. Vou até o antigo quarto do Collin, onde coloquei o berço do Lucca, o guarda-roupinha e tudo que achei necessário, inclusive  decorei as paredes  com uma faixinha azul de desenhos de ursinhos, tudo está imensamente perfeito como eu imaginei que seria.

Admiro a pequena bolsa azul onde deixei guardado tudo o que ele vai precisar quando vier ao mundo, todas as noites venho aqui checar se não falta algo. No canto do chão, deixei uma pequena bolsa onde estão as minhas coisas, tudo está perfeitamente arrumado só esperando a chegada do pequeno. Apago a luz e saio do quarto.

Chegando na sala , vejo Léo concentrado novamente em seu jogo, aposto que nem notou minha presença. Me sento na bancada e folheio uma revista que a dona Lia me entregou , onde contém várias roupinhas de bebê em tricô, ela me disse que eu poderia escolher qualquer uma, pois estava disposta a fazer um para o Lucca. Me sinto confusa no meio de tantas opções.

Sinto uma dor nas costas, desta vez é bem mais forte que as outras, logo sinto ela passar, mas minha barriga continua endurecida. Pouco tempo depois a dor volta novamente, percebo um líquido escorrer por minhas pernas e meu coração parece querer desprender-se de mim.

— Léo?!! — Me ponho em pé com calma enquanto tento respirar fundo.  — Léo, eu... — Sinto a dor novamente, solto um pequeno gemido que é abafado pelo alto som da televisão.

Assim que a dor diminui, vou até ele e paro ao seu lado.

— Léo!! Está na hora!! — Digo com um pequeno sorriso em meio a uma lagrima de dor.

— A pizza chegou ?! — Pergunta sem me olhar.

Bufo.

— O BEBÊ ESTÁ NASCENDO!! — Grito e me arrependo ao notar sua cara de espanto.

Ele se levanta e parece fazer isso sem notar, seus olhos deslizam até minha barriga, depois volta a encarar meu rosto. Vejo que está quase chorando e isso seria muito maravilhoso de comemorar se não fosse a grande dor que me atinge.

Solto mais um gemido, ele se desespera e corre pegar a chave do carro.

— Amor, calma, eu vou te ajudar a descer, por favor ,respira.

Assinto enquanto tento controlar meus gemidos. Ele beija rapidamente meus lábios.

— As bolsas...  pegue as bolsas.

Cabem mais dois ? [SEM REVISÃO]Onde histórias criam vida. Descubra agora