CAPÍTULO 7

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Espero que tenham uma boa leitura 😍😘
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Dois meses.... Estou grávida  de dois meses, era o que eu esperava , mas ouvir isso da médica  me deixou um pouco... Assustada.

— Não sei por que está  assustada, dois meses  não  é  muita coisa!

— Eu sei, mas, agora tudo parece mais sério, acho que eu não estava acreditando muito na hipótese.

Leonardo me acompanhou na consulta, onde a médica me orientou sobre os cuidados que devo tomar.

— Você ouviu não é? A médica recomendou dar uma pausa com os refrigerantes, gatinha! — Ele desdenha enquanto continua atento à estrada.

— Eu ouvi bem essa parte, e foi a que mais detestei — Faço uma careta. — E não me chame de gatinha, pode funcionar com as garotas que você dorme, mas comigo não.

— Está de mau humor ?

— Não, eu só... — Respiro fundo — Estou ficando maluca com todos os pensamentos que me vem na cabeça. Já parou para pensar que eu terei que me tornar uma pessoa responsável ? Isso me parece meio impossível, eu sou a mulher doida que ninguém leva a sério. Como serei uma boa mãe ? — Me desespero.

— Você será uma boa mãe, pare de pensar nessas coisas , não se desespere, tudo isso pode fazer mal para o bebê — Ele coloca uma de suas mãos em cima da minha barriga enquanto a outra está no volante.

O resto do caminho foi em um completo silêncio, eu estava ficando maluca no meio dos meus pensamentos, mas resolvi ficar calada e não dizer nada ao Léo, não quero que ele se preocupe com minhas paranóias.

Entramos em seu apartamento completamente organizado, a não ser por um tênis jogado no meio do tapete e uma blusa estendida na cadeira.

Collin!! — Resmunga nervoso.

O Léo sempre foi assim, nada pode estar fora do lugar, ele sempre gostou das suas coisas limpas e perfeitamente arrumadas, não sei como consegue dividir o apê com um cara feito o Collin, que é um furacão em pessoa.

— Você vai trabalhar hoje ? — Pergunto me sentando sobre a bancada

— Sim eu vou, preciso encontrar alguns clientes! — Ele retira as bagunças do amigo e as leva para o quarto. — Você se importa em ficar aqui? — Ele grita do cômodo onde se encontra.

— Não, eu vou ficar bem — Respondo rapidamente.  — Vou descansar um pouco , essa consulta me deixou estranha, sei lá — Me levanto.

Ele se aproxima com a pasta nas mãos e a deixa em cima da mesa.

— Eu preciso ir agora — Observa o celular que está em suas mãos

— Já que não tem jeito! — Levanto os ombros e coloco as mãos no bolso de trás da calça enquanto aguardo meu amigo vir até mim.

— Eu voltarei no almoço, e vamos comer juntos, ok ? — Ele beija minha bochecha e acaricia minha barriga por cima do tecido fino da camiseta. — Qualquer coisa, me ligue!

— Tudo bem, tenha um bom dia de serviço! — Sorrio para ele enquanto se retira.

Ouço o estalar da porta se fechando e fico parada observando os cantos silenciosos da casa.

— Somos apenas nós — Resmungo para meu bebê.

Meus pensamentos viajam até minha cidade onde tudo era "perfeito".Eu tinha meus amigos, o emprego ideal, e todas as sextas à noite nos encontrávamos no clube de festas no centro da cidade. Eu sempre entrava e cumprimentava todos com um toque de mão tipico de uma moleca. Alguns garotos tentavam chegar até mim, mas eu sempre os dispensava porque só queria dançar e me divertir com meus amigos.

Eu nunca fui de me envolver amorosamente com muitos caras, só tive um namorado, ele me deixou e nem gosto de lembrar do meu sofrimento. Depois disso fechei meu coração, jurei não me apaixonar nunca mais. Tudo mudou quando conheci o cara que hoje me evita mais do que tudo, por um simples "eu te amo". Imagina só o que ele faria se descobrisse que está prestes a virar pai?! Acho que ele se mudaria para o outro lado do mundo, ou me mandaria pra lá.

(...)

Podemos nos encontrar às quatorze horas. Tudo bem pra você ? — Ouço a voz de Collin na sala. Me levanto em um pulo.

Acabei adormecendo no sofá, e me assustei com o galã à minha frente falando ao telefone. Aposto que estou com os cabelos bagunçados e os olhos inchados. — Mas, quem se importa?

— Desculpe... Te acordei ? — Ele finge estar preocupado.

— Claro que não, estou aderindo a moda do cabelo desgrenhado. — Forço um sorriso.

Ele gargalha e se senta ao meu lado.

— Onde está o Léo ? — Coloco os pés sobre o sofá.

— Está preso no trabalho, ele vai ter que almoçar mais tarde e me pediu para levá - lá à algum restaurante.

— Não estou com fome, obrigada! — Minto enquanto sorrio forçado.

Collin e eu não temos intimidade o bastante para conversar e almoçar juntos, é estranho estar sozinha no mesmo ambiente que ele. Não sei se ele é um psicopata disfarçado ou algum criminoso maluco.

— Eu estou morrendo de fome, tem um restaurante ótimo aqui perto, você vai adorar — Ele se levanta tirando o paletó e gravata.

O observo em suas ações e me esqueço do que me falou segundos antes.

— Você é bem comilona, isso eu já pude perceber!!

Collin me observa  com as sombrancelhas levantadas e só assim percebo que o estou encarando.

— Ahn... — Tento me recompor — Eu...

Ele gargalha alto.

— Sei que sou lindo, mas pensei que não fazia seu tipo — Desdenha.

— E você não faz! — Pisco para ele e me levanto. — Já que não tenho escolha, eu vou me trocar e podemos ir!

Apresso meus passos até o quarto de hóspedes. Não posso deixar que os meus hormônios distruam a minha sanidade mental. Por que eu estava encarando aquele homem como se ele fosse um deus grego ?

Estou ficando maluca!!

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O

brigada por ler💕

___Não esqueça do voto 😉__

Cabem mais dois ? [SEM REVISÃO]Onde histórias criam vida. Descubra agora