Capítulo 1: Uma nova realidade

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Nova Iorque, 08:15pm.

Melissa

— Esse time é muito bom! — exclamou Nicholas, olhando o jogo de basquete de nossa escola.

O time adversário era extremamente bom, porém estava empatado com o nosso time. O jogo estava acirrado.

— Esse jogo está me dando fome. — Chloe murmurou e eu ri.

— Acho que você está aprendendo isso com o Lucas. — desdenhei.

— E por falar nele, Lucas está com a bola! — Nicholas falou e nós voltamos nosso olhar para o campo.

Havia uns três jogadores do time adversário atrás dele, porém, quando estava perto o suficiente, Lucas lançou a bola que foi parar direto no cesto, marcando dois pontos.

— E o time da casa acaba de desempatar o jogo! — o orador avisou e o pessoal de nosso colégio começou a comemorar das arquibancadas.

As líderes de torcida cantaram o grito de guerra do time, enquanto o pessoal ainda gritava na arquibancada. Lucas olhou na direção em que estávamos e deu um aceno. Nicholas e eu já íamos retribuir, porém percebemos que ele não tinha acenado para a gente. Chloe sorria, animada, enquanto retribuía o aceno, timidamente.

— Parece que estamos sobrando. — murmurou Nicholas e eu segurei o riso.

O jogo ainda tinha cinco minutos de duração, porém a vitória do nosso time já era certa. Naquela noite, a escola ganhou mais uma medalha do time de basquete e os alunos vibravam com mais uma conquista.

— Ei, foi um ótimo jogo, parabéns! — disse Nicholas cumprimentando Lucas, que franziu o cenho com o elogio.

— Você me elogiando? Acho que vai chover. — ironizou e Nick revirou os olhos.

— Não vem, cara, senão eu retiro o que disse. — apenas ri e também parabenizei Lucas pelo jogo.

Quando Lucas aproximou-se de Chloe e já estavam prestes a se falarem, ele foi puxado por alguém.

— O que está fazendo aqui, Lucas? Você não vai na pizzaria com a gente para comemorar? — indagou Savannah Willians, umas das líderes de torcida, digamos que a "principal".

— Eu só estava falando com meus amigos antes.

— Ah, não me importo, vamos logo, o pessoal já está nos esperando! — falou o puxando, novamente. É nesses momentos que eu penso que Alyssa Benson é adorável!

Lucas não teve tempo de protestar, pois logo a mesma o levou para fora do corredor.

— Essa garota é maluca. — murmurei.

— Maluca? Acho que sei bem o que ela quer. — Nicholas disse com ironia e eu o fuzilei com o olhar.

Chloe soltou um suspiro.

— Vamos logo, gente, já está ficando tarde. — falou ela e eu não disse nada, apenas assenti.

No caminho para nossas casas, Nicholas e eu puxávamos assuntos aleatórios, tentando animar e distrair Chloe. Funcionou por um tempo, mas quando ela chegou em casa, apenas acenou e abriu um sorriso fraco, antes de entrar. Era ruim vê-la daquela forma, mas fizemos o possível para ajudar.

— Será que ela vai ficar bem? — Nicholas apenas deu de ombros.

— Lucas com certeza irá falar com ela, ele não aguenta ficar tão distante assim. — respondeu e eu assenti.

— Acho que sim.

Já fazia quase um ano desde a inauguração de nosso projeto. Tudo estava dando certo; estávamos no último ano da escola, Lucas havia entrado para o time de basquete nas atividades extracurriculares, o Cremos está com trinta e dois integrantes fixos e temos conseguido espalhar a palavra de Deus através de nosso projeto. Nas férias do verão passado, nós focamos muito em nosso projeto e fizemos várias reuniões, muitos jovens decidiram se entregar ao amor de Cristo, porém, alguns deles, não frequentaram o Cremos por conta que moram longe ou por se mudar. Ao todo, éramos pouco mais de trinta.

Confiaremos | Livro 2Onde histórias criam vida. Descubra agora