Capítulo 12

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Let's ruin the friendship? Haha.

Boa leitura!

÷

Ariana Pov

Levanto da cama com queimação no estômago insuportável. Não sei precisar como consigo me levantar diante da tontura que me acomete, mas logo estou de joelhos frente ao vaso expelindo minha alma fora. A sensação ruim tomando o meu corpo inteiro e eu começo a tremer.

O que eu fiz?

Minha mente confusa não tem descanso, porque no momento seguinte sinto uma mão me segurando os cabelos e livrando meu rosto e outra me afagando as costas enquanto eu continuo colocando a alma pra fora.

A boate, a dança, a bebida e cá estou eu. Como um clarão tudo se esclarece em minha mente. Eu havia bebido demais e agora meu corpo cobrava o preço do excesso.

O vestido começa a me sufocar e sem pensar direito o retiro do meu corpo com certa urgência. Por conta do meu trabalho e do treino respiratório a técnica se aplica automaticamente. Camila retira a liga que prende seu cabelo e me dá. Suspendo os fios no alto da cabeça e lavo meu rosto na pia. Nem percebi que ela havia saído quando ela já está de volta com um copo d'água.

- Se precisar de mim estarei na sala. - Diz com uma expressão complacente e sai.

Me jogo na cama outra vez querendo dormir profundamente pelas próximas 24h, mas lembro que tenho uma filha que depende de mim e que já não tenho mais 16 anos para inventar uma desculpa qualquer para fugir da escola.

Levantei sentindo a cabeça pesar e vi que no criado mudo havia um copo d'água, um comprimido e um post-it que dizia "você, provavelmente, vai querer me tomar :)"

Claro.

Camila.

Fechei os olhos após engolir o comprimido e as cenas passavam como um rolo fotográfico por trás das minhas pálpebras. A música alta, as bebidas, Camila me sorrindo, minhas amigas, o champanhe, Alfredo dançando comigo e depois alguns borrões.

Ah sim, também tem o fato de que eu ataquei Camila no banheiro da boate quando já não conseguia me conter. O beijo. Se bem me lembro, o que eu desconfio que não, ela correspondeu. Mas de qualquer maneira preciso me desculpar.

Me desculpar por fazer o que eu queria. Que piada!

Não é hora para debates entre desejos e realizações. Tenho uma filha para cuidar.

Tomei uma ducha e coloquei uma roupa leve devido ao calor e fui até a cozinha em busca de mais água. Esperando encontrar o nada dou de cara com Camila encostada na divisão entre a cozinha e a lavanderia com os olhos compridos para o quarto de empregada.

- Dia. - Só então percebo que a minha voz está rouca.

- Pelo visto não muito bom. - Camila sorri de lado.

- Acho que passei dos limites. Preciso ir buscar a minha filha.

- Ela está na minha casa. Está bem, alimentada e brincando com o filho de um amigo do meu pai sob a supervisão de Sofia. Relaxa. - Ela se aproxima e pousa as mãos em meus ombros. - Te fiz um suco de melancia.

- Você existe?

- Me fizeram essa mesma pergunta ontem. - Ao franzir de minhas sobrancelhas ela completa. - Sua amiga Liz. Não me disse que tinha amigas na polícia. - Sorri.

- Ah meu Deus! Quantas besteiras eu fiz, Camila?

- Você não se lembra? - Ela parecia desapontada.

Under the MoonlightOnde histórias criam vida. Descubra agora