IX - Controlo

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Pandora era uma vampira com grande conhecimento á cerca da imortalidade e de como os vampiros se comportavam. Basta se dizer que estudou sozinha na floresta negra a sua habilidade para lutar, assim como todas as palavras da língua antiga na biblioteca do castelo.

A floresta negra é o local mais perigoso para se frequentar em todo o mundo de Hadril. É habitada por as criaturas mais assustadoras e poderosas, não deixando qualquer ser que entre sozinho, sair de lá com vida. Na estadia da vampira veterana na floresta, muitas foram as batalhas que travara com várias criaturas. Alguns deles foram realmente desafiantes e poderosos, tal como sereias, Gul'Nagdahk, ou até mesmo espiritos dos elementos.

Muitas foram as vezes que ela quase morrera, mas na sua mente não iria conceder essa vitória ao anjo da morte. Ela desejou tornar-se mais forte que a sua mãe. Foi um objetivo que estabelecera a si mesma. A sua determinação foi comendável, conseguindo mesmo ultrapassar a sua mãe.

Agora possuídora de tamanho conhecimento, desejava passar tudo ao seu irmão, para que fosse próspero no seu reino. Para tal começou por testar os sentidos do jovem vampiro, obtando pela sua audição.

- Ryan, necessito que agora prestes bem atenção ao primeiro teste. - disse Pandora com uma voz séria - Eu vou fazer certos ruídos que são impossíveis de ouvir para um humano, e desejo que te tu me digas do que se trata.

O rapaz não mostrou qualquer hesitação, acenando-lhe com a cabeça em sinal de aprovação.

Ela colocou os seus braços atrás das costas. Do nada ouviu-se um estalido que se assemelhava a dedos a fazerem pequenos cliques. O seu som era realmente baixo, podendo um humano passar sem os ouvir. Ryan ficou maravilhado quando não teve de esforçar muito para perceber do que se tratava, mas sabia que não era a sua irmã a fazê-los mas sim outra pessoa. O som era abafado, deixando Ryan aperceber-se que o que a sua irmã dissera fora apenas para o distraír daquilo que o rodeava.

- Eu sei que ruído é, mas não és tu que estás a fazê-lo.

Pandora ficou realmente espantada com o poder da sua percepção, fazendo com que abrisse um pouco demais os seus olhos.

- Muito bem, então quem é? - Perguntou Pandora na tentativa de o tentar enganar.

- Aquele guarda. - Ryan apontava para o vampiro que estava mais sério - Ele coloca aquele postura séria e concentrada, mas é apenas para passar despercebido. A sua mão está virada para dentro, mas o mesmo faz batidas quase imóveis da sua armadura com a ponta do dedo.

- Muito bem irmão. - Pandora esboçou um sorriso meigo - Conseguiste me superar neste teste.

- Não exageremos - disse rindo-se - tu tens muito mais conhecimento que eu.

- Pode até ser verdade, mas na primeira vez que a nossa mãe me fez este teste, eu não percebi de onde e o que era o som.

- A sério? - Reagiu surpreso.

- Sim. - Pandora fez sinal para um dos soldados - agora o próximo teste será o da força. Eu trouxe comigo um pedaço de rocha wiaht, ela é indestrutível e é usada na construção de algumas habitações para aguentarem ataques de guerra mais destrutivos.

- Se é indestrutível como é que a posso destruír? - perguntou Ryan esfregando o seu punho sentindo qual seria a dor.

- Meu pateta, é aí que a tua força sobrehumana entra - disse Pandora dando-lhe um leve toque na cabeça - Este foi outro desafio que eu não consegui passar. Mas isso não significa que tu não consigas. Concentra-te e dá o soco mais poderoso que consigas.

Ryan cerrou os seus olhos lentamente como duas cortinas de cetim, canalisando todos os seus pensamentos para que os mesmos não se destraíssem. De imediato sentiu uma espécie de fio condutor, que circulou por todo o corpo como se estivesse a fornecer energia para os músculos.

O Rei Vampiro - As Relíquias PerdidasOnde histórias criam vida. Descubra agora