PyronMare, era o nome que o reino das raposas havia recebido desde o dia da sua grande criação. A sua localização era propícia para todos os comerciantes. Á cerca de cento e cinquenta anos atrás, Balkor, o pai de Firefang, fundou o poderoso reino das raposas Flamejantes com a sua mãe Ravena.
Ambos eram um casal feliz e amado por todos aqueles que os seguiam. Balkor era um homem raposa e o mais forte que alguma vez existira, enquanto que ela era líder dos feiticeiros que adoravam o Deus Corvo. Grande era o poder e o amor que sentiam um pelo outro, nunca havendo ninguém que conseguisse destruír aquela ligação que possuíam, resultando na governação com mais de um século de existência. Só a morte foi forte o suficiente para por fim a alguém que guardava os verdadeiros valores da amizade e do amor. Valores esses que Firefang nunca perdera, e que demonstrava por Ryan que tanto amava como um irmãozinho mais novo.
Gostava de se lembrar sempre da sua mãe e do seu pai, nunca desejando abandonar os sentimentos puros que os seus pais lhe incutiram. O seu coração mesmo assim nã deixava de se sentir apertado e preocupado em saber como é que ele estaria. A forma como saíra sem se despedir dele, era o suficiente para a sua mente estar ausente de tudo aquilo que a rodeava, mesmo estando desejosa de voltar para o seu reino.
Esse comportamento era perigoso, e ela sabia-o. Com isso em mente, a raposa veterana cessou a sua caminhada, olhando á sua volta para saber o local onde estava.
Do seu lado direito tinha o caminho preenchido por árvores, enquanto que á sua esquerda descansava um enorme lago. Os raios de sol batiam á superficie da água, fazendo reflexo nas diversas flores que compunham aquele cenário.
Ela ajoelhou-se perto do lago, onde mergulhou as suas duas mãos em forma de concha e deu um leve gole. Estava fresca e deliciosa. A sensação de tê-la a descer pela sua garganta, sarou-lhe algumas das frechas que a secura provocara.
- Estou toda suada - disse enquanto observava o seu corpo pegajoso - Acho que vou aproveitar e vou-me refrescar um pouco mais.
Voltou a levantar-se, e abriu o fecho que tinha nas suas costas deixando todo o seu vestido deslizar-lhe pelo corpo abaixo. Os traços esbeltos das suas ancas, bem como os seus seios nus eram como as mais deliciosas maçãs encarnadas, que contrastavam com a neve numa manhã de inverno.
Com cuidado colocou o seu pé no interior do lago, sentindo a diferença de temperatura comparativamente ao seu corpo. Sentindo-se novamente mais á vontade, desceu mais um pouco até conseguir sentir o fundo. Sentou-se numa pequena rocha de aspeto quadrado que estava por baixo da água, e encostou a sua cabeça para trás.
Soube-lhe bem puder sentir a leve brisa, e descansar ao mesmo tempo que se afastava dos problemas so reino. Não negava que gostava deles, mas ter servas quase a toda a hora a segui-la para cumprir todos os desejos da sua senhora, não era fácil para ela. Podia-se dizer que era quase como ter a sua privacidade retirada.
Continuando a sentir a sua mente leve, usou a mão esfregando lentamente o braço direito, depois passou para o esquerdo, usando diversas vezes para retirar parte da sujidade que se acumulava em certas partes do seu pelo.
Desejava ter alguém ali para a ajudar a limpar certas partes do seu corpo. Não contaria aquele seu fetiche para ninguém, mas tinha a certeza de que se o seu avô soubesse, dar-lhe-ia um ataque cardíaco.
Subermegida no seu delicioso banho, as suas orelhas detetaram movimento por cima de algumas árvores. O seu olfato não deixara na ignorância muito tempo, pelo que o aroma era de alguém que estava em contacto com os lobisomens.
- Bem me parecia que estavas aqui - disse a voz feminina aterrando arqueando os seus joelhos para amortecer a queda.
- Calculei que fosses tu - Firefang continuou submersa pela água - perguntava-me quando é que irias aparecer. O nosso pequeno teatro no mundo dos humanos, levou-me a pensar que talvez eu tenha sido um pouco abrupta de mais com o teu rosto.
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O Rei Vampiro - As Relíquias Perdidas
VampiroUm rapaz chamado Ryan, mora numa pequena e pacata aldeia, onde se torna no foco de muitas atenções, sendo que nenhuma delas é das melhores. A sua enorme perspicácia e poder de advinhação, levam as pessoas a acharem-no uma aberração, outras acham que...