XXIII - Visitas Inesperadas (Segunda Parte)

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Ryan parou imediatamente o que estava a fazer, levando-o a olhar para ela.

- Eles já aí vêm?

- Sim, pega nalguma coisa que coisa que seja tua e vamos sair pela janela. - retorquiu enquanto abria o vidro para ver se madeira aguentaria com o peso dos dois.

Do lado de fora ouviam-se alguns passos. Eles eram calmos e sem qualquer pressa de chegarem ao destino. Tudo começava a assemelhar-se aos cenários de suspense que Ryan assistia na televisão quando via os filmes de terror ao fim de semana. Filme ou não, eles não esperaram para descobrir o que é que iria sair dali. Kharis puxou pelo braço de Ryan até á janela e olhou-o nos olhos.

- Ryan eu vou primeiro, e tu segues-me logo atrás, percebeste?

- Sim vamos. - Ryan continuava motivado em sair dali para conseguir provocar a ira da sua irmã noutro enorme fracasso em apanhá-lo.

Atrás deles os passos cessaram de se dar, ficando tudo em pleno silêncio. O rapaz ficou sentado no parapeito da janela, olhando atentamente para a porta fechada. Tudo em seu redor parecia criar uma enorme espectativa, parecendo-lbe até que estava num daqueles filmes do velho oeste se esperava por aquele que sacava primeiro da pistola.

Sem ninguém esperar a porta arrebentou-se com um enorme e poderoso pontapé, atirando-a de encontra a parede que estava mais próxima da atual localização do rapaz.

- Ryan desce! - gritava Kharis do lado de fora da taberna já estando no chã.

Os dois soldados olharam para ele com raiva e ódio. Não iriam deixar o maior inimigo da sua senhora, por isso correram na doreção dele com grande velocidade. Ryan não hesitou e  abriu as mãos largando o parapeito da janela. O seu corpo caiu de imediato, olhando ele para baixo vendo o chão a aproximar-se a grande velocidade.

- Ryan abre as tuas asas de vampiro! - Kharis voltou novamente a gritar colocando as mãos perto da boca para projetar a voz.

O rapaz ainda não sabia como aquilo se fazia, na verdade nem sequer se lembrava que possuía asas para conseguir escapar daquele cenário desastroso.

- Como é que eu faço!? - respondeu gritando igualmente para ela movendo-se no ar na tentativa de criar mais resistência para o impacto no solo não ser tão grande. Enquanto o fazia, conseguia ouvir os dois soldados enviados por Pandora a falarem em voz alta um para o outro, corre do de imediato pelo edifício na tentativa de os apanharem.

- Rápido abre as asas se não querer  que nos apanhem! Rápido, concentra-te e sente a energia a fluir através do teu corpo como uma correntr límpida e poderosa! - Voltou Kharis a dar-lhe dicas mostrando-se cada vez mais angustiada.

De um momento para o outro, Ryan deixou de olhar lara o chão e passou a concentrar-se apenas em si. Fechou os olhos, e deixou-se levar pela corrente de pensamentos e sensações que lhe preenchia o corpo, lembrando-se apenas de uma pessoa. Um ser que lhe acalmava a mente cada vez que evocava mentalmente a sua imagem, na esperança de ver o seu sorriso, ou escutar os seus conselhos. Fpra os momentos de tranquilidade que passara com Firefang no mundo humano, que deixaram o rapaz altamente calmo mesmo estando naquela situação cada vez mais mortal.

Nas suas costas começou a surgir uma sensação estramha e quente, mas ao mesmo tempo agradável. Tentou mesmo enquanto caía passar as suas mãos para tentar perceber o que se passava. Um pequeno alto foi o que preencheu a mão, um pequeno relevo que o fez surpreender-se. Poucos segundos depois esse mesmo alto voltou a crescer e rompeu através da sua carne e pele, exibindo duas asas de tamanho médio. Não atingia o mesmo comprimento que o seu corpo, mas pareciam ser suficientemente grandes para o conseguirem tirar de lá.

O Rei Vampiro - As Relíquias PerdidasOnde histórias criam vida. Descubra agora