Capítulo 1

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- Estacionei meu lindo carro novo na entrada da escola. Sexta-feira, o motivo do meu sorriso.

  Peguei minha bolsa e o óculos no banco do passageiro.

-Bom dia, flor do dia. -Zá tinha estacionado o carro dele do lado do meu.

  Zá terminou a escola ano passado, mas mesmo assim insiste em ficar por aqui por causa do time. A direitora no começo não deixou, mas depois que ele jogou os papos dele nela(comeu), aceitou na hora.

  Fui até o outro lado e dei um beijo em sua bochecha.

-Vamos? Vamos nos atrasar.-gritou Matthew do portão.

  Ah, Matt. Um grande amigo pra mim, está no ultimo ano do ensino médio e também faz parte do time.

  Eu nunca fui aquelas patricinhas cheias de frescura, e por causa disso não entro para os grupinhos de meninas daqui, meus únicos amigos são Zá e Matt. E sinceramente estou muito bem com eles. Ah, e Lia. Também estudava aqui, mas quando terminou foi fazer faculdade em Nova York. Só o Zá que não quis prestar mesmo.

  Eu e Lia sempre conversamos por telefone e mensagens.

-Vão estudar pirralhos, tenho que passar na sala da velha.- disse Zá com um sorriso malicioso nos lábios.

  Fui até Matt e entramos.  Minha primeira aula era de Física. Eca.

  Matt me deixou na porta da sala roubando-me um selinho.

-Matthew! Demostrações em público não.- bati no seu ombro.

  É, nós temos um lance. Ele sorriu sapeca e foi pro segundo prédio, terceiro ano.

(...)

  Graças a Deus, amanhã é sábado. Não aguentaria olhar pra casa de sapo do professor de historia de novo.

  Depois das aulas de sexta tínhamos o costume de nos reunir no pátio, tínhamos uma mesa reservada.

  Estávamos todos sentados conversando quando Matt decidiu criar um jogo muito do estranho. Meninos contra meninas. Como o jogo era apostado se as meninas ganhassem a partida escolhia um dos meninos para fazer alguma coisa. E se os meninos ganhassem fariam a mesma coisa.

  Como eu não nasci com a bunda virada na lua, perdi logo no começa. Minha linda sorte de principiante. Como já esperado Matt me desafio.

-Sério Matt? Você quer que eu vá lá?- fiz carinha de cachorro que caiu da mudança pra ver se ele mudava de idéia.

-Ajoelhou tem que rezar, gatinha.- foi a vez de Zá falar.

-Vai ter que ir sim, Mel. O acordo foi esse. Perdeu, cumpriu!

  Ah filho de uma égua.

-Se me chamar de gatinha mais uma vez, arranco suas bolas.

-O negócio é o seguinte, ta vendo aquele grupinho alí?- perguntou Matt apontando para dois play boys e três vadiazinhas no meio do pátio, acenti- Vai lá e beija o Chaz.

-Quem diabos é Chaz?- perguntei quase socando Matt de raiva.

-O do lado do branquelo idiota.

-Jura? Os dois são brancos, bocó.

-O não loiro tatuado.-gritou os dois.

  Respirei fundo algumas vezes. Não preciso me preocupar, afinal só vou chegar lá igual uma louca e beijar um desconhecido. E no mínimo fico conhecida como a vadia metida da escola.

  Saí sem dizer nada, odeio Matt. O que eu tinha na cabeça quando aceitei aquela aposta idiota? Quando estava a poucos passos de distância do grupinho pude ouvir murmúrios e risadas.

   Pensei seriamente em sair correndo dali. Mas eu nunca fui de desistir. NUNCA

   Devido ao short extremamente curto e a regata branca quase curta demais pude escutar vários comentários e assovios desnecessários.

  Passei pelas duas primeiras vadias as empurrando, fiquei de frente para o não loiro tatuado pouco mais de um segundo antes de segurar sua nuca e puxar sua boca para minha. Automaticamente, ele retribuiu ao beijo colocando sua mão na minha cintura me puxando para mais perto.

  Ok! Aquilo já estava indo longe demais.

Umas das vadias se entrometeu gritando: - QUE PORRA É ESSA COM MEU NAMORADO?

  Como ja tinha feito o que vim fazer, decidi brincar um pouco.

-Seu namorado?! Você não me disse que tinha namorada quando a gente ficou semana passada.-fingi da tapas no ombro do garoto.

   Todos me olharam assustados, menos o loiro tatuado, que encarava minhas pernas. Saí com uma expressão indignada olhando para o tal Chaz que tinha me traído. 

  Depois de toda essa coisa, peguei meus óculos e minha mochila. Resolvi ir para casa, estava com fome!

  Quando estava no estacionamento preste a entrar no carro sinto que tem alguem me observando, viro e me deparo com o não-loiro-tatuado-que-ficou-comigo.

-Oi.-falei tímida.

-Que droga foi aquela?-ele perguntou , mas não parecia realmente irritado.

-Aposta! -falei como se aquela palavra explicasse tudo.

-Inclusive a parte de ficar comigo um dia desses?- Ele perguntou erguendo uma sobrancelha.

-Não, essa inventei- sorri.

-Hm, só pra lembrar a gente tem um encontro hoje anoite, ta?- falou indo embora.

- Desde quando?- gritei.

-Desde quando a gente ficou, me beijou no pátio e perdi minha namorada-gritou de volta, sem olhar para mim.

Era justo!

Por culpa de uma aposta-Justin bieberOnde histórias criam vida. Descubra agora