Capítulo 30

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Mellanie Hyler's PVO

-Tudo bem?-disse Justin.

-O que você quer?-joguei os óculos em cima da mesa.

  Por algum motivo da vida, não quero falar com Justin. Não quero ver o Justin. Não quero pensar no Justin. E olhar pra ele agora era uma tortura pra mim. Só o que eu via era os olhinhos inocentes de Megan, quando ela dedicou o pedaço de bolo para seu papai em seu aniversário.

  Papai é o escambau, quem observa os problemas de fora pensa que é chilique meu, mas não. Tenho meus motivos, tinha um relacionamento saudável com o Justin beirando meus 17 anos; do nada o pai do garoto aparece pedindo pra ele matar alguém; mais do nada ainda ele me prende em um galpão, dando-me surras diárias, estupros ( estupro não, até que era bom. Mas eu não queria! ); e em algum dia normal, vejo uma chance de fugir e não hesito. Lilly me ajudou por um tempo.  Em um bendito dia dos meus treinamentos sinto tontura e enjôo, estava grávida. Uma menina de 17 anos grávida,  sozinha no mundo. Com a mãe morta, o pai desconhecido e uma avó que ja tinha problemas demais na vida.

  Nunca na vida estou me praguejando por ter tido minha filha, longe de mim. Dou graças a Deus todos os dias por Lilly não ter deixado eu fazer besteiras o suficiente para matar a criança. Mas não, não foi fácil. Cuidar de uma filha sozinha, passar madrugadas acorda, e ter que aguentar ver a filha crescer perguntando pelo maldito pai.      Até que um dia recebo a merda de uma lista, e adivinhem quem está la? No finalzinho. Com os olhos cor de mel que encanta qualquer uma, os cabelos macios que tanto ja deslizei meus dedos: Justin Bieber, porém não veio com o privilégio do nome no papel. Pelo motivo de ser tão difícil de se encontrar.

  E agora ele está bem aqui. Na minha frente. Eu posso muito bem pegar uma arma e espocar a cabeça desse moleque. Mas não.  Que direito eu tenho de acabar com a vida de uma pessoa? E ele Elizabeth?  Que direito tinha de arruinar sua vida? Nenhum caramba, então pega essa bendita de arma, é só disparar. Não!  Assim não.  Não tão fácil.  Não tão indolor.  Ele vai me pagar com seu sangue, por cada dor, por cada lágrima.

- Conversar. - disse baixo.

-Conversar, criatura?  Conversar sobre o quê?

-O que você quer com essa história de que era parceira do Taylor?  O irmão de Asheley.

- O que você que com Asheley?

- Eu irei me casar com ela.

-Por que, Bieber? Nem mesmo foder ela você não pode.

- Tenho meus motivos.

- E quais seriam? É o dinheiro? Você seria tão covarde a esse ponto, seria?

- Eu gosto da Asheley, Hyler.

- Ah, claro. Você provavelmente está com ela por pena. Talvez tenha achado ela em alguma festa, Asheley é uma mulher bonita. Teve a ausência dos pais na vida e se fez de coitadinha. Você,  muito solidário, levou ela pra debaixo do seu teto.

- Aí que você se engana, ela que veio até mim. Ela é amiga de Chris, um amigo meu. No tempo ele estava no México, foi resolver umas dívidas. A garota estava tão assustada que foi parar em Atlanta,  fugindo de Michael. Michael Schumacher. Ela tinha matado a esposa dele, seja lá qual for os seus motivos,  Chris disse que não podia fazer nada e disse que tinha a mim. Ela foi em minha casa em Atlanta e daí pra frente você já pode imaginar o que aconteceu.

-Atlanta?

- Pois é, nem mesmo daqui eu sou. Mas eu não quero falar de mim. Conte-me de você.

  Bom, se ele quer saber... Pra que mentir não é mesmo?

-Você ja sabe da maior parte. Quase me matou...

Por culpa de uma aposta-Justin bieberOnde histórias criam vida. Descubra agora