Capítulo 8

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-Justin?!

   Eu pensei que ele faria qualquer coisa, menos começar a me espancar.

  E foi justamente o que ele fez.

  Tentei gritar ou fazer qualquer coisa, mas não deu.

   Uma parte de mim tentava com toda as suas forças entender alguma coisa e a outra parte tentava se manter viva.

   Nenhuma das duas estava tendo sucesso.

-Justin, para!

  Ele colocou a mão no meu pescoço me impedindo de respirar. Fui perdendo o ar e minha vista foi escurecendo.

  Estava perdendo a conciencia aos poquinhos...

(...)

  Arcodei várias e várias vezes mais passava no máximo alguns minutos conciente.

  Na minha cabeça as imagens de Justin me espancando se misturavam com a conversa dele com aquele outro.

  Estava em um quarto desconhecido, parecia um galpão.

-Já acordo vadia?-aparece Justin perguntando.

  Quem ele pensa que é pra me chamar de vadia?!

  Tentei levantar, só aí percebi que tudo doia. Minha cabeça parecia uma bomba relógio preste a explodir a qualquer momento de tanta dor.

-O que está acontecendo?-cuspi as palavras com nojo de tudo que estava acontecendo.

-O que você acha vadia?!

-Eu não acho nada.

-É mesmo?-ele grita-Então porque fica escutando conversa dos outros?Em vadia?Responde!

  Então ele sabia que eu havia escutado. Ele sabia de tudo? Será que ele sabia que eu havia visto aquelas fotos? Que eu talvez conhecesse o cara com um círculo vermelho?

-Não vai responder? Então tá! Vai ficar sem água e comida até mudar de idéia. Amanhã passo aqui!

  Ele saiu batendo a porta. Tentei me levantar.

  Com muito esforço consegui, assim que fiquei de pé senti uma tontura. Olhei para meus braços e eles estavam cheios de hematomas.

  Não estava conseguindo pensar. Com esforço comecei a caminhar pelo pequeno quarto tentando por a cabeça em ordem.

  O que estava acontecendo?

  O que foi tudo aquilo?

  Os meus pensamentos estavam embaralhados assim como meus sentimentos.

  Eu só tinha certeza de duas coisas: 1- No momento eu só tinha espaço para dois sentimentos. 2- Esses sentimentos eram raiva e nojo.

  A dor e a decepção ainda tentavam um espaço, mas o ódio reprimia qualquer tipo de sentimento.

  Enquanto eu me focava nessas duas coisas, eu manteria a sanidade.

  Mas havia também outra coisa. Uma coisa decorrente desses sentimetos: Vingança.

  Justin havia feito uma coisa sem perdão. Ele havia me enganado, me traído da pior maneira que alguém pode trair.

  Mas ele tem que pagar.

  Ele vai pagar!

  Para que ele fez isso? Eu nunca dei motivos dei motivos para ficar com ódio de mim.

  Nunca.

  Por causa de uma misera conversa?!

  Não, não podia ser só por isso.

  Tinha haver com as fotos. Com tudo naquele escritório.

  Sento novamente na cama, já cansada pelo pequeno esforço.

  A surra que ele me deu foi realmente pesada.

  Olho para os lados tentando captar onde eu estou, o lugar lembra um galpão, mas é um pouco menor. O tamanho de um quarto talvez.

  A cama que estou sentada é praticamente toda a mobília, há apenas um banco e só.

  O que o Justin quer de mim?

  O que ele pretende fazer comigo?

  Tentei achar saídas e respostas até pegar no sono.

  Acordei com um balde de água na cara.

-Acorda vagabunda. Não te troxe pra dormir e sim pra pensar no que fez.-disse Justin me puxando.

-Aí meu braço Jus... Desculpa, Justin!-falei, percebendo que tinha chamado ele de um jeito carinhoso.

  Ele parou por um segundo e ficou olhando pro nada.

-Por que você está fazendo isso comigo? O que eu fiz pra você?

-Cala a boca. Pelo jeito já está desposta a cumpri minhas necessidades.

-Como é ?

-Tira a roupa e cala a boca.

-Hã? Tá louco?!

  Me puxou com força e rasgou minha blusa.

-Não encosta um dedo em mim, desgraçado!

-Cala a boca!-disse me jogando na cama com força.

-Justin para, isso dói!

-Eu mandei calar a boca!-disse tirando o cinto.

-Tira o resto da roupa ou vai apanhar!

-Eu não vou fazer isso, você não manda em mim!

-Vai aprender a parar de ser teimosa!-disse me batendo.

-Para isso dói!

  Cada vez que eu pedia ele batia mais forte.

-PARA!

  A única coisa que se escutava naquele lugar era o barulho do couro do cinto entrando em contato com minha pele.

-Justin por favor, para!-sussurrei com o resto de força que tinha.

-Aprendeu a me respeitar vadia?

  Fiquei calada e ele voltou a me bater. Minha respiração estava falha e quase não consigua falar.

-Responde vagabunda!-falou acertando um tapa na minha buxexa, vermelha agora.

-Me mata logo desgraçado!

-Não me diga o que fazer!- falou batendo em minha costas com a fivela no cinto.

  Senti o sangue quente escorrendo em minhas costas e um cheiro forte entrando em minhas narinas.

  (...)

  Acordo e não me surpreendo quando olho para o meu corpo e vejo todo roxo. Os lençóis sujos de sangue.

  A dor era quase insuportável. Mas o que me mantia ali e viva era... Eu não sei o que era.

  Tudo o que o Justin estava fazendo comigo, eu só não entendia o porque?

  Minha cabeça doia, eu tinha sede e fome. Fazia alguns dias que não me alimentava. Não aguentaria muito tempo assim.

  Pensei de não seria melhor se eu simplismente morresse.

  Seria mais fácil e mais rápido. Desistir se tudo.

  Por que não?

Por culpa de uma aposta-Justin bieberOnde histórias criam vida. Descubra agora