-Petúnia, querida! Olha quem veio nos visitar!
Rosé entrou na minha sala de repente. Notei as luzes acesas e suspirei. Então a cara do Lionel Lamar apareceu na porta. Que filho da puta cara de pau. Sorri como quem não sabia de nada e fingi que não escutei o comentário de Rosé. Lionel nos cumprimentou com um aperto de mãos. Tanto eu quanto Elliot estávamos meio aéreos, ainda no beijo que acabara de acontecer.
-Vejo que o trabalho está firme. Isso é ótimo.-Ele comenta olhando minha mesa cheia de papéis.
-Isso é pouco, sr. Lamar. Geralmente isso tá uma zona total.
-Por favor, só Lionel. Eu entendo, meu escritório às vezes fica assim também.
Dei um sorriso forçado.
-Claro.-Falei.
-Bom, acredito que nos veremos em breve. Deixe-me ir.
Ele apertou nossas mãos e saiu. O que ele quis dizer com isso?
-Vou acompanhá-lo.-Rosé disse ao sair.
Olhei para Elliot. Ele encarava a porta fechada. Seus olhos se voltaram para mim e eu suspirei. Me virei de costas para ele e comecei a arrumar minhas coisas. Precisava ocupar minha mente.
-Petúnia.-Elliot me chamou.-Petúnia, olhe para mim.
Me virei.
-O que?
-Não vai dizer nada?-Ele tinha os olhos arregalados.
-O que eu deveria dizer?-Perguntei arqueando a sobrancelha, já irritada.
Ele piscou os olhos e deu um passo na minha direção.
-Você se arrepende?-Ele pergunta. Eu nego com a cabeça.-Então por que está irritada?
-Por não me arrepender. É por isso que eu tô irritada.
-Quer conversar sobre isso?
-Não. Eu quero que você saia.
Ele assentiu e saiu.
***
-Mon chérie? Está ocupada?
-Não, pode entrar.
Seth entrou no meu quarto com uma caneca nas mãos.
-Acrredito que em brreve serrá convocada parra o jantarr.
-É, tô sabendo.
-Oui. E o senhorr Lamarr está aí.
-Esse seu papo de ser londrino é conversa fiada né?
-Eu non ser londrrino? Da onde tirrou isso, mon chérie?
-Você fala como um francês, tem sotaque francês, aparência francesa, cheiro de francês. Londrinos não puxam o R tanto quanto os franceses.
-Notou isso tudo desde que nos conhecemos?
-É claro, Seth. Isso é fácil de ver.-Sorri sultimente.
-Muito bem. Meu pai, o morrdomo Henris, é alemão. Minha mãe é frrancesa. Ele pediu parra non contarr da onde rrealmente somos, mas non dá parra esconderr isso, non? Afinal, mon chérie desconfiou desde o prrincípio.
-É, pois é. Bem, você sabe de alguma coisa sobre o tal Lionel Lamar?
-Algumas coisas, pequenos detalhes. O que querr saberr?
-Muita coisa sobre ele.
-Mon chérie é tão curriosa. Mas isso é bom. Você prrecisa descobrrirr.
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Herdeira Legítima
RandomEu preciso saber como uma empresa funciona, como posso fazê-la lucrar horrores e crescê-la ao máximo. Se eu não conseguir isso dentro de nove meses, eu perco meus direitos como herdeira, propriedades que ganhara de meu pai e qualquer vínculo com a e...