Acordo e reparo que fiquei a dormir em casa dos rapazes. Desço até à cozinha, onde encontro o Zayn a tomar o pequeno-almoço.
-Bom dia.- digo e o Zayn sorri.
-Bom dia princesa. Estás melhor?
-Sim, obrigada. Achas que me podes levar a casa?
Ele concorda e saímos juntos. O caminho até minha casa é feito em silêncio, assim que chegamos a minha casa o Zayn despede-se logo de mim e vai se embora. Eu até o compreendo, acho que ele não queria estar comigo quando o meu pai me vir assim.
Abro a porta de casa e para minha surpresa não ouço nenhum grito, nem nada disso. Por isso suponho que estou sozinha em casa. Deito-me na minha cama e assim que o meu corpo se aconchega nos lençóis adormeço. Foi uma noite longa, e sei que quando acordar vai ser ainda pior.
-Alisha!- ouço o meu pai gritar e presumo que já chegou a casa.
-Já vou, pai.- levanto-me e desço as escadas, no fundo encontro o meu pai e a minha mãe.
-Boa noite querida.- a minha mãe sorri.
-Boa noite mãe. Eu fiz alguma coisa de errado? Vocês sabem, não é normal termos estas reuniões familiares ou estarmos aqui juntos sem gritos.
-Não filha, você não fez nada de errado. – o meu pai diz e o noto o sarcasmo na voz dele.
-O seu pai só quer falar consigo sobre a universidade no escritório. Por isso, acho que é a minha deixa para eu ir para a cozinha. – não digo nada e vejo a minha mãe a ir até à cozinha. O refúgio dela.
A minha mãe é a pessoa mais querida e simpática deste mundo, ao contrário do meu pai. O meu pai é rude e super antipático para as pessoas, ou melhor, para a família. Até acho estranho como é que ele conseguiu ir para presidente da camara.
- Vamos filha. – o meu pai diz, acordando-me dos meus pensamentos. Vamos até ao escritório dele e a primeira coisa que faz é ir preparar a sua bebida.
-Já me pode dizer o que eu fiz de errado?
-Bem, para além dessa enorme ferida na sua perna não teve a decência de me informar que o assalto tinha dado para o torto.
Como é que ele tinha reparado na minha ferida? Eu achava que não estava a coxear, mas parece que me enganei. E depois, eu sei que parece ser estranho o meu pai estar a falar do assalto, mas na verdade ele sabe do gang porque afinal de contas foi que ele que meteu lá.
-Pai, deixe-me explicar.- eu peço
-Explicar o que? Que você é um pedaço de merda que não sabe fazer nada de jeito? Que não sabe fazer um pequeno assalto?
Eu não acredito que o meu pai disse isto, já tivemos as nossas discussões mas nunca tinha chegado ao ponto de ele me comparar com merda.
-Como é que você é capaz de dizer isso da sua própria filha? Eu não tenho culpa que o outro gang tenha aparecido. Eu não tenho culpa de ter sido apanhada no meio de um tiroteio.
-O problema é esse! Você nem de si própria sabe cuidar, como é que haveria de cuidar das outras pessoas?
-Só pode estar a gozar comigo! Eu cuidei de minha própria todos estes anos, quando você não o fazia! Eu só estou na merda do gang por causa de você, mas sabe eu até gosto daquilo. Ao menos lá sinto-me mais em família do que aqui. Eles ao menos gostam de mim – eu expludo e não consigo evitar chorar.
Isto é demasiado para mim. Eu sou apenas uma rapariga de 20 anos que gostava de ter uma vida normal. Gostava de não ter um pai que me obriga a estar num gang. Gostava de ter uma mãe mais presente, porque com a merda de pessoa que é o meu pai eu também iria andar sempre triste e desanimada com a vida. Gostava de ter conhecido os rapazes noutras circunstâncias. Mas depois ainda há outro problema. O problema é que eu até gosto de estar no gang, sentir toda aquela adrenalina de fazermos pequenos assaltos ou apenas metermos medo às pessoas, e isso é hilariante. Mas o problema é quando o meu pai nos obriga a fazer assaltos a bancos, restaurantes, etc.
-Claro que gostam de você, toda a gente gosta de ter uma puta por perto.- a sua voz perde a pinta de ironia e torna-se fria. Os meus pulsos fecham-se e consigo sentir as minhas unhas a rasgar a pele das minhas mãos. Não vou chorar mais, ele não merece isso.
-Puta?- grito-lhe – Eu sou uma puta? Que engraçado! Quando foi para arranjar votos, nunca deixava a sua "filhinha" de fora, era um exemplo. Mas agora SOU PUTA! Wow!- grito-lhe e a sua mão bate na minha cara.
A minha mãe abre a porta para ver o que se passa e eu saio a correr. Agarro na minha mala e na chave do meu carro e desapareço sem me preocupar com que vai acontecer.
***
-Hey? Estás bem?- uma voz rouca soa junto de mim. Sugo as lagrimas com a manga da minha camisola e olho para cima.
-Doi sabes? Doi muito!
*olá olá olá! Desculpem a demora, mas estive sem net pq exames. Big shit né? Mas pronto o capitulo chegou e com algumas revelações!! O que acharam?? Quem será a pessoa com quem a Alisha estava a falar?
ah e sem esquecer que o capitulo foi escrito pela Vanessa com algumas "alteraçoes" feitas por mim :)
Prontas para o próximo?? Sim?! Então COMENTEM E VOTEM POR FAVOR!!!! Obrigada <3 <3 *
VOCÊ ESTÁ LENDO
Illusion // h.s.
FanfictionSó porque alguém parece feliz, não quer dizer que o seja. porque até uma rosa branca tem uma sombra negra.