O Resgate de Marta

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Marconi esperava a ligação para saber se concluía o serviço, amanhã a cidade voltaria ao normal e todos o olhariam de outra forma, Marta finalmente o pagaria por ter o tirado da fábrica.

Mas não era surpresa, ele sabia que isso aconteceria quando descobrisse que estava tentando sabotá-la, o fim daquela empresa seria a única forma de Bouganville voltar ao normal.

Quando ela mandou chamá-lo pra conversar demorou porquê tinha que duplicar o próprio crachá, pra poder ter acesso a área da caldeira quando tivesse que colocar os corpos.

Estava na hora de mostrá-la o quanto era competente, pensou e um sorriso se abriu no seu rosto, um simples calmante faria o trabalho que ele precisava.

Vitória, sussurrava o homem delirando de febre. Derick estava ajoelhado a beira da cama, seu pai estava recobrando a consciência e a única irmã não dava notícias, o prefeito não sabia que ela tinha assumido a candidatura mas só repetia seu nome, se recuperaria ou não o filho não sabia mas o cérebro dele parecia fixo em Vitória.

Onde podem ter ido? Pensavam juntos Davi e Linda.

-Precisamos tomar cuidado, disse ele. Tive sorte de não ter esbarrado em alguma viatura mas não podemos contar com isso.

Linda deu um pulo da cadeira indo procurar nas pastas de rota de busca, deu um sorriso como tivesse entendido a charada, saiu andando em direção a porta.

-Vamos Davi descobri onde estão.

- Como assim? Respondeu ele ainda confuso.

Linda o olhou com um sorriso modesto.

- Como uma matéria não pode ser mover sem afetar outra, sempre haverá rastro. Vamos Davi, descobri onde estão.

Ele estava cada vez mais intrigado, apesar de ser extremamente bonita, Linda chamava mais atenção pela esperteza e inteligência, quando ele contou que não tinha encontrado nenhuma viatura no caminho ela se lembrou das palavras de Vitória quando disse que tinha visto muitos carros de polícia pelo caminho.

Ou seja, se Davi não encontrou nenhuma viatura e ela várias, significa que a moça não estava vindo da casa e sim de outro lugar, Linda conferiu a rota das viaturas e descobriu onde estavam fazendo as buscas no horário que ela foi a delegacia e descobriu de onde vinha.

  A boa noticia é que a noite eles pararam de procurar e montaram apenas postos de vigilância, também tinham nos registros e recibos do delegado, o local onde ele se encontrava com o assassino.

Nenhuma caligrafia batia com os documentos até Vitória entregar o papel a Linda com seu nome e contatos, a garota comparou as letras e o telefone com os números dos valores pagos ao delegado e não tinha dúvidas.

Davi não queria acreditar mas Vitória era a assassina.

  Matara seu tio, Christian e seu filho. Deus, ela matou uma criança. Matara seu próprio irmão, e fez dele próprio um assassino.

-Corra temos que chegar a tempo, disse carregando um revólver que pegou na delegacia, enquanto iria tentar impedir a mulher que amava de fazer outra vítima.

Revolução ou CriseOnde histórias criam vida. Descubra agora