Prólogo

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E ali estava.
Parada no tempo.
Com o olhar vazio.
É uma coisa horrível de se pensar em como a morte pode ser bela mesmo que por um breve instante?
Porque ela tem lá a sua beleza. Mesmo criada.
A cena diante de mim não deveria me impressionar, mas o efeito foi justamente o contrário.
Não porque ela estava morta. Isso já sabíamos no momento em que a garota  havia desaparecido.
Mas a cena...
Violeta era seu nome.
Seus negros cabelos compridos estavam espalhados ao seu redor.  Um contraste e tanto com os lençóis brancos.
A boca antes vermelha agora esta assustadoramente pálida como sua pele sem um arranhão sequer.
Adquirindo um leve tom azulado.
Seus olhos outrora azul brilhante e cheio de vida,  está  inabalável em olhar o vazio.
Realmente,  a morte tem sua beleza, mesmo que seja planejada por um Assassino.
Sou uma pessoa horrível por pensar assim?  Devo ser.
A ironia é que por pensar dessa maneira, fui "escolhida"  para ajudar a achar e prender um assassino que ama escolher garotas doces e ingênuas e fazê- las suas vítimas.
Por isso a mídia lhe atribuiu, veja só,  o nome Assassino dos Contos de Fadas.
Este não é o primeiro corpo dele. Simplesmente é o quarto.  Sem pistas. Ninguém sabe de nada. Um beco aparentemente sem nenhuma saída.
Mas tem uma equipe disposta a detê- lo.
E eu.
Eduarda Albuquerque.

O Assassino Dos Contos De FadasOnde histórias criam vida. Descubra agora