O Assassino Dos Contos De Fadas

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Estou aqui a observando tranquilamente enquanto tomamos café.
Ela é adorável.
Vejo que está sorrindo ao perceber que estou admirando-a.

- O que está pensando? Sorrio.
- Em você.  Em como é adorável.
Ela fica vermelha.
Suspiro.
Ela é tão doce.
Sua pele morena deve ser tão sedosa.

Passo a mão em seus cabelos e aproveito para colocar uma mecha atrás da orelha dela. Sinto cheiro de baunilha.  Deve ser do shampoo.
Seus olhos castanhos estão me observando atentamente e os vejo dilatando.
Tão inocente.

- O que foi linda?
- Isso é sério?
Sinto que estou quase lá.
- E porquê não seria?  Dei provas do contrário?
Ela arregala os olhos quando percebe meu tom indignado.
- Não! Claro que não!- se apressa em responder. Passa a mão pequena em meu rosto e a seguro ali. - Só que você bom... é você. Tão gentil e lindo e perfeito até demais e não consigo deixar de me surpreender que está aqui comigo enquanto poderia estar com alguém. .. bem... com alguém melhor.- Ela explica e baixa a cabeça com os olhos marejados. 

Faço com que me olhe novamente.
- Amor. Não faça isso. Você é perfeita. Te encontrar foi uma das melhores coisas que me aconteceu na vida. Foi um dos momentos mais memoráveis que jamais esquecerei.

Ela abre um sorriso radiante e então beijo a palma de sua mão.
Não irá demorar.
Logo a terei inteiramente para mim.

Seu celular toca e a vejo atender. Seu pai com certeza. Ela diz onde está e que não vai demorar.
Ela é uma boa menina.
- Príncipe, preciso ir. Não gosto de deixar meus pais preocupados.
Eu sorrio.
- Claro, Princesa. Te deixo em casa. Não é bom andar por aí sozinha.
Ela me olha com carinho enquanto pago a conta.
Seguro sua mão e a levo para o carro. Abro a porta para ela.
Assim que entramos coloco uma música suave e começamos a conversar sobre diversos assuntos.
Margarida é linda, inteligente,  doce e totalmente inocente no assunto que me interessa.

Com certeza será ela.
Quando chegamos em sua casa ela se vira pra mim dentro do carro e sem jeito diz:
- Desculpe não te convidar para entrar, Príncipe.  Mas é que eu acho cedo ainda, entende?
Sorrio para ela acalmando-a.
- Não se preocupe linda. Teremos tempo.  Não estou com a mínima pressa. Tenho certeza de que será perfeito.
Ela sorri timidamente e me dá um beijo suave e rápido.
Observo ela ir até a porta e acenar em despedida.
Assim que vejo que está em segurança, vou embora.
Tenho muito o quê organizar.
Depois do fracasso com Rosa não quero mais me contentar com pouco.

Margarida é tudo aquilo que diz ser.
Dessa fez eu sei que terei que realizar tudo com perfeição.
Porque Margarida merece.

Vou dirigindo tranquilamente para casa enquanto estou com um sorriso bobo no rosto.
Quando chego nem me importo de ligar a luz. Não tenho medo do escuro.

Vou em direção ao quarto e separo minha roupa para depois do banho.
Ligo o chuveiro e fico um bom tempo ali pensando.
Tenho que arrumar um  vestido digno para minha Princesa.
Ela terá um vestido lindo e singelo. Algo delicado.
E já sei qual vai ser.

Quando me dou por satisfeito,  me seco, me arrumo e vou para cama.
Vou sonhar com minha linda e adorada Margarida.