Quando abro meus olhos e saio da cama indo em direção ao banheiro, tudo o que consigo pensar é que hoje Deus podia dar uma ajuda em relação aos pais de Rosa. Só uma ajudinha.
Quando termino de me arrumar vou direto tomar um chá. O dia promete.
Sim. Chá. Não tomo café. Detesto café.Não sei como a Eduarda toma aquilo. Pelo amor da minha mãe! Ela toma isso mais que água! Isso não pode ser saudável.
Eu sou mais, como posso dizer... moderado no que coloco pra dentro desse corpinho.
Termino meu bendito chá e vou pra garagem pegar meu carro. Hoje está chovendo pra caralho e nao estou a fim de me molhar.
Passo na casa de Alice porque ela é uma grande folgada apesar do tamanho.
Tem licença pra dirigir só pra bonito mesmo. Ela é um desastre dirigindo.Para a paz de espírito de nossos pais, a única maneira de ela entrar num carro, é sentada no banco do carona mesmo.
E apesar de tirar sarro em cada oportunidade que tenho, eu sei que eu sou o número um na lista de contatos dela.
- Não suja meu carro.
- Não enche. - retruca Alice colocando o cinto.
- Comeu alguma coisa antes de sair?
Ela revira os olhos.
- Achei que essa mania de monitorar minha existência fosse tarefa dos nosso queridos pais.
- E qual a graça de ter uma irmã e não chatear ela? A minha vida não teria sentido algum.
- É só você arrumar uma namorada. Como a mamãe vive falando. Assim ao invés de pegar no meu pé, alguém pega no teu.
- Tá rogando praga a essa hora da manhã maninha? Quê isso? Onde está o amor por este ser que é seu adorado irmão?
Ela ri.
- Ah. Então foi isso que eu perdi quando era criança. Provavelmente naquela vez que você sumiu com minhas bonecas porque segundo você, estava ficando muito fresca.
- E era verdade. Todos aqueles babados... Tenho arrepios até hoje. Credo.Alice me da um tapa rindo.
Adoro ela. Amo ela.Alice sabe que sempre pôde contar comigo, como de fato, já aconteceu.
E o mesmo vale para mim.
Sei que hoje o dia não vai ser bom, mas talvez, só talvez, Eduarda esteja certa e Rosa possa nos dar algo.- Pensando no caso?
Olhei para minha irmã.
- Sim. Torcendo pra Eduarda estar certa.
Ela suspira.
- Eu também. Me assusta ela conseguir pensar como o assassino sabia? Quero dizer, quão louco isso é?
- Nem me diga. Gabriel sempre fica preocupado com ela. Diz que é perigoso se deixar absorver dessa maneira.
- Mas não é por isso que ela está aqui? Quero dizer, se ela estiver certa sobre Rosa. ..
- Pois é. Vamos pra onde? Hospital ou delegacia?
Ela mexe e remexe naquele celular que eu juro, não sei pra que tanto aplicativo nessa coisa.
- Gabriel tá dizendo pra irmos ao hospital.
- Bom. Resolvemos e teremos uma direção nesse caso.
- Assim espero irmão.Quando chegamos ao hospital reparamos que alguns repórteres estavam perambulando pela frente do mesmo. Isso estava piorando as coisas.
Os pais de Rosa disseram à Hugo que os jornalistas estavam querendo uma entrevista sobre o estado da filha.
Fiz sinal para Alice ir em frente e fui até os policiais que estavam esperando a nossa equipe.Gabriel colocou alguns para ver se afastava os abutres, como Hugo dizia.
Segundo o relatório, dois repórteres tentaram falar com os pais de Rosa, foram afastados e até agora tudo estava calmo.Disse à eles que passaria a diante as informações e mandei voltar a vigilância.
Quando entrei no hospital, sentei ao lado de Alice.
Agora era esperar para ver.
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O Assassino Dos Contos De Fadas
Mystère / ThrillerEle escolhe as vítimas e simplesmente as leva. Sem deixar pistas. Um beco sem saída. Uma equipe que se empenha em pegar o Assassino. Uma garota peculiar que vê o mundo de forma diferente e segue em frente. A pergunta é: Eles estão preparados para...