PROBLEMAS

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Depois de marcada a audiência, marco com Alê de nos encontrarmos no escritório do seu pai e de seus irmãos para combinarmos tudo. Chegamos juntas ao estacionamento e nos cumprimentamos com um beijo no rosto. De braços dados vamos para o elevador falando de nossos filhos, Íris está aos cuidados de Barbara e Blade com a vovó. Ainda dentro do elevador, Alê quer saber sobre a audiência, mas quando vou lhe contar os detalhes a porta do elevador abre no primeiro andar e Lisa entra, depois de nos olhar surpresa, ela nos ignora. Continuo conversando com a Alê como se também não a conhecesse, em cada andar entra e sai algumas pessoas, mas depois do décimo quinto andar ficamos apenas nós três, Lisa coloca a mão na parede e fecha os olhos.

– O que foi, Lisa, está se sentindo mal? – Me aproximo preocupada.

– Não, eu estou bem. – Ela abre os olhos, mas não me convence.

– Tomou os seus remédios hoje?

– Não é da sua conta, me deixa em paz.

Ela abaixa a cabeça e parece que vai desmaiar. Alê toca em seu rosto e faz com que ela olhe para cima.

– Não abaixe a cabeça, sua pressão deve estar caindo e você irá desmaiar.

Lisa levanta a cabeça e Alê a manda inspirar devagar. Ela obedece e parece melhorar, pois olha nos olhos de Alê e diz:

– Tire suas mãos de mim, sua bastarda.

As portas do elevador se abre e a louca da minha sogra continua com suas grosserias:

– Nunca mais ouse a tocar estas malditas mãos em mim, ouviu?

Do lado de fora, Sr. Tom que aguardava o elevador ouve sua última frase e se irrita.

– Lisa! Como você ousa a falar assim com a minha filha?

Lisa o olha surpresa e seu mal estar desaparece, saímos do elevador e Alê pega na mão do pai e pede para ele deixar para lá.

– Sua louca! – ele não quer deixar para lá, não. – O que veio fazer aqui, encher o saco de quem? De qual filho você tirou o dia para atormentar?

– Eu venho aqui a hora que eu quiser, tudo isso é herança do meu pai.

– É porra nenhuma, se não fosse eu isso aqui nem existiria. Quando seu pai me ofereceu um emprego nada do que existe hoje existia, fui eu, com o meu trabalho que levei este escritório nas minhas costas. Os únicos que podem dizer que tem alguma coisa aqui são os meus filhos que trabalham muito para me ajudar a levar a nossa empresa a diante, então cale essa sua boca, pois você nunca soube o que é trabalhar. Nem dona de casa você quis ser, nem mãe pode dizer que foi, pois nunca lavou uma chupeta para os meninos, você nunca serviu para nada, além de carrega-los nove meses em seu útero e mesmo assim reclamando vinte quatro horas por dia.

– Para, pai. – Alê puxa o pai, mas ele não para de encarar a Lisa.

Thor e Erik vêm ver o que está acontecendo.

– Você que nunca serviu para nada, eu nunca quis me casar com você, mas mesmo assim, você insistiu em estragar a minha vida, só porque queria o dinheiro do meu pai.

– Mentira, eu te amava, eu queria formar uma família com você, mas você fez da minha vida um inferno.

– Eu lhe disse que iria fazer isso, mas você não acreditou e acabamos os dois no meio do inferno.

Thor pega a mãe pelo braço e a leva para a sua sala, Erik pega o pai e os filhos colocam um fim na discursão dos pais. Alê diz que irá na minha casa mais tarde e acompanha o pai, eu fico com a Rapha que como eu não entendeu nada. Dani chega um pouco depois e eu o conto tudo o que aconteceu e falo para ele ver como está o seu marido, pois ele se trancou em sua sala. Dez minutos depois, Thor sai da sala com a mãe e diz que irá leva-la em casa, com um olhar eu lhe digo que se ele dormir lá terá problemas comigo. Eu e Rapha mudamos de assunto e ela me conta como está feliz com o Hélio que lhe apresentou prazeres que ela nem sabia que existia. Fala também que acha que o Harry está gostando de um novo garoto, pois outro dia ele foi buscar os filhos e quem dirigia o carro era um rapaz de vinte e poucos anos e que o ex-marido finalmente parou de perguntar pelo Dani. Thor demora a voltar e eu desisto de esperar, me despeço de minha amiga, passo na sala de Erik e me despeço dele e de meu irmãozinho. Vou para casa e me preocupo com o passar das horas. Ligo para Thor e ele diz que já está chegando em casa. Dou um banho em minha pequena deusa e a coloco para dormir. Entro no chuveiro depois de colocar a banheira para encher, tomo um banho e entro na água espumante para me relaxar. Thor chega de cara fechada, toma um banho e veste apenas uma bermuda.

Dê-me o que mereço e seja feliz comigoOnde histórias criam vida. Descubra agora