Trouble || Cole Sprouse

Capítulo 23

Um mês depois..

O tormento continua.

Fazem quase dois meses que a gente terminou, e eu já perdi a conta de quantas meninas da escola ele pegou na minha frente.

Lili parou de me perturbar, porém me encara toda vez que me vê, como se fosse lançar um arpão a qualquer momento, o que me deixa com medo.

Scott não conversou com os meninos, porque eu pedi para que ele não falasse nada. Não ia adiantar nada mesmo.

Clary e Harry continuam lindos e juntos. Ele está quase todo dia lá em casa, eu fico feliz por ela, mas prefiro ficar no quarto. Como diria o Scott: "a gente sempre sobra"

Eu saí com outro garoto, nós saímos duas semanas seguidas, e como os Steve, e o outro garoto, ele também apanhou, mas diferente dos outros dois, ele continuou saindo comigo. E nessa semana, ontem para ser mais exata, ele apanhou de novo. E ai, ele me mandou mensagem às 20:00. Ele desistiu.

Eu chorei, mas eu não chorei de tristeza, porque eu sabia que ele também iria desistir. Eu chorei de raiva, porque ele transformou minha vida em um inferno.

Hoje era quinta, e eu estava "feliz" porque amanhã era sexta, e então, finalmente, o final de semana chegaria.

Estava esperando a Clary na cama, já estava pronta, com a cara de morta de sempre.

Ela saiu do banheiro, trocou de roupa, e me encarou.

— Você está legal?. - ela perguntou.

— Poul desistiu ontem. - eu disse. — Eu não estou triste por isso, eu estou.. Estou.. Brava, e triste porque ele tá transformando minha vida em um inferno. - eu disse baixo.

— Ele apanhou de novo?. - ela perguntou.

E eu acenti.

Ela fechou os olhos, e respirou fundo, me abraçando.

— Vamos. - ela disse baixo.

Nós descemos, e eu enxuguei as lágrimas antes de entrar na cozinha.

— Bom dia. - Tia Elo sorriu.

— Bom dia. - respondemos juntas.

— Querem que eu deixe vocês na escola?. - ela perguntou.

— Sim. - Clary respondeu.

— Okay, vou lá em cima tomar banho, e trocar de roupa. Já desço. - ela disse.

Ela subiu correndo.

— Você não vai comer?. - ela perguntou.

— Não. - respondi.

Ela me olhou por uns segundos, mas pareceram horas.

— Eu vou matar ele. - ela sussurrou sentando.

— Para. - pedi caminhando para o sofá.

Me sentei e fiquei esperando, ela e Tia Elo. Aproveitei e subi para escovar os dentes, peguei minha mochila, e desci voltando a me sentar.

Fiquei pensando em um jeito de fazer a Tia Elo parar, porque eu não aguento mais esse inferno, eu quero ir para casa, agora eu quero ir para casa de verdade.

Nunca pensei que ser humana fosse tão difícil.

Quando finalmente elaa estavam prontas, saímos e entramos no carro.

— Como vão as coisas?. - ela perguntou.

— A mesma coisa. - Clary respondeu.

— Marina?. - ela chamou.