Capítulo 35

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Tempos depois..

            P.O.V Eloísa Scottie

As férias com certeza foram um pesadelo.

Eu não ficava confortável e tranquila no trabalho, por saber que ela estava sozinha em casa, com essas coisas malucas de morrer.

Embora ela quase não saísse de casa, e do quarto, era difícil trabalhar, e ficar à metros de profundidade, sabendo que ela estava lá, sozinha, provavelmente chorando, e se culpando pelo que aconteceu com a Mari.. Maena.

Odeio vê-la desse jeito, porque, não foi culpa dela, a culpa é toda daquela garota maluca, eu queria, eu queria tanto denunciá-la, mas o que eu vou dizer? "Olha ela matou uma sereia" vão me chamar de louca, com certeza.

As férias acabaram, e as aulas começaram à uma semana, embora ela dissesse que não ia voltar mais para aquele lugar, que ia parar de estudar, e trabalhar no aquário, ou me ajudar no instituto, ela foi, obrigada por mim, mas ainda assim, ela foi.

Hoje, terça-feira da segunda semana de aula.

Como sempre, eu acordei primeiro, e desci, preparei o café, e ela logo desceu arrumada.

— Bom dia. - eu disse sorrindo.

— Bom dia. - ela disse.

— Tudo bem?. - perguntei.

Ela me olhou.

— Não, e você?. - ela perguntou.

— Estou, estou bem. - eu disse.

Ela caminhou para a porta.

— Não vai tomar café?. - perguntei.

— Não, estou sem fome. - ela disse se aproximando. — Tchau, beijo, te amo. - ela disse me dando um beijo na bochecha.

— O que é isso? Uma despedida? Está pensando em se matar? Porque bom, você nunca me da um beijo na bochecha, e diz que me ama antes de sair. - eu disse, e ela riu.

— Tchau mãe. - ela disse.

Ela saiu, e bateu a porta.

Me sentei para tomar café.

Até que as coisas estão melhorando, mentira não estão nada. Tem dias em que ela está mais animada, e até sorri, como hoje, mas tem dias em que ela não abre a boca para falar nem mesmo, oi.

Escutei batidas na porta, e revirei os olhos.

— Clary a porta está aberta, estou tomando café!. - eu disse.

Levantei, e assim que olhei para a porta, ela estava parada lá, com aquele sorriso, e algumas lágrimas. Nua, completamente nua, a caneca caiu da minha mão, e eu coloquei a mão na boca.

Ela pegou a coberta no sofá, que eu deixei ontem quando subi para dormir, e se cobriu.

— Oi. - ela sorriu respirando fundo. — Eu tive que correr bastante para que não me vissem assim, seria vergonhoso. - ela disse.

Passei por cima dos cacos, e à abracei.

— Ma!. - praticamente gritei. — Ai meu Deus, você está viva, VOCÊ ESTÁ VIVA!. - gritei.

— Sim, sim, ai meu Deus, eu senti tanta saudade de vocês. - ela disse me apertando. — Cadê a Clary? Cadê a Clary?. - ela perguntou sorrindo.

— Ela, ela, ela foi para a escola, saiu agorinha. - eu disse. — Meu Deus, não acredito que está mesmo aqui. - eu disse. — Ela vai ficar tão feliz. - sorri.

Trouble || Cole SprouseOnde histórias criam vida. Descubra agora