XVI.

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Rolo na cama sentindo meu corpo ser prensado contra a parede fria, abro os olhos preguiçosamente me acostumando com a claridade. Ele esta ali, me observando como um stalker sexy, e sem cara de sono algum. Toco seu rosto acariciando a pele de seu rosto com o polegar. Deus, ele é lindo. A perdição tem a face mais bela, ela hipnotiza. Ergo a cabeça olhando por cima de seu corpo, a cama de Leslie estava vazia e Sasha permanecia de costas, calçando os sapatos. Pressiono o indicador no meio dos lábios indicando silêncio. 

-Não vá se atrasar, infelizmente as aulas de hoje estão a todo vapor. Céus eu odeio álgebra. - ela reclama passando a frente da minha cama e andando em direção a porta. 

Espero a garota fechar a porta e seus passos se afastarem para me permitir ficar a vontade com ele. Logicamente quem me visse falando sozinha decretaria minha insanidade. Há dois dias não pisava na sala de Tadeu e preferia que continuasse assim. O velho estava ciente de minha recuperação, em suas palavras eu finalmente me permitindo ser normal. Hipócrita. Depois de todas as ameaças sutis que me fez, não havia como ser diferente, se não mudasse ele fritaria meu cérebro em um tratamento de choque nada recomendado pelos médicos do Minnesota. 

-Passou a noite inteira me vigiando dormir? - indago aconchegando minha perna sobre seu quadril.

-Sim, és uma linda dorminhoca, apesar de fazer sons estranhos enquanto dorme.

-Esta insinuando que ronco? - arregalo os olhos dando um soco leve em seu braço.

-Eu não diria roncar, estava mais para um grunhido noturno. - abafo minha risada no travesseiro.

-Ótimo por ser gentil com as palavras, desculpe pelo barulho. Eu não sabia.

-Tudo bem, a garota do cabelo cor de cobre também faz esses barulhos, no entanto ela parece um touro constipado. - outra risada escapa dos meus lábios.

Não costumava acordar rindo, na verdade acordar estava se tornando a pior parte do meu dia. Mas com ele ali, era diferente. Sua energia era intensa, ele emanava algo bom ao meu corpo que naturalmente absorvia. Me faltava vontade para levantar dali, abandonar minha cama quente e a companhia de Justin, junto as risadas que ele me arrancava. No entanto compreendia que cedo ou tarde alguém apareceria atrás de mim, após meus últimos incidente infelizmente já não passava tão despercebida. Por pouco não colocaram uma placa de louca em minha testa.

-Tens que ir minha Sabine - fito seu rosto intrigada com a forma como me chama. - O que ?

-Minha Sabine? - arqueio uma sobrancelha.

-Não posso lhe considerar minha? - seus lábios se alinham em um meio arco feliz.

-O que lhe faz pensar que sou sua? 

A ponta de seus dedos percorrem a linha de meu maxilar até alcançar meus lábios, massageia minha carne com o polegar. Desliza sua palma por meu pescoço até chegar ao meu tórax, seus olhos estão fixos aos meus a todo tempo.

-Tenho seu corpo, seu alma, seu afeto. - sua mão segue escorregando até meu seio onde deixo um apertão leve e continua a descer. -Sei que quando fecha os olhos é em mim que pensas, você é minha. Assim como eu sou seu. 

Arfei ao sentir seus dedos pressionado contra minha virilha. Ele estava a procura de uma reação que representasse o que dizia e o bastardo havia conseguido.

-Odeio você. - murmuro fechando os olhos.

-Não é isso que seu corpo diz.

Impulsiono o corpo ficando acima do seu, com os joelhos apoiados na cama. Me inclino sobre seu peito e pressiono minha boca a sua, jamais me cansaria de sentir seus gosto. Cada vez era como experienciar a chuva pela primeira vez. Mágico. 

Página Vinte SeisOnde histórias criam vida. Descubra agora