•Setenta e Seis•

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Dona Maria apareceu e nos deu o cardápio e depois foi atender outras pessoas. Acendi um baseado ali mesmo e comecei a fumar.

-O que vai querer? -Perguntei e Kim olhava o cardápio.

-Não tô com fome. -Falou me olhando e dei de ombros.

-Vai comer mesmo assim. -Falei e dei um sorrisinho quando vi sua cara feia.

-Não tô com fome e você não vai me obrigar a comer. -Falou e assenti, sem nem olhar pra ela, ela ficou puta e eu ri por dentro.

-Já sabem o que vão querer? -Perguntou Dona Maria.

-Sim, pode trazer o que eu peço sempre, bem caprichado e duas cocas geladas, por favor. -Pedi e ela anotou e piscou pra mim.

-Já vai sair. -Ela falou e assenti.

Ficamos conversando, Kim tava emburrada no começo, mas foi só dar alguns beijinhos que ela logo ficou normal de novo.

Já percebi que tem vez que ela não come, e não gosto nada disso. Kim já é magra, sem comer ela pode ter uma doença sei lá, melhor não arriscar.

Terminamos de fumar e logo vejo Dona Maria chegando com uma bandeja gigante. Ela coloca na nossa frente e era um hambúrguer de três andares, com bacon e queijo, ovo, salada, etc. na bandeja tinha batata frita com bacon e queijo derretido.

Os dois copos cheios de gelo e uma coca de 1L.

-Estão servidos. -Falou sorridente.

-Obrigada. -Eu e Kim falamos ao mesmo tempo e Dona Maria foi pra cozinha.

Dividi o hambúrguer no meio e começamos a comer.

Kim deu duas mordidas e colocou o hambúrguer de volta na bandeja e começou a comer algumas batatas.

Comi meu hambúrguer com vontade e rapidez, já que estava morrendo de fome. Comei algumas batatas e peguei o hambúrguer da Kim e cortei na metade.

-Come pelo menos isso. -Estendi pra ela que pensou um pouco mas logo pegou revirando os olhos.

-Não se acostuma. -Falou e sorri e levantei um pouco pra beijar sua testa.

Comi o outro pedaço e comemos as batatas.

-Eu tenho que voltar pro trabalho. -Falei quando terminamos de comer e ela assentiu.

-Tenho que estudar também. -Falou ela e assenti.

-Vamo ai, que eu vou com você até sua casa. -Falei me levantando e pegando a mochila dela. Ela se levantou também. -Quanto que deu, Dona Maria? -Perguntei e ela nem me olhou. -Vinte? -Perguntei e ela me olhou irritada.

-Você sabe que não precisa pagar. -Ela falou cruzando os braços e ri. Peguei uma nota de vinte e uma de dez e coloquei em cima da bancada.

-Até mais, Dona Maria. -Falei e pisquei pra ela. Ela continuava com sua carranca irritada, que colocaria medo em muitos, mas não em mim.

-Até mais, querido, não demora pra vir me ver de novo. E não esquece de trazer a Kim junto. Gostei dela. -Sorri e fui em direção a Kim que me esperava em nossas motos.

Meu celular recebe uma mensagem e eu olho pela Barra e notificação.

Demônia: Tou cuaze xegando mor mas dois diass

Ignorei sua mensagem e guardei o celular.

-Vamos? -Perguntei e Kim assentiu com um sorrisinho.

Ela subiu na moto dela e eu subi na minha.

Aconteceu 2: Filha do MorroOnde histórias criam vida. Descubra agora