Coração de Ômega(Romance Gay)[LIVRO 1][Em revisão]

Capítulo 11:Mentiras Veladas e Verdades Dolorosas

---Nenhum sinal dele Milorde_.disse um soldado em frente ao meu quarto.---Os guardas das torres de vigília juram que não viram ninguém entrar ou sair do castelo depois do baile.

Me virei para encarar o pequeno homem de armadura ajoelhado diante de mim e de Frida. Ele estava tremendo. Sua voz estava fraca e sua respiração rápida. O medo dele em relação a mim era bem óbvio. A notícia do baile e da destruição que causei tinham se espalhado por todo o castelo como uma lenda macabra. O bruxo monstruoso que dava vida aos objetos e que tomou a mente do grande general de negro iria nos matar, era o que eles diziam. Frida me contou horrorizada sobre como os empregados das cozinhas e das ferrarias tremiam de medo contando histórias assustadoras sobre mim.

---Tudo bem... Obrigado por ter me contado._respondi, vendo-o soltar sua respiração aliviado---De qualquer forma, quero que vocês continuem procurando pelo garoto que lhes falei.

Ele levantou do chão, fez uma pequena reverência nervosa e saiu desengonçado do quarto como se não soubesse mais caminhar. Peguei Frida me olhando sem jeito, mas ela logo virou o rosto na direção da varanda. Ela também tinha medo de mim, percebi magoado.. Naquela noite, quase fui embora destruindo tudo que encontrasse pela frente. O castelo ainda estava alvoroçado sobre isso. E como se isso não bastasse, implorei a Apolo que procurasse por Franklin, ele aceitou, mas não foi de graça, em troca da sua ajuda, eu prometi me comportar. E com me comportar, ele quis me dizer para não destruir, queimar, transformar e controlar ninguém e sobretudo, em hipótese alguma, eu poderia tentar fugir.

---Senhor... Devo lhe aconselhar a deixar de recusar os convites de passeio... Os convidados do baile se sentem incomodados pelo senhor ainda não ter aparecido em nenhum deles_.revelou Frida, ajeitando minha cama com cuidado.---Eles estão dizendo que..._parou de repente, parecia arrependida de tocar no assunto.

---Dizendo o que?!

Ela respirou fundo e me encarou ,seu cabelo castanho sendo arrastado pelo vento insuportavelmente quente do dia infernal que estava sendo hoje. Aposto que, as pequenas intrigas da nobreza, estavam todas concentradas em mim.

---Eles estão lhe chamando de arrogante._respondeu ela, direta.---Dizem que o senhor se acha importante demais para estar na companhia deles e ainda reclamam de sua falta de decoro depois do incidente do baile de apresentação, que aliás, foi o senhor que destruiu.

Revirei os olhos, observando os pobres servos pela janela trabalhando arduamente para concertar todo o estrago que eu causei. Os enfeites caros estavam incendiados e haviam talheres de prata espalhados por todo o castelo. Eu confesso, fiz um estrago e tanto. A família Thell passou dias pedindo perdão pelos meus erros, tudo para que as suas alianças não fossem dissolvidas pela ameaça a vida dos convidados, uma que eu mesmo provoquei.

O único que parecia não ligar muito para essas questões políticas era o próprio Apolo. Na verdade ,o Lorde herdeiro de Toca do lobo, parecia irritantemente feliz para quem teve os ossos das duas mãos quase que completamente quebrados de uma só vez. Apolo vinha todos os dias sem falta no meu quarto trazer presentes e agrados. Eu não entendi muito bem o significado desse comportamento estranho, mas suas palavras sobre amor e pertencimento não saiam da minha mente. Ele era óbvio realmente não falava da boca para fora. Mas não lemos estranho. Ninguém só amava outra pessoa do nada como se fosse uma decisão...

---São tão cinicos...._respondi, vendo Frida me encarar chocada.---Qualquer pessoa decente teria ido embora depois do que eu fiz_.observei, desgostoso.---No entanto, eles ainda estão aqui, animados demais com as vantagens que eu posso oferecer para ficarem chateados.

Ri só de pensar nas compensações que eles me pediriam em troca do seu precioso perdão e no quão surpresos ficariam quando escutarem o meu sonoro não. Eu sabia que, para eles, eu poderia lhes oferecer a coisa mais preciosa que um nobre poderia ter, o poder.