Coração de Ômega(Romance Gay)[LIVRO 1][Em revisão]

Capítulo 32 (Reta Final):Bebê!?

---Isso é macabro!!_gritei, incrédulo e feliz,ao mesmo tempo.---Está me dizendo que todo esse tempo, um filho era uma possibilidade real e você não me contou?!

Apolo sorriu, nervoso como o inferno e feliz como o paraíso. Ninguém do reino sabia disso, apenas Apolo, Lucian e eu. A suposta encubadora de mais um Thell sem noção no mundo, que muito provavelmente teria magia. O resto das pessoas presentes acreditavam que tinha sido apenas um mal estar causado pelo estresse da discussão que antecedeu. Tinha uma criatura poderosa crescendo dentro de mim... Uma que eu nunca pensei ser capaz de produzir...

---Eu sei..._disse Apolo, tentando se aproximar de mim. ---Eu devia ter contado que isso era possível... É raro, mas mesmo assim... Eu só não te contei porque, tudo entre nós começou da pior forma possível e... Se eu te contasse, eu pensei que ficaria assustado....

Empurrei ele de volta na cama e o encarei furioso. Eu teria um filho!!Um pequeno ser que teria dentro de si o sangue de três raças diferentes e possivelmente, tanta magia quanto eu. O mais bizarro de tudo... Eu sou um homem... Isso nem devia ser possível, eu?!Grávido?!Isso não estava nos meus planos com certeza.

---Droga Apolo!!_gritei e todos os móveis do quarto começaram a sacudir.---Tem um pirralho crescendo no meu estômago!!!Isso não é uma gozada dentro da bunda ou um dos seus roncos estranhos.. É um filho!!Devia ter me dito que isso poderia acontecer antes de meter seu pau dentro de mim como se estivesse desesperado!!!

Apolo suspirou, o ar de felicidade ainda grudado na sua face como se o fato de existir um bebê dentro do meu estômago fosse normal e costumeiro e não motivo o suficiente para uma nova caça às bruxas. De repente, as cadeiras começaram a ser arremessadas para todos os lados assim como todos os objetos pessoais que eu tinha.

---Meu amado!_disse Apolo, me transmitindo calma. ---Vai ficar tudo bem... Nossa criança nascerá saudável e será muito amada...

Ri incrédulo. Apolo era fofo como um anjo... Mas as vezes,chamá-lo de burro seria um insulto aos pobres animais com esse nome. Ele não entendia o que um filho meu significava para o mundo e se ele entendia, estava ocupado demais sentindo orgulho de si mesmo para perceber o quão arriscado e perigoso tudo aquilo era. Eu era um príncipe de uma raça e o último descendente de uma linguagem poderosa de outra quase extinta no sangue e totalmente extinta no nome.

---Você tem noção do que essa criança representa?!_questionei, respirando fundo.---Ele não é só um garotinho catarrento e encrenqueiro, ele vai ser meu herdeiro, o herdeiro da magia da minha família... Quando as pessoas souberem disso...

A criança seria filha do lorde do Norte... Mas isso não significava nada diante dos títulos que eu carregava. Eu não era mais o garoto na neve. Era o segundo na linha de sucessão na linhagem do trono das fadas e uma arma numa guerra contra criaturas malignas que já estava acontecendo. Todos os meus filhos serão portadores de magia, todos eles... E mesmo que puxem ao pai em algo... Dificilmente herdarão os poderes lupinos de Apolo. Eu não podia permitir que meus filhos fossem transformados em armas... Eu não podia. O maldito rei das fadas já estava de olho em mim,o seu glorioso prêmio, se ele soubesse dessa criança...

---Ele representa o nosso amor, é claro_.falou Apolo, como se eu fosse o sem noção de nós dois.---Eu vou ter um filho com você... É meu maior sonho... O meu desejo... Um garotinho de cabelos loiros ou escuros correndo pelo nosso castelo... Eu nem acredito!!

---Errado..._falei, sentindo meu coração apertar.---Essa criança representa o caos... Com excessão de você, o resto do mundo me vê como uma arma... O que você acha que vai acontecer quando souberem que a sua arma pode produzir outras?!

Apolo me olhou sério como nunca antes. Seu rosto ficou frio, quase animal. Havia uma ferocidade ali,a mesma do dia em que ele conseguiu quebrar meu escudo. De repente, puro instinto fluiu até mim através do nosso elo e pela primeira vez na vida, me senti fraco diante de Apolo. Esse poder feral que ele emanou nesse momento foi quase tão selvagem quanto daquele demônio no meu sonho.