Coração de Ômega(Romance Gay)[LIVRO 1][Em revisão]

Capítulo 31:As peças se movem

---Não seria capaz disso!!_gritou o rei Kaius, sua voz agitada se sobrepondo sobre todas as outras da ilustre da sala do trono.---Você entende o futuro da nossa raça... Não só ela, mas o futuro de todas as raças conhecidas está nas suas mãos.. Ainda assim, como ousa fazer essas ameaças...

Caminhei por um tempo em silêncio, sentindo o olhar preocupado de Apolo sobre mim, assim como suas emoções de angústia e receio diante do que estava eu fazendo. Todos os nobres da corte de Tríntia estavam no mesmo ambiente que eu e todos pareciam tão desesperados quanto eu queria que eles estivessem. Ninguém podia imaginar quando chamei os para um anúncio, que seria para avisar minha total desvinculação com os dois reinos

Apolo tentou me impedir. Seus olhos dourados ficaram em pânico quando percebeu que eu falava sério .Mas a verdade era simples e clara.Eu precisava impor minha influência sobre todos eles. Humanos e fadas eram tão parecidos que chegava a me assustar. Gananciosos e covardes, loucos pelo poder. Eu precisava lembrar-lhes de que o dono do poder era eu.

---Você não me conhece..._retruquei, calmo e receoso.---Achou que seria tão simples assim?!Que você poderia me conseguir como um prêmio... Uma arma..Assumir a autoria por algo que minha mãe criou?!

Rei Inacius deu alguns passos se aproximando de mim em completo pânico enquanto cada homem e fae do recinto murmuravam acuados.

---Você tem o dever de nos ajudar!!..._gritou desesperado.---A sua família jurou lealdade a minha desde muito antes de você nascer...

Encarei-o fingido estar confuso.

---Minha família?!_rebati.---Ah... Você se refere aos Boullevards...Uma das várias famílias de bruxas que seu pai e avó deixaram para morrer queimadas..._falei e ele recuou,sem argumentos.---Bem... Em tese, graças aos esforços do nosso adorável convidado e a sua surpreendente flexibilidade, não sou mais um Boullevard. Ou seja, eu não lhe devo mais nada.

A salão explodiu mais uma vez em sussurros exasperados e o rei se calou sendo acudido por seus filhos mais velhos,o primeiro e segundo príncipe, Dinus e Brandon.Apolo e Lucian,como eu havia pedido,permaneceram em silêncio no canto do salão ao lado do pai.Com excessão de Lino,que se recusava a sair de perto de mim,tudo estava saindo exatamente como eu planejei.

---Como ousa?!_gritou lorde Sien, um dos generais do reino, que lutou em pé de igualdade com Kato,quando este ainda era vivo.---Pode ser um príncipe agora,mas é um príncipe de um reino decadente de uma família real que veio esmolar a nossa ajuda. Cuidado ao falar com o rei do nosso reino.

Eu comecei a rir. Nem mesmo eu entendi porque estava rindo, mas quando ele falou aquilo,usando aquelas palavras e aquele tom hostil comigo,não consegui evitar. Humanos se esqueciam rápido. Eles evitavam encarar a verdade sobre si mesmos porque sabiam que não iam gostar dela. Quem aquele lorde pensava que era para falar comigo assim depois de tudo?!.

---Eu não sou um príncipe, na verdade..._anunciei, sobre os olhares de todos.---Eu sou um bastardo. O meu odioso meio irmão é um príncipe. Eu sou um bruxo, o último da lendária e ilustre família Boullervad, um mestiço de fae viveu atolado na neve disfarçado de humano para não ser queimado vivo. Eu não vou permitir que manchem a memória da minha mãe retirando o sobrenome dela de mim.

O rei das fadas parecia furioso e ao mesmo tempo chocado demais para responder alguma coisa. O mais patético era que sua esposa, a pobre rainha Titânia, só podia ficar em silêncio do mesmo modo que ficou quando o marido anunciou para o seu povo,a existência de um bastardo.

---Você é cruel irmãozinho.._ouvi Titus dizer, surgindo na multidão.---O tão esperado escolhido da deusa, o ser abençoado pela magia dela... Não passa de um garoto excêntrico que se utiliza de ameaças para conseguir o que quer...