Capitulo 21:Guerra

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Florestas das Fadas.

Alec

Era uma noite enluarada quando o primeiro som das trombetas veio forte e retombou por entres as enormes árvores fazendo toda a floresta tremer assustada. Aquele horrível grito deseperado e cruel era familiar. Eu conhecia aquele som. Na verdade, todos os apóstolos da Deusa o conheciam muito bem. Era a  trombeta de guerra deles. Um som repugnante e maligno que pensei que nunca ouviria neste mundo do novo.

Demônios.

Depois de séculos escondidos nas crateras fétidas de Vollin, decidiram sair e o fato de nos acatarem de forma tão agressiva era uma óbvia declaração de que, o príncipe das chamas negras tinha começado uma nova tentativa de tomar as pedras sagradas para si. O templo de Liti entrou em completo alerta. Todos as fadas adormecidas corriam para fora tentando entender o que eu já havia compreendido. Uma multidão fugia voando acima de nós.

Era guerra.

Centenas de fadas aterrorizadas de todas as castas voavam e gritavam assustadas em direção ao centro da floresta. Na direção do rei. Vi de longe o brilho laranja do fogo destruidor dos demônios invadindo nossa terra. Quando chegaram?! Os guardiões da fronteira deveriam ter avisado. Será que já estavam mortos?! Em meio a gritaria e a confusão, eu voei o mais rápido que pude para a torre de vigilha da Kalloi. Considerando quem nos atacava, era provável que sim.

A torre era minha esperança. Antes de tudo, os exércitos reais deviam ser avisados de qualquer ataque a nossa fronteira. O rei das fadas sempre precisava ser notificado imediatamente caso algo assim viesse a ocorrer e a maneira mais rápida de fazer isso era enviando a mensagem aérea. O que só seria possível através dos pequenos pássaros que estavam dentro daquela torre. Quase chorei de felicidade quando eu vi que a torre de Kalloi ainda não tinha sido destruída pelas frontes demoníacas. Mas isso durou pouco, pois fiquei paralisado em meio ao terror de perceber a presença de tal exército na frente da floresta. O que era aquilo?! Fileiras de demônios torturadores incediavam as árvores com seu fogo amaldiçoado. Eu nunca tinha visto tanto mal reunido em um único lugar. Eram milhares, não... Centenas de milhares, essa era contagem mais correta. Todos os tipos mais malignos de demônios conhecidos pelo mundo estavam armados e prontos para destruir tudo que visse pela frente. Até as grandes serpentes voadoras, os antigos dragões negros, sobrevoaram os céus alertas. Todo o mal deste mundo estava investindo contra nós. Milhares de demônios, goblins e trolls. Todos armados protegendo o centro do monstruoso batalhão, onde o pavoroso príncipe estava sentado. Pomposamente montado em seu grande behemot de terra. O som das trombetas ressoou outra vez e os gritos de guerra vieram em seguida, preenchendo todo o enorme terreno devastado pelo fogo negro e rugidos inumanos. Sem perder tempo, escrevi a mensagem ao rei, informando com o máximo de detalhes possíveis, o número e a força de combate inimiga para que nosso exército ficasse ciente do que enfrentaríamos. E pela Deusa,  nem tinha certeza se nós tínhamos chance de vencer. Tudo o que eu pude fazer foi apenas observar o pequeno pássaro trilhar seu caminho até o grande palácio real enquanto torcia para chegasse ao seu destino. Todas as minhas esperanças estavam nele. Era difícil admitir, mas pela primeira vez na história estávamos totalmente em desvantagem numa luta. Sem a ajuda da nossa deusa e da magia que ela nos doava, o reino das fadas enfraqueceu durante os séculos. Não tínhamos mais esse grande trunfo para usar, a nossa magia não existia mais para nos auxiliar... Não tínhamos mais aliados, nem amigos nos reinos vizinhos dos humanos... A nossa arrogância secular nos isolou de aliados cruciais em momentos como esse. Os homens lobo, nossos aliados muito antigos, nos odiavam depois incidente em Toca do Lobo... Os anões era nossos inimigos jurados, eram odiados ferrenhos da magia e os humanos. Bem, eles nem acreditavam em nossa existência, pelo menos, não mais. O general demoníaco deu o seu sinal e de uma vez, todas as criaturas malignas adentraram a nossa floresta destruindo tudo pelo cominho. Logo fugi na direção do templo, onde meus irmãos e irmãs adoradores das duas deusas gêmeas me esperavam para defender o templo e a nossa relíquia mais sagrada. Como sumo sacerdote, esse era o dever da minha existência. Eu precisava garantir que o coração da deusa não fosse levado por eles, que a pedra da magia caísse nas mãos imundas dos demônios. De longe, eu vi uma imensa multidão de fadas amontoadas na entrada do templo em busca de proteção

Coração de Ômega(Romance Gay)[LIVRO 1][Em revisão]Onde histórias criam vida. Descubra agora