Oito

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Depois de tudo que descobri só tenho uma certeza nessa vida, vou ter que sair dessa casa o mais rápido possível. Amélia, dr Rodrigues e Jack armaram tudo isso. Não duvido nada que Amélia queira fazer algum mal à minha filha.

Christian é uma estúpido por acreditar em sua mulher, eu nunca o trai. Eu amo esse homem mais do que minha própria vida.

Fico sentada na cama enquanto Gail não volta. Quero pedir ajuda pra ir embora daqui ainda hoje. Não vou esperar até amanhã, não estou nem um pouco afim de ouvir o que Christian tem a dizer, aposto que ele vai falar mais uma vez que quando a bebê nascer ele fará um exame de Dna. Como se isso fosse necessário.

Depois de alguns minutos Gail volta com um sorriso na cara, fico olhando pra ela sem entender o por que desse sorriso enorme.

-Por que está sorrindo tanto Gail?

-Taylor expulsou Jack da mansão, pegou todas as coisas dele e colocou na rua. Você está livre dele minha querida. Ela diz vindo me abraçar.

-Isso é bom Gail, mas preciso da sua ajuda agora.

-Pra quê minha menina? Ela pergunta me olhando com preocupação.

-Preciso ir embora daqui ainda hoje Gail, mas ninguém pode saber.

-Por que isso Ana? Jack já foi embora daqui, você não precisa ir. Ela diz me olhando angustiada.

-Gail, o Jack não é meu único problema nessa casa. Eu realmente preciso ir embora daqui o quanto antes. Digo já ficando com medo dela não me ajudar a fugir.

-Então me conte Ana, qual é outro problema? Suspiro frustrada, pois sei que ela só irá me ajudar se eu falar a verdade.

-Christian e Amélia. É somente isso que digo a ela.

-O sr Grey é o pai do seu filho Anástacia? Gail pergunta surpresa.

-Sim, por mais que ele não acredite nisso, essa bebê é filha dele. Digo acariciando minha barriga. -É por isso que quero ir embora daqui, e tem Amélia também, se eu estiver certa com minhas suposições, ela com certeza fará algum mal à minha filha. Não posso deixar isso acontecer, então por favor Gail, me ajude.

-Eu nem sei o que dizer Ana. Gail diz confusa com tudo que eu disse. -Irei te ajudar minha menina. Você já tem pra onde ir?

-Bem, não. Não faço a mínima idéia Gail. Tenho um pouco de dinheiro guardado, mas não será o suficiente para eu me manter até o nascimento da bebê. Digo sem saber o que fazer.

-Eu já sei onde você pode ficar Ana. Ela diz sorrindo.

-Onde Gail? Pergunto esperançosa.

-Na casa da minha irmã, ela mora no interior, longe o suficiente daqui. Lá você estará segura, poderá ter sua filha em segurança.

-Será que ela vai aceitar que eu fique na casa dela Gail?

-Claro que sim Ana. Minha irmã ama receber pessoas em sua casa, afinal ela fica muito tempo sozinha, já que meu sobrinho mora aqui na cidade. Vá arrumar suas coisas, enquanto eu ligo para ela avisando sobre você.

Saio do quarto da Gail indo direto ao meu, pego minha única mala e coloco minhas coisas todas dentro dela. Antes de sair de lá com a mala olho para o corredor e vejo se não tem ninguém, pois não posso correr o risco de alguém me ver com essa mala. Para o meu alívio o corredor estava livre, corro até o quarto da Gail arrastando minha mala.

-Tudo pronto Ana? Ela pergunta olhando minha mala.

-Sim Gail. Podemos ir agora? Pergunto, pois quero ir embora daqui o mais rápido possível.

-Vamos esperar que todos durmam primeiro. Vou te levar até a rodoviária, lá compraremos a passagem para você ir pra cidade da minha irmã. Aqui está o número dela. Gail me entrega um papel com o número. -Assim que estiver chegando na cidade ligue para ela ir te buscar.

-Tudo bem Gail. Obrigada por tudo desde já. Digo indo abraçar Gail. Ela sempre foi boa comigo, Gail foi pra mim a mãe que nunca tive.

-Só quero te ver feliz minha menina. Cuida bem dessa pequena que está dentro de você. Vocês duas merecem ser muito felizes. Vou morrer de saudades suas, mas sei que lá você estará melhor. Sei que se Amélia descobrir sobre seu caso com o sr Grey, ela irá querer vingança. Gail diz com medo.

-Pois eu tenho certeza que ela já sabe Gail. Desconfio que ela fará algum mal se eu continuar aqui. Depois que digo isso não falamos mais nada.

Algumas horas se passaram até que desse o momento certo para Gail e eu saíssemos da mansão. Fomos até a garagem com cuidado, para que nenhum segurança nos visse. Entramos no carro de Gail, mas só saímos da mansão na hora que os seguranças saíram para fazer a troca de turno.

Logo chegamos na rodoviária, Gail comprou a passagem para mim e me entregou. O ônibus sairia daqui dez minutos. Meus olhos estavam totalmente marejados, era difícil dar adeus a essa vida, mas ao mesmo tempo era reconfortante saber que daqui pra frente terei uma vida nova com minha filha.

Abracei Gail pela última vez e entrei no ônibus sem olhar pra trás. A partir de hoje terei uma vida nova, deixarei tudo que me aconteceu no passado, incluindo nisso o pai da minha filha, o amor da minha vida, Christian.

Espero que tenham gostado. Não esqueçam da estrelinha e comentem o que acharam.

Até o próximo.

A dor de um amor Onde histórias criam vida. Descubra agora