Capítulo 11

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"Você não me atinge, não pode me machucar nem me dominar." Podemos nos afastar e resistir sexualmente, emocionalmente ou fisicamente."
Matarazzo Maria Helena. Nós dois (2003)
Socióloga e sexóloga brasileira.

- Mas o que foi aquilo Srta. Gabell? Se agarrando com seu chefe!
- Pare! Foi Brendon quem me agarrou, não viu?
- E pelo visto você me pareceu estar gostando muito daquela situação não é mesmo dona Lauren? Uma pena que cheguei a tempo. - Lukas soava sarcástico.
- Pare de falar besteiras seu idiota!
Agora jogando almofadas em sua cara, estávamos em meu apartamento assistindo um filme junto a um bom panelaço de brigadeiro.
- Você tem razão...
- No que?
- Ainda bem que você apareceu, não posso deixar ele brincar assim comigo.
- Por favor Lauren, admite que adorou quando ele fez isso, você sabe que ele te quer, vi isso ontem mesmo, vi como queria assistir o mesmo filme que o seu, fez questão de sentar do seu lado, não parava de olhá-la um minuto sequer, e nem sequer deu atenção a Julieta.
Foda quando é a opinião de um homem...
- Já disse Lukas, isso tudo porque gosta de me infernizar.
- Jogue o jogo dele, provoque-o, tire-o do sério e veremos até onde isso chega.
- E brincar com fogo? Soa esquisito...
- Ontem mesmo você brincou com brasa, e gostou, não gostou?
- Gostei.
Duro admitir algo daquele tipo.
- Boa garota.
- Mas se ele pensa que sou Julieta ou essas mulheres que ele sai a noite ele está muito enganado, não será nada fácil!
- Eu gosto de ação...
- Então é ação que vamos ter Lukas.
Isso é até ridículo vindo de mim, Lauren Gabell, a tapada.

Amanhã na empresa farei de tudo para não cruzar com Brendon e nem Julieta, a grande oferecida.
Em todas as manhãs sei que irei encontrar pilhas enormes de revisão em cima da minha mesa, obrigada Brendon.
Você aí de fora deve estar achando que sou uma tremenda preguiçosa, saiba que não são "pilhinhas" de papéis, são AS pilhas de papéis, e sempre as acabo levando para casa e nem dormindo direito por virar a noite revisando, enquanto o trabalho de Julieta é levar cafezinhos, mandar e-mails e transar com seu chefe, oh, não! Não estou com inveja ou ciúmes, eu juro, isso é apenas uma mera observação.

Ignoro Brendon ao máximo, ele passa por mim cem vezes e não o cumprimento, sigo reto para minha sala, o idiota percebeu muito bem, isso é bom.
Lembre-se de brincar com fogo.

Depois do almoço é a hora do dia em que mais me concentro nas revisões, (Estranho, geralmente as pessoas ficam com muito sono)

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Depois do almoço é a hora do dia em que mais me concentro nas revisões, (Estranho, geralmente as pessoas ficam com muito sono). A droga do telefone fixo toca.
- Editora Tysos.
- Na minha sala agora!
- Estou ocupada.
Jogue o jogo dele, provoque-o.
- A escolha é sua Srta. Gabell, ou você venha ou irei eu mesmo buscá-la.
Eu até o enfrentaria e ficaria aqui, mas não curto confusões e sei muito bem que Brendon não para até conseguir alguma coisa, homem mimado.
- Tudo bem.
Ontem mesmo você brincou com brasa e gostou, não gostou?
Desligou o telefone sem ao menos se despedir decentemente. Arrogante.

Chego a sua maldita sala para ver o que diabos esse imbecil quer.
- O que você quer? Não vê que eu est...
- Senta.
Aquele tom de voz estremeceria qualquer um. Mas... apenas sentei porque estava com vontade e não porque iria obedecê-lo.
E brincar com fogo? Soa esquisito.
- Por que diabos está me ignorando Srta. Gabell?
- Não estou te ignorando, como disse eu tenho muito trabalho a fazer...
- Está agindo feito criança, como se eu nunca tivesse lhe proporcionado aquele prazer naquele banheiro feminino.
Que belo exibido.
- É... Eu tenho que ir Senhor Tysos.
Me levanto para sair mas o maldito segura a minha mão.
- Será possível mulher! Que diabos! Deixe-me terminar o que comecei naquele dia.
- Não! Não deixarei! Faça isso com sua secretária!
- Não seja tola, se eu quisesse ela aqui na minha sala eu teria chamado ela e não você!
- Por que está com ela?
- Ela não é uma namorada, e sim um casinho.
- Responda!
Garota seja firme.
- Diabos! Você está me deixando louco Lauren! Como não posso nem sequer chegar perto e te tocar então imagino que ela seja você. Parece ridículo eu sei, mas só assim eu consigo me sentir ao menos satisfeito.
- Vejo que não está surgindo efeito, só o vejo a ignorado.
Até que demorou um tanto para se aproximar e ficar colado à mim como sempre fazia.
- Olhe nos meus olhos e diga que não está com vontade. Diga que não está atraída.
Jogo minha cabeça para trás e começo a rir descontroladamente, mesmo Brendon cara a cara comigo.
Jogue o jogo dele.
Você não tem limite.
- Qual é a graça mulher?!
- Esse seu joguinho, achando que irá funcionar comigo, comigo não Senhor Tysos, talvez com sua secretária!
- Isso é o que veremos.
Brendon me joga em sua mesa de vidro, por que diabos fui abrir minha boca?
Brendon cola os seu lábios nos meus.
- Sentia falta desses lábios.
Eu já não tinha mais forças para dizer não, alguma forma do mal me segurava para continuar ali naquela mesa, essa seria a única explicação.

"Como não é fácil para o homem realizar sua fantasia de amor sexual, nem para a mulher realizar sua fantasia de amor romântico, em geral ambos acabam desenvolvendo mecanismos de compensação.
Matarazzo Maria Helena. (2003)
Socióloga e sexóloga brasileira.

Abro a boca dando passagem a sua deliciosa língua quente para passear sobre a minha, decido então ser de iguais para iguais, começando por retribuir seus beijos.
Uma de suas mãos desliza pela minha coxa, me trazendo arrepios.
Brendon chega perto da minha calcinha, me fazendo estremecer e acabar deixando um gemido rouco escapar, Lauren se contenha.
- Calma mocinha.
Brendon continuava com seus beijos ardentes. Não se contentando com meros beijos e passadas de mãos, ele agora estava com a mão em minha vagina fazendo leves contornos por cima do meu clitóris me fazendo arquear as costas.
- Boa menina...
E para piorar ou melhorar Brendon puxa a alça do meu vestido pondo meus seios já arrepiados e bicos rijos para fora, com uma mão começa a sugá-los e a outra continua em minha vagina, sugando seus dedos grandes e grossos, eu não quero nem imaginar o tamanho do... oh... deixa pra lá.
- Tão apertada...
Brendon faz movimentos circulares com a língua no bico do meu seio, essa sua linda boca, movimentos cada vez mais rápidos em meu clitóris, não parou um minuto sequer com aquelas provocações, já estava quase no meu ápice, à aquela altura eu já não ligava se meus gemidos estavam altos ou não.
- Quero que goze olhando nos meus olhos, diga meu nome.
Não demorou menos que dez segundos para que eu atendesse a seu pedido.
- BRENDON!
Nesse momento eu encarava agora com toda a coragem e com o peito arfante.
- Esse brilho lindo em seus olhos...
Brendon parecia admirado com o que via me deixando corada.
Brendon foi parando aos poucos os movimentos para que eu pudesse me acalmar do orgasmo que acabei de ter, eu já não sabia mais o que estava fazendo, deixando Brendon me possuir.
Ele tirou um lencinho de seu bolso para limpar meu gozo.
- Volte ao trabalho, depois iremos conversar de verdade.
E o que seria de verdade?
Brendon se despediu me dando um beijo no canto da minha orelha, mais um arrepio daqueles.
- Olha o que você está fazendo comigo...

Saio de sua sala ainda com as pernas bambas, sentindo sua risadinha debochada por trás de mim, idiota.
Volte logo para sua sala Lauren, ou senão eu estarei ferrada.

O que foi que acabou de acontecer? Santo Deus.
Jogue o jogo dele.

Ex, Chefe...Onde histórias criam vida. Descubra agora