Um amor....no meio do nada

Cap. 2 - Sem eira nem beira

Alexa teve alta hospitalar ao final do dia e precisava de ir buscar o carro. Chamou um taxi e quando chegou ao carro, este estava vandalizado.

- Droga! Estúpidos, camelos, idiotas....O rangerzinho achou seguro fechar o carrinho e afinal há gente neste fim do mundo maléfica e terrorista. 

O condutor do taxi olhava para Alexa e esta pontapeava as pedras soltas e a areia, formando uma nuvem de pó espessa em volta dela, de tanta terra seca que levantava: - Ei , jovem? Quer ajuda...?

- Ajuda, eu. É cego...! Já viu como está o meu bolinhas. Vidros partidos, sem volante e sem rodas. Eu vou voltar para Novak. E não me chame de jovem...eu tenho nome Alexa, ou melhor menina Alexa.

- Ok, jovem!

- Humrrr....! Estou prestes a explodir! Já não bastava o dia que passei e agora para terminar em beleza, tenho o carro todo estourado. Ninguém, mas ninguém mesmo, vai levar mais nada.... Pega num pau grosso que estava no chão e começa a dar pancadas fortes nos farois,  partindo-os e em toda a chapa. Era um prazer indiscritivel...como bater num saco de boxe para descarregar o stresse.

O taxista saiu do carro mas logo se arrependeu...Havia estilhaços de vidro a saltar por todos os lados: - Você endoideceu?....Voltou a entrar no carro e chamou o Ranger: - Ei Mason...sou eu o Tony....lembra-se da jovem do hospital...ela acabou de partir o carro dela e...

- Já vou para aí....Falou implacável.

Alexa colocou o pau no ombro, com ar vitorioso, como se a sua missão tivesse terminado e até parecia feliz....Mas não! Um ataque de choro bem forte rompeu o silêncio do local.

- Ei jovem?...Eu levo-a de volta....Falava o taxista muito brando: - Não chore!

- Eu choro quando eu quiser....E depois vai ser o senhor...E mostrava-lhe o pau.

- Então porquê? Está me ameaçando? Eu não fiz nada!

- Pois não, mas a minha sede de vingança ainda não terminou. E.....eu não tenho dinheiro para lhe pagar a viagem. 

- Não tem importância....Agora paga-me. Quando voltarmos a Novak, levanta dinheiro no banco e paga a viagem de volta.

- Eu não quero sair daqui...pode ir embora...

- Não, eu chamei o Policia Mason...você partiu o carro todo.

- O quê? Outra vez o Grand Canyon?

- O que tem...é bem bonito. Já visitou?

- Não, seu imbecil, eu não quero o Ranger Mason aqui outra vez. Se uma vez já foi o suficiente, duas no mesmo dia é dose. Agora vai implicar comigo.

- Mas não foi ele que lhe deu o peluche? Não se fala de outra coisa.

- Até você sabe disso...que homens tão linguarudos.

- Sabe, é um meio muito pequeno e o Mason nunca fez isso a ninguém. Nós até pensamos que ele tinha finalmente arranjado mulher.

- É um peluche fofo sim...mas eu não quero nada com o Grand Canyon.

- E você  a dar-lhe....É um Parque Natural maravilhoso!

- Imbecil a dobrar. Não vê que me refiro ao Ranger Mason com esse nome, por ele ser muito alto.

- Ah...pois! Boa alcunha...nunca tinhamos pensado nessa. Tenho que dizer ao pessoal.

Mais uma vez Alexa começou a derivar nos seus pensamentos. És louca....perdida aqui no meio do nada e sem ninguém....Não tenho para onde ir...Os pais devem estar desesperados de preocupação. Já devo estar na lista dos desaparecidos. Eu não quero que eles saibam que eu estou assim....que quero desaparecer da face da terra. Vim parar aqui, num lugar onde todos se conhecem menos eu e onde só há pó, o Rio Colorado e bons precipicios para me matar.