Capítulo Vinte e Quatro.

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Maju narrando:

Eu não sabia exatamente o que havia dado em mim, eu nunca beijaria qualquer um que aparecesse em minha frente, estava confusa, mas ao ver aquela cena perdi os controles do meu corpo e nem sei porque beijei aquele menino, agora andava confusa, eu não gostava de Luan, porque senti aquilo ao vê-lo beijar aquela vadia?!

Aí, o que estava havendo comigo? Senti meus olhos arderem e corri apressada.

─ Maria Júlia! ─ ouvi a voz dele atrás de mim e logo o senti me parando com um puxão. Abaixei minha cabeça mas ele a levantou. ─ Não faz assim...

Ele tentou selar meus lábios mas virei o rosto olhando pra longe.

─ Ela que me beijou...

─ Você não me deve explicações nenhuma, eu não sou nada pra você 

e você não é nada pra mim, a vida é sua, vai lá com ela que eu não estou nem aí.

Eu tirei sua mão do meu pulso e saí disparada pra casa de Luan, o verdadeiro problema é que eu realmente estava ligando pra isso, não queria que Luan beijasse aquela vadia ou chegasse perto dela.

Acho que era ciúmes... mas isso estava errado! Até porquê eu não gosto daquele babaca...

Eu respirava fundo enquanto descia o morro, dentro de minutos cheguei na casa de Luan e peguei meu celular vendo uma mensagem de Priscila dizendo que já estava em casa, arrumei algumas roupas dentro de uma bolsa pequena e meus objetos na qual precisava, guardei meu celular e segurei firme a bolsa descendo e pegando um pedaço de bolo que Julieta terminava de servir.

─ Vai pra onde? ─ Julieta perguntou.

─ Vou pra casa de Priscila.

─ Luan sabe?

─ Eu não devo satisfação da minha vida pra ele, aliás, ele tem muito do que se ocupar, como com aquela vadia da Beatriz.

─ Isso é ciúmes? ─ Julieta sorriu e neguei.

─ É apenas a verdade, Julieta.

Eu peguei minha bolsa e desci em direção à casa de Priscila, dentro de minutos cheguei lá, meu pensamento tava à mil...

Acho que realmente eu não tinha nenhum significado na vida de Luan, mas por que eu desejava ter? Como me disseram, Luan não ama ninguém, ele só quer pegar e pronto. Ele me beija, me trata com carinho e na hora beija ela, simplesmente ele beijou ela, ainda não acreditava naquela cena e ainda não acreditava que estava com ciúme dentro do peito.

Priscila me recebeu e logo foi me interrogar pelo motivo de eu estar

tão aflita, amiga é sempre assim, logo percebe quando algo está acontecendo de errado, eu desabafei tudo pra Priscila menos que estava com ciúmes, nem eu mesma admitia pra mim que estava com ciúmes...

─ Nossa ─ ela mascou o chiclete deitada na cama. ─ Luan beijou ela na sua frente, mas como você sabe que não foi ela que beijou ele? Beatriz é muito puta e oferecida.

Peguei um tube na vasilha de doces que a mãe da Priscila havia colocado lá em cima da cama e o mordi um pouco cabisbaixa.

Estava triste por causa daquele traficante?! Me poupe, Maria Júlia!

─ Não sei, eu só sei que não quero ir pra lá, posso dormir aqui?

─ Claro, amiga. RL tá dormindo no asfalto com a mãe dele e mamãe vai fazer plantão, então praticamente eu fico sozinha aqui quando os primos de RL não dormem aqui ─ ela disse pegando uma jujuba e comendo.

Apenas um TraficanteOnde histórias criam vida. Descubra agora