Capítulo 35

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— Bella, eu preciso falar com você. — Implorei buscando o seu olhar.

— Já falei que não tenho nada para falar com você. — respondeu alterada e sem olhar para mim.

—Eu preciso que me perdoe Bella.

— Não há o que perdoar, só me deixe em paz. — suplíciou nervosa.

— Tem e você sabe. Ao menos me deixe explicar. — É tão difícil tela tão perto e ao mesmo tempo tão distante.

— Seria melhor vocês conversarem em outro lugar. — pronunciou calmamente Miguel.

Eu nem tinha reparado que ele também estava aqui.

— Não tenho nenhum interesse em falar com ele Miguel. — determina olhando para ele.

— Bella, por favor! — Implorei novamente.

— Não, saia daqui e me deixe em paz. — olhou em meus olhos dando vazão a toda sua raiva.
Fato que destruiu ainda mais meu coração.

— Eu deixo, eu te juro! Mas me perdoe por favor.

— Vida que segue. —Falou andando em direção ao elevador.

— Me deixe te explicar porque falei aquelas merdas. — suplíquei parando na frente dela.

— Isso não me interessa e se não sair agora da minha frente, eu chamo a polícia.

— Chama. Chama quem você quizer, eu não ligo. Estou tão arrependido.

— Deixa ela passar Nikolas. —Mandou Miguel, pegando no meu braço.

— Não Miguel, eu sinto muito mas ela precisa me ouvir. — Me desvencilhei de Miguel e fui em direção à ela.

— EU NÃO QUERO. — Gritou me empurrando, passando por mim e entrando no elevador na mesma hora que Miguel e um segurança me seguram.

— Por favor Bella, Eu te amo. — meus olhos queimavam olhando para os dela.

Ela não respondeu, as portas do elevador se fecham e Miguel subiu em seguida.

Sei que facilmente derrubaria o segurança dele e poderia subir de escadas, mas eu não queria que ela me odiasse ainda mais.

Do lado de fora, encostado na parede do prédio dela, mais uma vez choro. Choro a dor do amor perdido.

Passo mais de oito horas sentado na calçada e pouco depois de Miguel sair, Douglas insiste para que eu volte para casa ou para à ilha. Explico que antes vou tentar mais uma vez falar com ela.
Ela precisava me ouvir.
Fiquei de plantão dentro do carro em frente a porta do seu prédio e vi Miguel ir e vir.

No segundo dia, descobrimos que ela saiu de manhã e não sabemos para onde. Parece que saiu no carro de uma vizinha e com essa notícia entendo que realmente ela nunca irá me dar a chance de me explicar, que nunca vai me perdoar.

Feri demais à única mulher que amei e a dor que sinto e impossível de colocar em palavras.

À  noite saio sozinho e quase de manhã,  Douglas e Joe me encontram muito bêbado nas pedras do Arpoador (ponto turístico do Rio) e assim que amanhece voltamos para a ilha.

Não quero ver ou falar com ninguém. Em três semanas nem sei o quanto eu emagreci. Não fui mas procurá-la. Não mereço estar no mesmo ambiente que ela.

Na ilha mandei os funcionários tirarem férias de um mês, meus pais me ligaram e a unica vezes que os atendi, falei que estava em um SPA e que o sinal era muito ruim.

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