Após comermos muito adormecemos no sofá vendo um filme qualquer que nos lembrasse a infância feliz que tivemos.
Acordo com muita dor no pescoço pela posição em que dormi por muito tempo, já que percebo que já amanheceu. Olho no relógio que marca 09h32 da manhã e me dirijo para a cozinha, ninguém. Meus pais ainda dormem.
Limpo toda a bagunça da pipoca e lavo os pratos, depois faço panquecas para todos. Pilhas. Me sinto feliz e bem ao ver o formato redondo e sentir o odor doce das panquecas quentes. Vou até o armário e escolho um jogo americano bem bonito e ponho na mesa, pego os copos, os pratos, pego um suco da geladeira e uso para decorar um vaso pequenino com uma flor de plástico no centro da mesa.
Na bancada deixo à disposição vários potinhos com frutas silvestres e caldas para as panquecas. Escuto um barulho vindo do banheiro e me posiciono em frente à mesa com a travessa na mão.
— Bom dia! Feliz aniversário mãe!— digo com um sorriso sincero nos lábios.
— Uau! Está tudo lindo filha, obrigada Liza.— ela me dá um beijo na testa e eu coloco as panquecas na mesa.
Logo chega meu pai e minha irmã, todos se sentam à mesa e tomamos um café da manhã alegre e reforçado.
— Agora querida suba, tome um banho, vista uma roupa limpa que eu ajeito tudo por aqui.— ela diz olhando para minha roupa amassada e suja. Eu faço uma careta e rio.
— Não. Hoje a senhora não faz nada.
— Eu limpo mana, vai lá que você tá precisando.— ela ri e eu mostrei a língua pra ela rindo também.
— Já que é assim eu vou.— me levanto da mesa após comer tudo e vou direto para meu quarto.
Entro no banheiro e arranco a roupa que eu usava desde o dia anterior e entrei na água quente do chuveiro. Nada melhor que um banho quente em um dia frio de inverno.
Saio enrolada na toalha e tremendo de frio. Abro o armário e pego uma blusa de manga comprida tipo lã branca e uma calça legging preta. Visto uma lingerie qualquer e uma meia quente.
Me sento ao meu computador para fazer um trabalho da escola e sem querer abro uma pasta com todas as fotos do Dylan. "Aniversário da Liza" é o nome da pasta. Diversas fotos com caretas e sorrisos, algumas eu em seus ombros no meio do shopping e outras pulando no lago na casa de campo da família dele. Suspiro e me seguro para não chorar novamente.
Então alguém bate a porta do meu quarto e eu fecho a pasta com rapidez me viro para ver quem é.
— Deixaram isso pra você.— minha irmã sorri complacente com uma caixa de bombons em uma mão e um buque em outra.— Tem cartões...
— Deixa eu ver!— digo apreensiva e sorrindo, largando o lápis em cima da mesa.
Pego a caixa e vou para minha cama me sento, abro ela e pego um chocolate, minha irmã faz o mesmo ainda com o buquê em mãos.
— Huumm... que delicia.— digo me derretendo com o chocolate na boca.
— São seus preferidos, quem será que mandou? Lê o cartão, vai!— minha irmã parece mais ansiosa que eu para descobrir meu novo admirador secreto.
Pego o pequeno e requintado cartão e com um sorriso mascarado o abro. Ele diz:
"Querida Liza,
Aproveite os doces, para deixarem a vida menos amarga. O melhor chocolate para a melhor pessoa.Com amor Dylan."
As lágrimas já rolavam pelo meu rosto disparadas. Eu fito o papel sem expressão alguma no rosto e minha irmã me olha atônita com a situação.
— É... talvez seja só uma brincadeira de muito mal gosto...— ela pausa e engole em seco.— vamos ver de quem é o buquê, ele é tão lindo!
— A data é de 3 meses atras.—digo fria.— ele programou para ser enviado hoje... no dia em que fazemos 10 anos de amizade.— minha voz falha apesar de eu tentar parecer segura.
— Mana, olha eu sei que isso te deixou abalada mas e se nós lermos o cartão das flores.— ela me olha com um sorriso convidativo e pega o cartão calmamente, da minha mão.
— Eu prometi que não ia chorar mais, então vamos ler o cartão do buquê!— digo tentando parecer animada.
— Bom... muito bom, isso é promissor!— ela bate palmas eu dou uma risada fraca e pego o buquê.
Um lindo arranjo de margaridas, as flores mais bonitas na minha opinião. São brancas como as nuvens e trazem uma tranquilidade. Passo a mão entre as flores e sinto algo sólido espetar meu dedo. Achei o cartão. Pego o e fico surpresa.
— É o cartão de um café. Um café.— minha irmã fala desanimada e desapontada.
— Não é qualquer café.— eu sorrio e quando viro acho um número como esperado.
Levanto da cama com o cartão na mão e entrego as flores para minha irmã que não entende nada. Vou até a escrivaninha e procuro embaixo dos cadernos. Finalmente encontro meu celular e disco o número.
... ... ...
Está chamando. Sinto um arrepio percorrer minha espinha e finalmente a voz do outro lado da linha se pronúncia.
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Amores Inventados( concluído)
RomanceDo luto a celebração! Assim se conduz a vida de Eliza... Eliza e Dylan são amigos a anos mas somente quando são bruscamente separados eles percebem a importância de sonhar e amar! Nunca deixe para amanhã, o amanhã não existe! Mas será que Eliza já...