Capitulo trinta e quatro

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Acordo bem cedo com o sol ainda nascendo. Levanto da cama de uma vez e ao abrir a janela do quarto deixo que o sol quente e principiante entre iluminando todo o cômodo.

Fico por alguns instantes parada na janela observando o sol subir e se posicionar, sendo assim, consigo sentir minha pele dourar no sol da manhã vívida que se forma.

Olho para o relógio e vejo que logo a festa da colheita começará. Ando com certa pressa para meu closet e pego uma calça jeans skinny, lavagem escura e alguns rasgados, uma blusa de alcunha cinza e por cima uma camisa azul escura com algumas linhas quadriculadas vermelhas.

Repouso tudo sobre a cama já arrumada e entro embaixo do chuveiro. Uma ducha ótima que me faz começar bem o dia.

Visto a roupa separada em cima da cama e vou para frente do espelho me maquiar, passo apenas uma sombra clarinha, rímel e um gloss rosado. Pego minha bolsa na cômoda e caminho até a cozinha.

Faço um café preto e como alguns biscoitinhos amanteigados e parto para a parte de fora da minha casa singela e apanho minha bicicleta para ir até a festa.

Pedalo calmamente pelas ruas apreciando a beleza dos prédios e dos casarões antigos, em cada esquina cumprimentando um ou outro e seguindo meu caminho com um sorriso no rosto. O vento bate em meus cabelos e eu me sinto muito feliz por ter tido a chance de recomeçar minha vida nesse lugar lindo.

                                 ❄️

Chego em frente à praça principal da cidade onde já começava a festa da colheita e desço da bicicleta conduzindo ela com as mãos. Corro meus olhos pelas pessoas presentes e procuro pelo rapaz que me convidou.

Encontro-o em um canto com uma taça de vinho na mão e conversando com duas belas jovens. Uma mais alta e com as feições delicadas e a pele bem clara, os cabelos curtos loiros e os olhos castanhos, entretanto a outra aparentemente mais nova tem os cabelos escuros longos  e os olhos cor de mel, ambas com sorrisos enormes estampados no rosto.

Me aproximo dele com cuidado e o mesmo já vem logo me abraçando com toda a hospitalidade e emoção dos italianos, as duas me olhas confusas e ele nos apresenta. Ele aponta para mim me perguntando meu nome silenciosamente.

— Eliza.— sussurro de volta pra ele com uma mão em cima do peito.

— Certo, Eliza essas são minhas irmãs mais novas, Clarice e Anne. Meninas essa é Eliza a mais nova moradora de Trento. Nossa tão amada cidadezinha.

— É prazer conhecê-la Eliza!— as duas respondem em uníssono e todos rimos.

— Muito obrigada! É um prazer conhecê-las também!— digo com um sorriso grande no rosto e sinto o cheiro surpreendente das uvas frescas serem acompanhadas de uma música.

A música é suave e divertida, as moças então seguram as barras das saias e outras sobem as calças e pisam nas uvas com alegria seguidas de seus companheiros. Tudo me deixa pasma com tamanha beleza e simplicidade.

— Aceita dançar comigo?— ele se curva e põe sua mão diante de mim e a minha disposição.

— Aceito!— sorrio e pego em sua mão.

Ele me conduz para dentro de um dos barris carregados de uvas e entra junto comigo. Nós começamos a pisar nas uvas e sentir elas se desmanchando em nossos pés como uma pasta e todos cantam e brincam ao som das musicas.

Depois de tanto sofrer e aprender que viver é amar a si próprio mas acima de tudo, cada dia é um dia, vivamos da melhor maneira possível e que a felicidade nós encontre onde for. Tudo tem consequências e mesmo assim nós podemos dar a volta por cima e viver em uma pequena cidade entusiasmante na Itália ou qualquer lugar do mundo.

Conforme o dia vai passando as pessoas vão se divertindo mais e todas as vezes que eu olho para trás vejo que nada valeu mais a pena do que estar aqui hoje!

Com muito amor e alegria Eliza!

Amores Inventados( concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora