Amores Inventados( concluído)

Capitulo vinte e seis

Chegamos na boate e entramos furando fila. O lugar estava escuro só iluminado por luzes coloridas am algumas partes e o cheiro de perfume com bebida paira no ar de maneira forte. O som bem alto e muitas pessoas dançando juntas no meio da pista.

Deixo minha irmã no meio da pista de dança e vou buscar um drink. Viro tudo de uma vez e novamente. Ando em direção a pista de dança e começo a dançar no ritmo da música.

Sinto um cara se aproximando e começo a sensualizar. Vou rebolando e dançando para provocá-lo e rapidamente ele me prensa em seu corpo e me beija com vontade.

Que beijo bom! Paramos o beijo por falta de ar e por conta da escuridão não consigo ver seu rosto mas isso não me impede de beija-lo outra vez.

— Quer uma bebida?— ele diz com uma voz grossa e abafada pela música bem perto do meu ouvido.

— Quero sim!— abro um sorriso e ele me puxa para perto do bar.

Ele pede duas bebidas pra nós e o barmen me entrega um copo alto com um líquido esverdeado e muito gelo e limão. Tomo alguns goles e está delicioso.

— Posso saber o seu nome?— pergunto olhando para seu rosto parcialmente iluminado pelas luzes coloridas.

— Não agora.—ele sussurra no meu ouvido o que me faz arrepiar e em seguida me laça em um abraço apertado com gosto de saudade.

— Não falo com estranhos.— pisco pra ele e saio em direção a pista de dança com meu copo na mão antes de sua resposta.

Volto a dançar sozinha na pista, tento procurar minha irmã mas ela sumiu do meu campo de visão. Então olho de relance e o cara misterioso ainda está me olhando do bar. Eu continuo dançamos como se não estivesse vendo ele.

O tempo vai passando e eu já estou no terceiro copo daquele drink com limão e gelo e minha irmã ainda não apareceu. Continuo dançando bem no meio da pista, as vezes olhando de relance para o cara na ponta do bar.

Sinto o seu olhar sobre mim durante a noite toda e começo a me incomodar. Após mais alguns copos daquele drink subo na bancada do bar e danço, todos ficam me olhando e os caras se aproximam. Ando de um lado para o outro e continuo dançando conforme a música, jogo meus cabelos para os lados e começo a sensualizar tirando parte do vestido de meu ombro fazendo com que todos os caras assobiem.

Vou intensificando os movimentos e já nem vejo mais o que faço. As luzes me atingem e a música está bem alta em meus ouvidos, meu corpo se mexe conforme o ritmo e eu sinto o cheiro forte de bebida e perfume masculino.

Quando minha visão parece turva alguém segura minhas pernas e me joga em seus ombros. Um homem musculoso e cheiroso.

— Me solta!— fico assustada por não obter resposta e começo a estapear suas costas.— eu estou mandando me por no chão! Eu sei andar seu ogro!!

De nada adiantam meus gritos, ele sai da boate e a música fica longe mas ainda alta. O cheiro diminui mas posso ver alguns casais se pegando nas paredes do beco escuro. Um arrepio sobe por minha espinha e eu só vejo o chão de ponta de cabeça e nada de voz desse ogro.

— Você não tinha o direito de me tirar de lá, estava me divertindo.— digo brava tirando o cabelo da cara quando ele me põe bruscamente no chão.

— Estava mesmo?— ele me observa de cima a baixo e sinto meu corpo arder. O vestido esta todo colado e meu peito sobe e desce rápido por conta da respiração.

— Eu vou voltar lá pra dentro.— me viro de costas e saio andando mas ele segura meu braço forte.— está me machucando!— grito e todos me olham.

— Você não tem ideia de quanto tempo eu esperei por isso!— ele me beija com uma vontade louca e sua boca é tão macia que eu cedo.

Paramos o beijo por falta de ar e quando olho em seus olhos vejo algo tão diferente. É desejo, fogo mas também carinho e saudade. Uma pontinha de tristeza passa mas ele a afasta. Meu Deus! Que beijo, que olhar!

— Seu cheiro bom e seu cabelo macio.—ele diz enquanto beija meu pescoço e acaricia meus cabelos longos.— Vem comigo.

Ele me pede tão sutil e carinhoso e por algum motivo eu não consigo sair daquela atmosfera de sentimentos que construímos à nossa volta. E eu sigo ele que me leva pela mão.