Capitulo vinte

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Alguns dias depois...

Acordo com o som ensurdecedor do alarme, desligo ele e me levanto. Entro no banheiro e vejo a camisa de Edward dependurada lá. Solto um sorriso bobo e sinto seu perfume cítrico. Sorrindo me arrumo e desço para tomar café da manhã.

A mesa está posta mas não vejo ninguém, então tomo uma xícara de café e como uma torrada. Escuto o som da buzina e me levanto rápido, pegando minha mochila saio em direção ao carro.

— Bom dia!— Edward sorri e abre a porta do carro pra mim.

— Bom dia.— Dou um selinho nele e sorrio.

— Pronta pra ir pra aula?

— Pronta— ele dá partida no carro e me leva pra escola.

Chegamos e eu vou direto pra minha sala, quando chego na porta e olho pra dentro meu coração para de bater por alguns segundos e eu não sinto o ar entrar em meus pulmões.

As pessoas começam a me olhar e cochichar baixinho, devo estar branca como papel. Consigo dar alguns passos pra frente saindo do caminho de todos. Me sento em uma mesa distante de todos e me escondo lá.

O ar ainda me falta. O que ele está fazendo aqui? Eu não consigo pensar nada além de uma forma de sair daqui.
A professora entra na sala e apresenta o novo aluno para a sala. Ele não para de me olhar durante todo o tempo.

A terceira aula já esta quase no fim quando ele se aproxima de mim e meu coração parece que vai sair do peito, está batendo tão forte e eu me sinto totalmente sozinha.

— Oi.— ele sorri e eu não respondo.— lembra de mim?— ele sussurra perto do meu ouvido e sinto uma lágrima quente escorrer em meu rosto.

Me levanto da cadeira com muita dificuldade e ando até a primeira carteira. A professora para de fazer suas anotações e fica a me olhar.

— Professora, será que eu...— minha voz falha.—eu...

— Menina Eliza você está pálida.— ela em olha assustada.

Minha visão fica turva e escurece totalmente. Sinto meu corpo debater com força no chão. Uma vontade incontrolável de chorar, me controlo mas o escuro permanece. O medo me domina até que eu escuto uma voz familiar e uma brecha de luz invade meus olhos.

— Quem está aí?— ponho uma mão na frente dos olhos e consigo ver um pouco embaçado uma mulher.

— Sou eu, Helen. Se lembra?— ela põe a mão em meu braço mas eu o afasto. Não suporto que alguém me toque que o medo reaparece.

Ela permanece no mesmo lugar e fica em silêncio me analisando. Eu fico ofegante e sinto meu coração palpitar. Aquele cheiro invade minhas narinas e meu corpo congela novamente, perco a respiração e me sinto fraca.

— Com licença.— ele entra pela porta da enfermaria e me encara.— eu só queria ver se ela está bem.

— Ela está mais calma agora, mas logo ficará bem. Vocês se conhecem?— ela faz um gesto com as mãos para nós dois.

— Na...n-na verdade...

— Sim. Ela quis dizer que sim.— ele me interrompe.

— Hmm... então fique aqui por um minuto que eu já volto.— a enfermeira sai da pequena sala e meu medo cresce.

— Guto.— ele aponta pra si mesmo.— se lembra?

— E-eu...eu me lembro.— falo com a voz trêmula e rouca.

— Você ficou tão branca quando me viu que eu achei ter feito algo errado.— ele sorri e eu estremeço.

— Não adianta mentir eu sei de tudo...— falo com um tom de raiva na voz e ele muda a expressão do rosto.

— Como assim? Lembra do que?— ele me olha confuso.— ficou louca de vez.

A porta se abre de repente e eu levo um susto. Em seguida vejo entrando a enfermeira junto da coordenadora.

— Sua mãe veio te buscar. Venha.— ela é seca e rápida.

E eu obedeço, me levanto e vou pra casa.

Amores Inventados( concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora