Alguns dias depois...
Acordo com o som ensurdecedor do alarme, desligo ele e me levanto. Entro no banheiro e vejo a camisa de Edward dependurada lá. Solto um sorriso bobo e sinto seu perfume cítrico. Sorrindo me arrumo e desço para tomar café da manhã.
A mesa está posta mas não vejo ninguém, então tomo uma xícara de café e como uma torrada. Escuto o som da buzina e me levanto rápido, pegando minha mochila saio em direção ao carro.
— Bom dia!— Edward sorri e abre a porta do carro pra mim.
— Bom dia.— Dou um selinho nele e sorrio.
— Pronta pra ir pra aula?
— Pronta— ele dá partida no carro e me leva pra escola.
Chegamos e eu vou direto pra minha sala, quando chego na porta e olho pra dentro meu coração para de bater por alguns segundos e eu não sinto o ar entrar em meus pulmões.
As pessoas começam a me olhar e cochichar baixinho, devo estar branca como papel. Consigo dar alguns passos pra frente saindo do caminho de todos. Me sento em uma mesa distante de todos e me escondo lá.
O ar ainda me falta. O que ele está fazendo aqui? Eu não consigo pensar nada além de uma forma de sair daqui.
A professora entra na sala e apresenta o novo aluno para a sala. Ele não para de me olhar durante todo o tempo.A terceira aula já esta quase no fim quando ele se aproxima de mim e meu coração parece que vai sair do peito, está batendo tão forte e eu me sinto totalmente sozinha.
— Oi.— ele sorri e eu não respondo.— lembra de mim?— ele sussurra perto do meu ouvido e sinto uma lágrima quente escorrer em meu rosto.
Me levanto da cadeira com muita dificuldade e ando até a primeira carteira. A professora para de fazer suas anotações e fica a me olhar.
— Professora, será que eu...— minha voz falha.—eu...
— Menina Eliza você está pálida.— ela em olha assustada.
Minha visão fica turva e escurece totalmente. Sinto meu corpo debater com força no chão. Uma vontade incontrolável de chorar, me controlo mas o escuro permanece. O medo me domina até que eu escuto uma voz familiar e uma brecha de luz invade meus olhos.
— Quem está aí?— ponho uma mão na frente dos olhos e consigo ver um pouco embaçado uma mulher.
— Sou eu, Helen. Se lembra?— ela põe a mão em meu braço mas eu o afasto. Não suporto que alguém me toque que o medo reaparece.
Ela permanece no mesmo lugar e fica em silêncio me analisando. Eu fico ofegante e sinto meu coração palpitar. Aquele cheiro invade minhas narinas e meu corpo congela novamente, perco a respiração e me sinto fraca.
— Com licença.— ele entra pela porta da enfermaria e me encara.— eu só queria ver se ela está bem.
— Ela está mais calma agora, mas logo ficará bem. Vocês se conhecem?— ela faz um gesto com as mãos para nós dois.
— Na...n-na verdade...
— Sim. Ela quis dizer que sim.— ele me interrompe.
— Hmm... então fique aqui por um minuto que eu já volto.— a enfermeira sai da pequena sala e meu medo cresce.
— Guto.— ele aponta pra si mesmo.— se lembra?
— E-eu...eu me lembro.— falo com a voz trêmula e rouca.
— Você ficou tão branca quando me viu que eu achei ter feito algo errado.— ele sorri e eu estremeço.
— Não adianta mentir eu sei de tudo...— falo com um tom de raiva na voz e ele muda a expressão do rosto.
— Como assim? Lembra do que?— ele me olha confuso.— ficou louca de vez.
A porta se abre de repente e eu levo um susto. Em seguida vejo entrando a enfermeira junto da coordenadora.
— Sua mãe veio te buscar. Venha.— ela é seca e rápida.
E eu obedeço, me levanto e vou pra casa.
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Amores Inventados( concluído)
RomanceDo luto a celebração! Assim se conduz a vida de Eliza... Eliza e Dylan são amigos a anos mas somente quando são bruscamente separados eles percebem a importância de sonhar e amar! Nunca deixe para amanhã, o amanhã não existe! Mas será que Eliza já...