Trim...Abro a porta e entro na mercearia. Um cheiro familiar invade minhas narinas e eu me sinto bem por alguns segundos. Caminho em direção às gôndolas de doces e vou me lembrando de cada momento nesses cantos.
Pego uma caixa de Tomblerones, sigo mais à frente e pego uma garrafa de Bourbon. Chego ao caixa ponho as coisas na bancada e James me observa antes de me comprimentar.
— E aí, menina? Faz tempo que eu não lhe vejo por aqui. — ele vai fazendo as contas.
— Pois é James! Mudei de escola. Mas prometo que não vou sumir.— dou um sorriso forçado.
— Se cuida menina, não faz besteira não, tá? O que aconteceu você não pode mudar mas o futuro você pode!— James faz sinais com as mãos.
— Falou bonito, hein? Ele teria orgulho de você James. Pode deixa eu me cuido sim!— saio apressada para segurar as lágrimas.
Vou caminhando com calma com a sacola na mão por aquele caminho tão conhecido. Entro no cemitério e a tristeza invade meu corpo com força.
Paro em frente a lápide. A terra ainda está sem grama, é muito recente. Me ajoelho e ponho a sacola ao lado. Passo a mão calmamente nas letras gravadas na pedra. Seu nome escrito tão perfeitamente.
— Oi Dy...— dou um suspiro e enxugo a lagrima que já cai fria sobre meu rosto— desculpa! Ta sendo muito difícil aceitar que não te verei mais.— pego a garrafa, abro-a e viro tomando um grande gole. Dou uma risada fraca— Você tinha que ver hoje! Nem parecia eu na escola— dou uma risada leve—você poderia se surpreender como eu posso ser quieta na sala.— rio e em seguida começo a chorar. Abafo meu choro com a bebida e alguns chocolates.— E-Eu não consigo, não dá! Você não está aqui e não vai voltar! O choro vem descontrolado. — Eu te amo...— sussurro entre os soluços.
Eu me encosto na lápide e vou dando goles na bebida enquanto observo e analiso a arte na pedra. Fico ali como sempre costumávamos fazer depois da aula. Todos os dias íamos beber e comer chocolates, contando as novidades do dia.
Após algumas horas levo um pequeno susto. Me levanto rapidamente e sinto minha cabeça pesar mas um barulho novamente invade meus ouvidos e eu sigo em direção a ele.
O barulho de folhas se quebrando ecoa em minha cabeça e a curiosidade e medo vão surgindo em mim. Então dou alguns passos em direção ao som.
— Quem está aí ?— pergunto um pouco grogue.— D-Dy...— minha voz falha e as lágrimas retornam.
Deve ser só coisa da minha cabeça, vou embora logo.
Volto correndo, pego minha bolsa e vou embora rápido deixando a garrafa e os papéis no chão. Saio do cemitério e vou direto para minha casa.
Entro sem fazer barulho e vejo que não tem ninguém em casa. Então vou direto para meu quarto. Jogo a bolsa em uma mesinha e vou tomar um banho pra disfarçar o cansaço no corpo.
Entro no box e então me escoro na parede deixando a água cair suave contra minha pele. Os músculos relaxam e eu atinjo meu objetivo de enganar o cansaço.
Desço e vou até a cozinha. Na geladeira apenas coisas para fazer; tomo um copo de suco e retorno. Me estiro na cama e leio um pouco o meu livro. Engraçado quem me deu ele foi Dylan mas eu nunca me interessei para lê-lo, mas agora quis descobrir seus mistérios.
Sinto meus olhos pesarem sobre as olheiras e o cansaço dominar todas as partes do meu corpo então adormeço.
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Amores Inventados( concluído)
RomanceDo luto a celebração! Assim se conduz a vida de Eliza... Eliza e Dylan são amigos a anos mas somente quando são bruscamente separados eles percebem a importância de sonhar e amar! Nunca deixe para amanhã, o amanhã não existe! Mas será que Eliza já...