Capítulo 1 - Marinette

42.5K 3.6K 7.2K
                                    

"Adrien e-eu preciso falar com você"

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

"Adrien e-eu preciso falar com você".

—Droga. –Falei para mim mesma, ao perceber que, novamente, eu tinha deixado àquela cena entrar na minha cabeça, de penetra pra variar.

Sentei devagarzinho, enquanto enxugava o rosto e pelo canto dos olhos, olhava a caixinha que eu tinha feito de presente para ele. Eu tinha demorado tanto tempo para termina-la, e agora todo aquele trabalho tinha sido em vão.

"Eu gosto de você!".

Olhei a cidade mais uma vez, e dei um longo e lento suspiro. A Torre Eiffel era meu lugar favorito no mundo, por isso, quando tudo aconteceu, eu não tive dúvidas para onde fugir. Assim que consegui sair de perto de Alya e de todos que riam de mim, me transformei em Ladybug, sai correndo e parei aqui.

—Mari, não fique assim, por favor! – Tikki falou do meu lado, com sua voz serena. Dei um sorriso para ela, eu entendia sua preocupação, eu poderia acabar atraindo um akuma, e eu não queria isso, não agora.

Peguei meu celular, para tentar não pensar no que aconteceu. Mas, ao desbloquear a tela, percebi que aquilo seria impossível. Tinha milhares de mensagens da Alya, dos meus pais, e de curiosos querendo saber se eu estava bem. Sem contar algumas mensagens de pessoas tirando sarro de mim pelo meu lindo pé na bunda.

"Mari, me desculpa, mas eu... Eu não sinto o mesmo".

Outras lágrimas intrusas percorreram pelo meu rosto. Limpei com a mão e joguei a caixa de doces para longe.

—A caixa não tem culpa. –Uma voz soou atrás de mim, e Tikki logo entrou na minha bolsa.

Olhei para trás e fiquei um pouco sem graça.

—Ah, oi Chat – Falei tentando me recompor, eu odiava que outras pessoas me vissem chorando.

Chat se aproximou e se sentou ao meu lado. Depois me olhou, ele parecia triste.

—O que foi que aconteceu? –Ele perguntou.

Dei de ombros, eu não queria falar disso com ele. Eu já estava arrasada de mais, não queria que outra pessoa zombasse de mim, por ser uma grande perdedora.

—Não foi nada.

Ele me olhou como se não acreditasse no que eu havia falado. Bendita seja a hora em que eu decidi sair daquele curso de teatro...

—Com quem você está chateada?

—Como você sabe que é com alguém? Eu poderia estar brava ou chateada com algo, não com alguém em especifico.

Ele levou as mãos no pescoço, deu uma risada e me explicou que tinha alguns dons escondidos, preceptivos de um ótimo gato. Por um instante consegui rir. Depois voltei a lembrar do motivo da minha tristeza e, por fim, falei sem muita cerimônia:

—Adrien Agreste.

Chat me olhou surpreso, depois desviou o olhar para o chão.

—E você? –Devolvi a pergunta.

—É uma longa história... –Ele falou enquanto se levantava.

Dei um sorriso triste, limpei os últimos vestígios de choro do meu rosto e me levantei. Chat Noir fez o mesmo em seguida. Começamos a encarar o pôr do sol descaradamente, sem dizer nenhuma palavra.

—Sabe – Ele cortou o silêncio –, eu meio que sou apaixonado pela Ladybug. Ah, cara! Ela é tão incrivel, tão bonita, inteligente, inspiradora e aquele corpo! – Senti minhas bochechas ruborizarem, enquanto encarava-o falando com tanta admiração. Eu não sabia que ele achava isso de mim, quer dizer, de Ladybug. – Mas ela nunca vai gostar de um cara como a mim. O que eu sou? Um gato, rejeitado, e que, sem ela, não é nada...

Olhei para o lado, para esconder as minhas bochechas vermelhas.

Ainda com o rosto virado para a direção oposta dele, respondi:

—Ô Chat... Não fique assim. Já passou pela sua cabeça que talvez ela não saiba tudo isso que você sente? – Ele discordou com a cabeça. — Além disso, eu te acho um gatinho muito incrivel, assim como Ladybug. Você é o herói dessa cidade! Sem você, ela não seria o que é, vocês dois são uma dupla, isso quer dizer que cada um tem suas qualidades e que juntas são mais fortes, um precisa do outro.

Ele me encarou fixamente com um sorriso no rosto.

—O que foi? –Perguntei meio sem graça.

—Você fica linda com o rosto inchadinho.

Dei uma risada falhada. Ele era galanteador até nos momentos de angustia.

—Chat! –Falei tapando meu rosto com as mãos e ele caiu na risada. Foi ai que eu me toquei, minha cara estava mesmo inchada e isso seria um motivo para meus pais me encherem de perguntas, milhares delas as quais eu não teria escapatória e que eu não queria responder.

Decidi ir para casa, pois assim eu poderia tomar um banho antes deles fecharem a padaria. Antes de sair, abaixei e peguei a caixinha, agora um pouco amassada, e entreguei para o Chat.

Ele me olhou sem reação.

—Era para um amigo. Mas eu não tive coragem de entregar para ele, pode ficar com você.

Dei um beijinho na sua bochecha, por ele ter feito companhia e me virei para ir embora. Mas fui impedida pela mão gelada do Chat Noir, que segurou o meu braço com delicadeza.

—Obrigado.

Dei um sorriso, desci com calma as escadas e fui embora.

-------------------------
Notas da autora:

Opa, será que alguém vai ler isso aqui? Se sim, bom, não tenho palavras para te agradecer pela preferência :)

Espero que gostem da minha pequena história.

Deixem seus votos, comentários e adicione a história aos seus favoritos.

Um beijo de luz,

fui.

RejeitadosOnde histórias criam vida. Descubra agora